segunda-feira, 21 de junho de 2010

GALERIA JOÃO ESTEVES DE OLIVEIRA - Lisboa




Até o dia 23 de Julho estará patente uma exposição de desenhos recentes de Miguel Branco, Marcelo Costa e Brian Cronin, com o título “Corpo Translúcido”. Catálogo da exposição com texto de Bernardo Pinto de Almeida: “Num dado momento histórico - algures entre os meados da década de setenta e o final dos anos oitenta do século XX - o processo plástico que foi designado de apropriação funcionou, para as artes visuais no ocidente, como modelo ideal de con- versão de tudo em imagem com vista à sua reintegração no espaço plástico. Desde logo, e talvez antes do mais, enquanto re- forço da possibilidade de reduzir todas as imagens do passado, e em particular do passado da arte, a um banco de dados ope- rativo, susceptível de ser usado livremente pelos artistas à maneira de um imenso repositório de ready-mades. (...) Miguel Branco, Marcelo Costa e Brian Cronin, cada um a seu modo, pese embora o que de nostalgia possam observar nas respectivas obras pela perda dessa forma, exploram as possibilidades deste campo a que chamamos contemporâneo, e em que cada pintura se valida face a um manancial de imagens que a chamada cultura da cópia (H. Schwartz) colocou em circula- ção pela reprodução mecânica (Benjamin) com a consequente universalização do museu imaginário (Malraux) através de revis- tas, filmes, postais, livros, catálogos, programas de televisão etc., e mesmo pelo crescente merchandising dos museus, que su- cessivamente operam sobre a arte e a destituem de uma imagem singular pela infinita multiplicação das suas reproduções. O que há de novo, nos artistas contemporâneos, e nestes em particular, é que eles próprios inscreveram nas suas práticas - sejam estas de pintura, de vídeo, de fotografia ou mesmo de instalação - uma consciência cada vez mais nítida desse diferi- mento imposto pela reprodutibilidade e, assumindo até ao limite as suas consequências, integraram no seu trabalho um pro- cesso desconstrutivo que re-encena constantemente o próprio modo de elaboração das próprias imagens. (...)”
Galeria João Esteves de Oliveira | Rua Ivens, 38 | Lisboa | Terça a Sábado das 11h às 19h30 |Sábado encerra das 13h30 às 15h e Segunda das 15h00 às 19h30 | www.jeogaleria.com

Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva - Lisboa

A Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva acolhe, uma vez mais, a obra de um amigo do casal que representa. Zao Wou-Ki foi um grande amigo de Vieira da Silva e de Arpad Szenes. É igualmente um dos mais importantes pintores da denominada Segunda Escola de Paris, com obra representada em todo o mundo e, curiosamente, presente em muitas colecções portuguesas. É essa obra internacional e, em particular, parte da que se encontra em Portugal, que se pode visitar no museu entre 24 de Junho e 26 de Setembro de 2010. Conhecido pela obra mural da estação de metro da Gare do Oriente (1998), um gigantesco painel de azulejo com motivos vegetalistas e aquáticos, Zao Wou-Ki viu anteriormente a sua pintura homenageada em Portugal numa marcante exposição que teve lugar na Galeria Diprove, em Lisboa e no Porto, em 1974, e numa retrospectiva organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em 1992. Passados quase 20 anos é tempo de rever a obra deste artista, chinês de origem e francês por opção, à semelhança de muitos outros, entre eles Vieira e Arpad que, tendo perdido a nacionalidade, foram acolhidos pelo país que os reconheceu como cidadãos e artistas.
Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva | Praça das Amoreiras, 56 | Lisboa | Segunda a Domingo das 10h às 18h | Encerra terça-feira e feriados | www.fasvs.pt

GALERIA 111











Até 31 de Julho estarão patentes as exposições de pintura de Joana Salvador, intitulada Outras histórias, naturezas-mortas e temas românticos na Galeria111 de Lisboa e a Colectiva intitulada Obra Gráfica na Galeria 111 no Porto.
Galeria 111 - Lisboa | Rua Dr. João Soares, 5B | Lisboa | Terça a Sábado das 10h às 19h Galeria 111 - Porto | Rua D. Manuel II, 246 Segunda a Sábado 10h às12h30 | 15h às 19h30 | www.111.pt

