quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Centro Cultural de Cascais

Até 29 de Janeiro está patente a exposição Quatro, que reúne obras de quatro dos mais importantes artistas portugueses contemporâneos: Sofia Areal, Manuel Casimiro, Jorge Martins e Nikias Skapinakis. No texto que escreveu para o catálogo, Jorge Silva Melo afirma: «Nada, sim, nada mesmo liga, nada une estes trabalhos de artistas tão diferentes, nada. Nem nada de comum eles nos prometem, não. […] Nem a idade, nem os pressupostos, nem as técnicas, nem os tempos, nem o momento da vida, nada ocupa neles o mesmo lugar, nada os une. Nem nada querem impor, lei ou programa. Diz Skapinakis: apenas os une o gosto de pintar.»
Centro Cultural de Cascais | Av. Rei Humberto II de Itália | Cascais | Terça a Domingo das 10h ás 18 h | Entrada Livre | www.fundacaodomluis.com

MNAC Museu do Chiado - Lisboa

Até 22 de Janeiro está patente a exposição, Prémios AICA (1981-2011) Uma leitura da arte portuguesa. Esta exposição, reúne obras dos artistas consagrados pelo mais antigo
 e durável Prémio de arte e arquitectura atribuído em Portugal o que nos permite ensaiar uma primeira Retrospectiva da Arte Portuguesa dos últimos 30 anos. O Prémio é atribuído por uma Associação profissional e internacionalizada de Críticos de Arte, a AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte, com sede em Paris e integrando a UNESCO). O apoio oficial (recebido através de sucessivos organismos governamentais que têm tutelado a cultura) tem sido essencial para a concretização do Prémio (que é monetário) mas nunca implicou qualquer controlo sobre as escolhas dos sucessivos júris. Procurando um máximo de objectividade acentuou-se, nos catálogos que
 acompanham a exposição, uma zona documental, com numerosas fontes primárias e com uma história institucional da própria AICA; e, na exposição, pretendeu-se que a maioria das obras seleccionadas tivesse estado nas exposições que são citadas pelos júris como motivadoras da distinção atribuída. Porém, as opções de montagem nos espaços do MNAC tornaram impossível uma simples organização linear e diacrónica das obras o que, permitindo a encenação de diálogos entre artistas premiados em tempos e por júris diferentes, dá à exposição um inevitável estatuto de interpretação histórica e releitura crítica.
Legenda da imagem: José Pedro Croft, Sem título, 2007, Ferro, vidro e espelho, Dimensões variáveis, Cortesia Galeria Filomena Soares, Lisboa, Fotografia: Miguel Proença
MNAC - Museu do Chiado | Rua Serpa Pinto, 4 | Lisboa | Terça a Domingo das 10h às 180h | www.museudochiado-ipmuseus.pt

Galeria São Mamede - Lisboa

Até 25 de Janeiro está patente a exposição de pintura, Cada Musa a seu Museu, de Luzia Lage. A sua pintura neo-figurativa exibe uma singular forma plástica, o rigor do desenho, a transfiguração do corpo e a liberdade no espaço. A temática da sua pintura tem um percurso de continuidade onde a mulher ocupa um lugar de destaque, com uma poética inconfundível ao nível da representação. Os ascendentes são diversos, como Giotto e Chagall ou Almada e Mário Eloy, a nível nacional. Luzia Lage figura em diversas colecções particulares nacionais e internacionais.
"A exposição convidam-nos à reflexão sobre o enlace universal das vetustas e das actuais inspirações no domínio diversificado das artes. A presença desafiadora e arrebatadora da Musa sopra aos ouvidos da condição humana um segredo maior: A possibilidade da sua transcendência através do belo. Cabe a cada ser humano inspirado edificar esse Museu interior que lhe concederá o poder de espreitar o sublime." (Luzia Lage).
Legenda da imagem: Beijos para o Meu Amor, 2011 – Acrílico sb Tela, 46x61cm
Galeria São Mamede | R. da Escola Politécnica, 167 | Lisboa | Segunda a Sexta das 11h às 20h e ao Sábado, das 11h às 19h | www.saomamede.com

