Até 28 de Maio está patente a exposição de escultura e desenho, Entre o Céu e a Terra de Isabel Garcia. As obras, objetos escultóricos, apresentadas por Isabel Garcia falam-nos do elo secreto entre todas as coisas e comunicam-nos a profunda unidade do Universo. Elas definem-se pela articulação e procura de equilíbrio entre dois elementos ou duas explicações possíveis com origens e padrões comportamentais e significantes contraditórios: o cubo branco de poliéster e a rede linear de tubos de aço inoxidável polidos. O cubo, sólido da geometria básica, produto de um padrão racional da atividade humana, portador na sua simplicidade de uma síntese poderosa obtida através de uma elaboração mental complexa, carateriza-se por uma baixa mobilidade e transmite-nos uma ideia de perenidade. O cubo nuclear, guardião de todos os segredos do Universo, representa a interioridade, define com precisão um tempo (todo o tempo), um espaço (todo o espaço) e um lugar (todos os lugares).As linhas envolventes de caráter orgânico, com um padrão aleatório iminentemente intuitivo, carregadas de uma grande energia, definem-nos um território de exterioridade, aquilo que está fora, que se transforma constantemente, que dará origem a algo imprevisível e por isso mesmo surpreendente e inovador. Elas representam a impossibilidade de renunciarmos ao mundo exterior, de renunciarmos a nós próprios. (Rodrigo Cabral, Maio de 2011)
SERPENTE - Galeria de Arte Contemporânea | Rua Miguel Bombarda, 558 | Porto | Terça a Sábado das 15h às 19h | www.galeriaserpente.com
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