Museu Colecção Berardo - Lisboa

O Museu Colecção Berardo apresenta Tudo o que é sólido dissolve-se no ar: o social na Colecção Berardo, um novo percurso pela Colecção Berardo. Comissariada por Miguel Amado, esta exposição reúnem cerca de 75 obras de artistas representados no acervo ou convidados para o efeito que exploram problemáticas do quotidiano e, assim, enunciam uma crítica do real. A exposição inspira-se numa passagem do Manifesto do Partido Comunista, redigido por Karl Marx e Friedrich Engels em 1848, para equacionar o recente renascimento do primado do social na arte. De acordo com estes pensadores, Tudo o que é sólido dissolve-se no ar, expressão que congrega um sentido de mudança na sociedade, processo que implica a substituição de uma ordem simbólica por outra. Assim, a “estética da recessão” gerada pela presente crise financeira global, mas que uma década marcada pela “condição precária” já prenunciara, chamou a atenção para as práticas socialmente comprometidas da arte moderna e contemporânea, o foco desta exposição. Dos artistas representados na Colecção Berardo, salientam-se Aleksander Rodchenko, Kurt Schwitters e Marcel Duchamp, expoentes das vanguardas modernistas do princípio do século XX; Dan Flavin, Mimmo Rotella e Nam June Paik, cujo trabalho marcou o período pós-II Guerra Mundial; Jenny Holzer, Jean-Michel Basquiat e Jörg Immendorf, nomes importantes da década de 1980; Justine Triet, Malgorzata Markiewicz, Manuel Ocampo, Narda Alvarado, Vivan Sundaram e Wang Guangyl, criadores emergentes da presente década. As obras destes artistas dialogam com as de outros, convidados para o efeito, dos quais se destacam Ana Maria Tavares, Carolina Caycedo, Kiluanji Kia Henda, Ivan Grubanov, Regina José Galindo e Yevgeniy Fiks. Note-se, ainda, a presença de vários artistas portugueses, entre os quais Ângela Ferreira, Carla Cruz, Joana Vasconcelos, João Louro, Rigo 23 e o colectivo Sparring Partners. Finalmente, refira-se a apresentação de obras de, entre outros, Alfredo Jaar, Deimantas Narkevičius, Johan Grimonprez, Paul Chan e Sarah Morris no âmbito de um programa semanal de vídeo patente em zona específica das galerias. Exposição patente até 12 de Setembro
Museu Colecção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea | Praça do Império | Lisboa | www.museuberardo.pt

VPF Cream Art Gallery - Lisboa

NUDE é o título da exposição de fotografia de Inês Pais que irá decorrer de 24 de Junho a 31 de Julho. Estarão expostos duas novas séries de trabalhos: Pixels e The Nude Clown. Pixels é uma série de trabalhos em tecido que traduzem pequenas amostras de pele, retiradas de pixeis de uma fotografia do rosto da artista. Na indústria da cosmética os tecidos são usados para comunicar determinadas características de um produto (batom, base, pó, etc): textura; modo como reflecte a luz; grau de transparência; nível de refinamento; cor; etc. The Nude Clown é uma série de fotografias de um personagem cuja aparência remete para a imagem do palhaço, mas que simultaneamente é construído através da negação desta mesma imagem. Estas fotografias invocam memórias e sensações, associadas a intimidade, pele e sexo. VPF Cream Art Gallery | Rua da Boavista, 84, 2º - Sala 2 | Lisboa | Segunda a Sábado, das 14h às 19h30 | www.vpfcreamart.com

quarta-feira, 9 de junho de 2010

MCO ARTE CONTEMPORÂNEA - Porto

A partir do dia 12 de Junho a 12 de Julho estará patente a exposição Far Far East do fotográfo Carlos Lobo. "As fotografias apresentadas no âmbito desta exposição constituem a primeira apresentação pública em Portugal do projecto Far Far East, resultado de uma viagem deambulatória pelo sul da China e de exploração visual da sua paisagem urbana e natural. Esta série revela uma linha clara de continuidade em relação aos trabalhos anteriores de Carlos Lobo: o mesmo olhar retraído e suspenso num movimento de pura contemplação do anónimo e do banal, a mesma intenção de registo de intervalos temporais sem coordenadas, espaços de ausência, entre as narrativas que atravessam os lugares. Todo o programa estético do artista se suporta, portanto, na recusa da dimensão iconográfica da imagem , ou seja, na dissolução do vínculo que liga o visível ao legível e conforma o visual às lógicas e codificações do logos; as suas fotografias não se revestem de significados secundários nem delas emergem narrativas codificadas ou se arquitectam universos simbólicos estáveis. No momento em que com elas nos confrontamos, nós apenas vemos imagens, para além da sua legibilidade e do que elas designam ou nomeiam, para além das possíveis representações que nelas possamos projectar.."
MCO ARTE CONTEMPORÂNEA | Rua Duque de Palmela, 143 | Porto | Segunda a Sábado das 14h às 19h (ou por marcação) | www.mcoart.com

terça-feira, 8 de junho de 2010

GALERIA TRINDADE - Porto


Até o dia 7 de Julho estará patente a exposição Avec le temps das artistas Cláudia Melo e Prudência Coimbra. Acerca desta exposição refere António Fernando Silva( Xai):“Este é o tempo e o espaço em que se encontram dois modos de fazer e dar a ver. Ao longo do tempo e contra o tempo ergue-se este lavor que, pensado com as mãos, é uma arte silenciosa que nos fala para os olhos. E este é o tempo em que se juntam dois modos interrogativos do fazer pintura, insistindo numa arte que persiste pelo fazer oficinal, inclusivo, que recolhe restos, fragmentos, objectos, transportando para a pintura corpos que ora se expõem ora se velam.”…
Galeria Trindade Rua Miguel Bombarda, 200 | Porto |Segunda e Sábado das 15h às 19h | Terça a Sexta das 14h às 19h. | www.galeriatrindade.co.pt