Caroline Pagès Gallery - Lisboa

Até 18 de Fevereiro está patente a exposição, F.O.R.M.E.L, do artista João Ferro Martins. A exposição se desenvolve na margem criada em torno dos trabalhos mais recentes de João Ferro Martins. No desdobrar de uma linha estética que se vai tornando cada vez mais particular. Imersões num estado abstracto associadas ao jogo que se revela ora por uma narrativa evidente, ora pela simulação de um discurso, ou por outro lado, através de uma linguagem puramente visual. Usufruindo das subtilezas do acidente, debruçado em torno da condição dos objectos e dos homens; os seus defeitos, fragilidades e a sua impotência perante o abismo inevitável.
Caroline Pagès Gallery | Rua Tenente Ferreira Durão, 12 – 1o Dto. [Campo de Ourique] | Lisboa | Segunda a Sábado das 15h às 20h | www.carolinepages.com

Vera Cortês Art Agency - Lisboa

Até 7 de Janeiro está patente a exposição de Max Frey, Kinetic Objects. O artista austríaco Max Frey (Graz, 1976) apresenta a sua primeira exposição individual em Portugal. Os dispositivos apresentados pelo artista interligam uma série de objectos, de diferentes proveniências, numa composição particular, entre elementos tecnológicos, electrónicos e luminosos. Apesar de conjugados de forma inesperada, cada um destes componentes mantém uma relação directa com o nosso dia-a-dia, reconhecemo-los facilmente. No entanto, as funções para as quais Max Frey os programou surpreendem-nos, pois são completamente distintas daquelas para as quais cada um deles foi originalmente concebido. Estes aparelhos, de aparência simples mas capazes de produzir efeitos impressionantes, possuem agora uma nova funcionalidade: a de gerarem, a partir do seu movimento, espaços volumétricos e imagens que nos proporcionam uma experiência sensorial, exploratória dos mais variados fenómenos ópticos. Combinando qualidades escultóricas e visuais, os objectos cinéticos de Max Frey conseguem que uma construção tecnológica, na sua materialidade, dê corpo à presença imaterial da luz. Mais do que a concretização mecânica do movimento, a maquinaria utilizada representa uma componente simbólica fundamental à obra de arte. Vestígios industriais, combinados com objectos do quotidiano e peças electrónicas propiciam uma mudança no nosso olhar perante estes apetrechos, conferindo-lhes potencial poético. A tecnologia, num contexto inesperado e destinada a cumprir uma função idiossincrática, para a qual não foi concebida, ganha uma nova identidade e coloca-se a si própria em questão. As obras de Max Frey permitem-nos uma multiplicidade de experiências estéticas que exploram o fascínio, quase infantil, que um movimento de origem mecânica, desdobrado em infinitas e imprevisíveis variações, causa em nós. A percepção do movimento é indissociável das nossas capacidades físicas e intelectuais, no entanto este conjunto de obras abre novas vias no modo como habitualmente percepcionamos o mundo.
Vera Cortês Art Agency | Av. 24 de Julho, 54, 1º E | Lisboa | Terça a Sábado das 14h às 19h | www.veracortes.com

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cristina Guerra Contemporary Art - Lisboa

Até 11 de Janeiro está patente a exposição de Luís Paulo Costa, Pintando por cima. Nas obras de Luís Paulo Costa, ao contrário da ordem protocolar, joga-se no risco e no improviso. Esta imponderabilidade pode ser encontrada na peça We use Red Balls (2011), definindo a atitude por parte do artista face ao espectador, numa interacção próxima da ideia de jogo. O vermelho das bolas de golfe estabelece, aqui, uma noção de perigo, associada à ideia de paragem, mas, ao mesmo tempo, à tentação lúdica que existe em qualquer um de nós. À semelhança das outras peças em exposição esta é uma obra "armadilhada". Este acto quase revolucionário, de “baralhar o sistema”, torna-se um gesto artístico. É quase revolucionário pois não existe, aqui, nenhuma intenção explicitamente política ou de manifesto mas, apenas, o reconhecimento da verdade que a obra de arte, nomeadamente, a pintura, é uma superfície sujeita ao erro e ao imponderável. Mutável como a própria vida. A maioria destes trabalhos parte de uma base fotográfica, que é encontrada de forma aleatória, como se o artista “tropeçasse” no museu imaginário das imagens do mundo. Posteriormente, esta é coberta por uma camada pictórica, daí resultando o título desta exposição: Pintado por Cima. ( parte do texto de Carla de Utra Mendes)
Cristina Guerra Contemporary Art | Rua de Santo António à Estrela, 33 | Lisboa | Terça a Sexta das 11h às 20h | Sábado das 15h às 20h | www.cristinaguerra.com

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Galeria Sment - Barcelos

Até 20 de Janeiro está patente a exposição Globali (cisão)?, do colectivo Enfarte, presente na programação do NAA , Festival dedicado às artes visuais e performativas a decorrer em vários espaços de Barcelos. Dos descobrimentos à revolução industrial, do fim da segunda guerra mundial aos dias de hoje, as dinâmicas de globalização podem ser entendidas como um processo em constante adaptação, regra geral, movido pelos países ditos desenvolvidos que buscam expandir um modelo politico regido primeiramente pelos seus interesses económicos. Obviamente, o seu impacto vai muito para lá das necessidades e caprichos economicistas, transformando num ritmo cada vez mais frenético o comportamento, organização e cultura de todos os indivíduos e sociedades contemporâneas. Proposta do Colectivo Enfarte para o NAA, Globali(cisão)? é uma exposição em forma de pergunta, que através de diferentes expressões e criadores das artes visuais propõem uma reflexão sobre esta aldeia global em violenta e apressada ebulição.
Galeria Sment – Gráfica Bonfim | R. Miguel Bombarda 50 R/C | Barcelos | Segunda a Sábado das 10h-12h / 14h-18h


Galeria Fundação EDP Porto

Até 4 de março está patente a exposição de fotografia Um Diário da República. A exposição reúne 365 imagens captadas pelos fotógrafos do coletivo Kameraphoto que viajaram intensamente por Portugal ao longo de todo o ano de 2010. Foram 365 dias a olhar de um modo especial para o corpo múltiplo da realidade em movimento que é um país. O resultado desse trabalho é um verdadeiro diário do país, uma obra que possui a dimensão de intimidade e de reflexão, de segredo e de indignação, de poesia e de tristeza, de propostas e sonhos de todos os diários.Num ano em que se comemorou o Centenário da Implantação da República, e em que as comemorações foram pretexto para balanços coletivos em todas as áreas da sociedade civil portuguesa, estas fotografias constituem um verdadeiro “Diário da República” (DR). Um puzzle de um país, uma "biografia não-autorizada", na qual a fotografia cumpre o seu papel de documentar mas também de comentar, de intervir, desmultiplicando os caminhos propostos, mas também de libertar, abrindo o espírito ao futuro. A Kameraphoto é um coletivo de fotógrafos fundado em 2003, que conta atualmente com 12 membros: Alexandre Almeida, Augusto Brázio, Céu Guarda, Guillaume Pazat, João Pina, Jordi Burch, Martim Ramos, Nelson d' Aires, Paulina Pimentel, Pedro Letria, Sandra Rocha e Valter Vinagre. Neste projecto participou também António Júlio Duarte.
Legenda da imagem: Anúncio a uma antiga loja chamada "Pátria". Guimarães, Martim Ramos
GALERIA FUNDAÇÃO EDP PORTO | Rua Ofélia Diogo da Costa, 45 (ao lado da Casa da Música) | Porto | Terça a Domingo, das 12 às 19h

Casa da Cerca Centro de Arte Contemporânea - Almada

Até 12 de Fevereiro está patente a exposição, Sidónio Pardal – Urbanismo e Paisagem. Esta é a quarta exposição organizada pela Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea no âmbito do Prémio Municipal de Arquitectura “Cidade de Almada”, que tem como objectivos a divulgação de autores e respectiva obra de mérito relevante no panorama da Arquitectura portuguesa e a divulgação e premiação de autores e promotores de obra de qualidade arquitectónica exemplar no Concelho de Almada. A exposição de homenagem ao Professor Sidónio Pardal reflecte duas vertentes fundamentais do seu percurso – a de projectista e a sua actividade de reflexão teórica. Através de uma leitura cronológica, de 1979 a 2011, tornam-se perceptíveis vectores dominantes na sua obra que se relacionam directamente com a sua conceptualização da Paisagem, onde o conceito de “útil” prevalece a par da “criação do belo”. A sua prática profissional, concretizada em dezenas de projectos públicos e privados, resulta num percurso singular de intervenção no território e construção da paisagem sustentada por um corpo teórico e crítico não só no domínio do Planeamento Urbanístico mas, também, da Arquitectura Paisagista, vertente em torno da qual tem produzido diversos estudos e reflexões sobre a sua história. Professor Sidónio Pardal é autor de obras de referência como o Parque da Paz, em Almada, o Parque da Cidade do Porto e o Passeio Marítimo de Oeiras e de diversos livros, entre os quais se destacam as “Normas Urbanísticas”, “A Apropriação do Território” e “Património Imobiliário. Referências para a Avaliação”.
Legenda da imagem: Projecto da Quinta dos Castros, Almada
Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea | Rua da Cerca | Almada | Terça a Sexta das 10h às 18h | Sábado e Domingo das 13h às 18h | www.m-almada.pt/portal/page/portal/CASA_CERCA