GALERIA 3+1 ARTECONTEMPORÂNEA - Lisboa

Até o dia 10 de Julho estará patente a exposição intitulada Entre-Campos do artista Carlos Mélo. Para aquela que será a sua primeira exposição individual em Portugal, Carlos Meló (Riacho das Almas, Pernambuco, 1979) apresentará uma série de trabalhos produzidos aquando da sua recente passagem por Lisboa e que dão continuidade ao P.E.S (Projecto Experiencia Sensível) iniciado em 2008. O P.E.S vem criando um repertório de acções performativas em vários lugares dentro e fora do Brasil, produzindo o que o artista chama de “subjetos", espécie de conformações físicas dessas experiências.
Galeria 3+1 Arte Contemporânea | Rua António Maria Cardoso, 31 | Lisboa | Terça a Sábado das14h às20h | www.3m1arte.com

GALERIA SERPENTE - Porto

Até o dia 24 de Julho estará patente a exposição de fotografia de Kevin Lynch. Reconhecido internacionalmente pelo domínio técnico e imaginação aliada a uma grande intuição criativa assim como pela capacidade de estruturar ambientes de influência clássica e natureza psicológica com forte pendor conceptual. Trabalha com Greg Gorman há muitos anos e ao contrário deste, Lynch revela uma serenidade tranquila através da conjugação formal dos corpos com as suas paisagens panorâmicas.
Galeria Serpente | Rua Miguel Bombarda, 558 | Porto | Terça a Sábado das 15h às 19h | www.galeriaserpente.com

JUNHO DAS ARTES EM ÓBIDOS

De 5 a 27 de Junho, Óbidos integra as artes com o seu espaço construído ao apostar na inovação, numa fusão em que a história e a produção criativa estão em estreita relação com múltiplas competências, dando forma a um território de experimentação, reflexão e intensa actividade artística.
Em 2010, o Junho das Artes está centrado num projecto de artistas que fazem com que a geografia de Óbidos fique “minada” por intervenções criativas e inesperadas.
Artistas Convidados: Ana Jotta > Natureza Parada > Escultura > Rua Direita | Ângela Ferreira > Casa Meridional > Escultura > Praça de Santa Maria | António Bolota > S/ Título > Escultura > Site_Specific | Bruno Cidra > S/ Título > Instalação > Site_Specific > Oratório Nossa Senhora da Graça | Gabriela Albergaria > Viveiro > Escultura > Igreja de São Tiago | Hugo Canoilas > Jornal JA2010 > Site_Specific | Jorge Maciel > Always Bombating > Instalação > Site_Specific > Travessa do Jogo da Bola | Luísa Cunha > É Aqui > Instalação Sonora> Porta da Vila | Ricardo Jacinto > S/ Título > Instalação > Site_Specific > Praça de Santa Maria | Rui Horta Pereira > Dragão > Escultura > Terraço da Galeria NovaOgiva | Sancho Silva > Museu de Rua > Instalação > Site_Specific > Miradouro do Jogo da Bola

www.obidosjunhodasartes.pt

MÓDULO CENTRO DIFUSOR DE ARTE - Lisboa

A partir do dia 19 de Junho a 24 de Julho estará patente a terceira individual da fotógrafa Brígida Mendes no Módulo, após uma primeira apresentação na exposição colectiva, Epopteia, onde também participou Catarina Saraiva que acabámos de expor. Passando à exposição, Sem título, que agora se inicia há o inesperado de serem trabalhos a cor, instalados num ambiente de pintura, pois até aqui as exposições anteriores foram a preto e branco . Como sempre cada imagem é captada analogicamente a partir de uma situação construída previamente por Brígida Mendes. Deixámos de encontrar a mãe ou outros elementos da família, para estarmos perante maquetes de paisagens ou outros ambientes habitados por esculturas de pessoas ou animais realizados pela própria fotógrafa. Estas paisagens ou ambientes de uma realidade algo surreal interrogam a artificialidade da representação ou criticam o quanto limitada é a nossa percepção. Como resultado da participação do Módulo na Madridfoto onde a Brígida teve uma assinalada presença, a Galeria Nuble de Santander decidiu mostrá-la, em Julho, na Feira de Arte de Santander, e, em final do ano, uma individual na galeria. Nesta altura sairá um novo número da revista Vislumbres, sob a temática da família, onde surgirá uma fotografia desta fotógrafa em diálogo com um texto de um escritor. Brígida Mendes figura nas colecções do Col. António Cachola- Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Fundação PLMJ, em Portugal, nas colecções londrinas, John A. Smith and Vicky Hughes, Union des Banques Suisses e Royal College of Art.
MÓDULO CENTRO DIFUSOR DE ARTE | CALÇADA DOS MESTRES, 34 A | LISBOA | TEL: 351.21.388 55 70 |Terça a Sábado, excepto feriados, das 15h às 20 h | e-mail: modulo@netcabo.pt