Appleton Square - Lisboa

Até 7 de Janeiro está patente a exposição, Desenhar um quadrado, de Tomaz Hipólito. Num célebre e importante texto, Didi-Huberman, na tentativa de identificar as forças mais actuantes na escultura de Toni Smith, pergunta: O que é um cubo? Nesta pergunta, claramente vocacionada a deslindar o jogo essencial da escultura minimalista, pode-se, com bastantes salvaguardas e cuidados, substituir o cubo por outra forma geométrica e transformá-lo, por exemplo, num quadrado. E a resposta é: “É uma figura de construção, mas presta-se interminavelmente aos jogos da desconstrução, sempre propício, por montagem, a reconstruir alguma coisa. Portanto, a metamorfosear. A sua vocação estrutural é omnipresente, virtual; mas também virtual é a sua vocação de dispersão noutras associações, noutras associações modulares ­— que constituem parte integrante da sua própria vocação estrutural.” (G. Didi-Huberman, O que nós vemos, o que nos olha, ed. Dafne, Porto, 2011) Portanto, este cubo resgata a forma geométrica de um universo puramente formal e abstracto e transforma-a em matéria de inquietação e de interpelação humana: uma forma num processo de permanente transformação, num continuo devir corpo, devir mundo, devir sensação. E aqui devir é um tornar-se.Servem estas linhas para introduzir os “Desenhos” de Tomaz Hipólito. A sua aparência minimal parece inscrever estes trabalhos num universo exclusivamente formal, frio, sem sangue, mas depois descobre-se um jogo de corpos: o corpo do artista, o corpo do desenho projectado na parede e, finalmente, o corpo abstracto tal como se materializa nos desenhos sobre papel. E é nesta triangulação que devem ser entendidas estas formas.Os quadrados copiam a planta da galeria e esta replicação da arquitectura serve para o artista tornar consciente a espacialidade própria do seu corpo e do corpo da obra. A utilização do seu corpo permite tornar estas obras mais reais e redime-as do seu aparente formalismo: são quadrados tornados órgãos, tornados arquitectura, tornados acontecimentos espaciais. Andar às voltas com um quadrado não é uma redundância, mas é ver essa forma como princípio construtivo e uma espécie de estrutura de pensamento. Simultaneamente, é uma experiência com os limites expressivos em que ver e tornar conscientes esses limites permite destruir a sua aparente simplicidade formal e no seu lugar surge um intenso universo de formas que derivam do quadrado inicial. Esta derivação não é uma replicação a partir de uma matriz, mas um devir e uma metamorfose. O seu ponto de ancoragem é uma experiência do espaço e, sublinhe-se, da presença do corpo no espaço: esta é a experiência que alimenta a transformação da imagem e guia a manipulação do corpo no interior da imagem projectada. Esta exposição consiste num único desenho e na repetição de uma única forma ou um único objecto que surge sob diferentes aspectos. Um recurso que permite descobrir-se uma espécie de gramática do desenho de um quadrado a qual consiste não só na exploração da descrição dos diferentes modos de construir uma forma, mas também da apresentação da geometria como condição do olhar. Assim, esta exposição de Tomaz Hipólito é sobre a descoberta que a simplicidade do desenho de um quadrado é só aparente, atrás dessa aparência surgem questões acerca da espacialidade, da figuração, da composição e, sobretudo, uma inquietação acerca do modo como se constroem imagens e representações. Processo e pesquisas estes que têm como natural conclusão que uma imagem nunca é simplesmente só uma imagem e que uma forma nunca é simplesmente só uma forma: diante de nós revelam-se detentoras de profundidade, espessura, densidade e sempre de uma história.( Nuno Crespo, Dezembro 2011)
Legenda da imagem: (draw_03_IMG_4951/4972/4976), series | draw_03 | 2011 | Todos os prints são únicos. Impressão digital | ultra crome K3 | laminado em alucolic | 80x120 cm

Appleton Square | Rua Acácio Paiva, 27, R/c | Lisboa | Terça a Sábado das 15h às 20h | www.appletonsquare.pt

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Fábrica das Histórias | Casa Jaime Umbelino - Torres Vedras

Até 31 de Dezembro está patente a exposição O País dos Brinquedos - Colecção Octávio Neves. Os brinquedos levam-nos a ver o mundo de formas diferentes e, sejamos crianças ou adultos, trazem magia à nossa vida. O gosto pelos brinquedos sempre existiu, mas foi por volta dos 12 anos que Octávio Neves iniciou a sua colecção. A vida guiou-o pelas ciências náuticas e teve oportunidade de conhecer o mundo. Nas suas viagens foi adquirindo alguns brinquedos, cada qual com a sua história. Mais tarde teve a oportunidade de se dedicar com mais tempo à colecção de brinquedos e foi crescendo a vontade de a partilhar com todos. A autarquia torriense reconheceu o interesse cultural dos brinquedos e decidiu conhecer peça a peça, para melhor avaliar a colecção. No final do inventário deveria ser definido um projecto expositivo que permitisse que o público tivesse o primeiro contacto com o espólio.
Fábrica das Histórias - Casa Jaime Umbelino | Rua Maria Barreto Bastos, 36 | Torres Vedras |2.ª, 3.ª, 4.ª e 6.ª das 10h às 13h e das 14h às 17h - 5.ª das10h às 13h e das 14h às 18h - Fins de Semana | 19, 20, 26 e 27 Novembro e 3, 4, 10, 11, 17 e 18 Dezembro| 10h às 13h e das 14h às 17h

Museu de Lamego

Até 31 de Dezembro está patente a exposição de pintura Encontros e Memória, da autoria de António Carmo. A exposição propõe uma viagem pelas recordações, pelos fragmentos de memória, onde diversas dimensões se cruzam: a emblemática, a narrativa, a emocional, a crítica. Com uma obra intensa, o pintor proporciona nesta exposição um encontro entre a sua obra, as suas memórias e agora também as do observador, numa dualidade constante entre o real e o imaginário ou, como assinala o Diretor do Museu de Lamego, Agostinho Ribeiro, no desdobrável que acompanha a exposição, “não é só uma pintura é sempre, e a um tempo, sinfonia de cores, escultura de emoções, dança de gestos e movimentos… para voltar a ser pintura, mas agora transfigurada numa ideia, numa vontade, num desejo, numa memória…”. Natural de Lisboa, António Carmo dedica-se à pintura há 40 anos, tendo participado em dezenas de exposições em Portugal e no estrangeiro.
Museu de Lamego | Largo de Camões | Lamego | Terça a Domingo: 10h-12h30 e 14h-18h | Entrada é livre

Galeria Manuel Cunha - Alfândega da Fé

Até 31 de Dezembro está patente a exposição de pintura de Jorge Humberto - JOH, transcorre num processo próximo da escultura. Os suportes de madeira recortados e revestidos são factores da forma, mas a técnica é um propósito ilusório da pintura. Óleo sobre madeira põe em causa o que poderá ser definido como escultura, no fundo o mundo da forma é propor uma tridimensionalidade.Cada peça engendra o seu modo de pintar, gestalt do gesto, pois no fundo com esta técnica evoluida de dripping, o gesto seja largo e expandido ou curto e compassado, é sempre o gesto na sua total expressão.
Galeria Manuel Cunha | Centro Cultural de Alfândega da Fé | Segunda a Sábado das 10h às 18h

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Museu de Arte Contemporânea de Serralves

Até 11 de Março está patente a exposição antológica Outra vez não, de Eduardo Batarda. É a oportunidade para conhecer melhor o trabalho de um pintor singular, desde as suas primeiras obras da década de 1960 até aos quadros realizados em 2011. Eduardo Batarda (Coimbra, 1943) é um dos nomes fundamentais da pintura portuguesa. Começou, na década de 1960, por praticar uma pintura figurativa em que a cultura pop, e nomeadamente as técnicas e métodos da banda desenhada e da ilustração, eram uma clara referência. Caracteriza esta fase a disjunção entre imagens cuja violência é acompanhada por um humor acutilante e desinibido. O seu livro intitulado “O peregrino blindado” (1973), assim como as aguarelas que caracterizarão a sua produção da década de 70, traduzem bem o que também pode ser visto como um arrasador retrato social e político do Portugal de então. A exposição em Serralves apresentará trabalhos antigos, e pinturas recentes que partilham o mesmo humor dessacralizante e paródico, mas que, no seu enganador formalismo, nos seus jogos compositivos tendencialmente abstractos, nas múltiplas referências eruditas que convocam, sublinham uma atitude irónica e distanciada em relação à natureza da obra de arte. Sobre a exposição Outra vez não, Eduardo Batarda, João Fernandes afirma: “Eduardo Batarda provoca o cada vez mais apressado espectador contemporâneo, exigindo-lhe tempo, atenção e conhecimento, parâmetros que o afastarão do mero consumo apressado das suas imagens e dos seus textos em favor do reconhecimento da necessidade de um estudo e de um aprofundamento da sua complexidade. Detectar referências e intertextos, reconhecer certas estratégias de apropriação e de transferência de signos e de códigos, estimular novas interpretações advindas de uma recontextualização semântica de temas e motivos historicamente motivados são apenas algumas das tarefas que aguardam o espectador/leitor de Eduardo Batarda. O próprio facto do artista convocar um “espectador/leitor” para os seus trabalhos é aliás fulcral para o entendimento da estratégia conceptual do artista: esta obra é um permanente libelo contra a ignorância e a estupidez do mero consumidor de imagens e de conceitos em que o “mundo da arte” transforma os seus espectadores.”
Museu de Arte Contemporânea de Serralves | Rua Dom João de Castro | Porto | Terça a Sexta das 10h as17h | Sábado, Domingo e Feriados das 10h as 20h | www.serralves.pt

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Obras de Picasso em Cascais

Uma vez mais ao abrigo do protocolo de colaboração celebrado em 1997 com a Fundação Bancaja, a Fundação D. Luís I patente até 8 de Janeiro, no Centro Cultural de Cascais, uma importante coleção de 39 trabalhos da obra gráfica de Pablo Picasso. Trata-se da produção realizada pelo artista espanhol durante o período em que viveu com a sua mulher Jacqueline Roque, na vila La Californie, em Cannes, entre 1955 e 1960. A exposição tem como ponto de partida os esboços realizados pelo pintor, posteriormente reproduzidos na suite Le Carnet de La Californie, que foi adquirida pela Fundação Bancaja em 2007, e será complementada com gravuras e livros ilustrados do pintor, também pertencentes à coleção. As obras produzidas por Picasso nesta fase refletem a inspiração na atmosfera luminosa da casa e nos objetos que o rodeava, transmitindo a felicidade do pintor durante este período. Em La Californie, Picasso transformou uma sala grande em ateliê, espaço que se tornou ele próprio protagonista de muitas das suas obras. O “regresso” ao tema do ateliê como inspiração foi interpretado como uma homenagem póstuma a Henri Matisse, que havia falecido em 1954. Esta ligação a Matisse foi também transposta para o uso das cores e para o caráter ornamental que caracteriza uma parte dos trabalhos da série. A exposição apresenta obras em que Picasso utiliza várias técnicas gráficas (gravura calcográfica, água-tinta, linóleo e litografia), bem como alguns dos livros ilustrados pelo artista no seu ateliê de La Californie, como os delicados e inovadores livros, realizados com Pierre André Benoît, que contêm poemas de Reve Crevel, Jean Cocteau, ou o poema-objeto de Tristan Tzara. Destaque ainda para o livro La tauromaquia que fez para o editor catalão Gustavo Gili; o livro que contém os retratos do seu amigo Max Jacob ou os que ilustram poemas de Paul Éluard e do poeta local Henri-Dante Alberti.

Centro Cultural de Cascais | Av. Rei Humberto II de Itália | Cascais | Terça a Domingo das 10h ás 18 h | Entrada Livre |
www.fundacaodomluis.com

sábado, 3 de dezembro de 2011

Galeria Monumental - Lisboa

Até 17 de Dezembro está patenteaexposição de pintura, O Suspenso, de Mina Anguelova. Galeria Monumental | Campo dos Mártires da Pátria, 101 |Lisboa | Terça a Sábado das 15h às 19h30 | www.galeriamonumental.com

Sopro Projecto de Arte Contemporânea - Lisboa

Até 28 de Janeiro está patente a exposição, 4 Pinturas de Soraya Vasconcelos. Os trabalhos expostos marcam, entre outras coisas, uma vontade de fugir à velocidade mecânica da fotografia, procurando no gesto e na materialidade da tinta algo de presença, algo que se erga perante o corpo como uma intimação. Das diferenças entre os meios uma das mais expressivas é certamente a materialidade da superfície; o que num é representado noutro é corpóreo. A precisão é coisa contrária a estes trabalhos, é antes desintegração da forma e do olhar que se procura, aquela que acontece devido ao crescimento desmesurado de algo selvagem, ou ao captar uma imagem contra o sol em que a clareza se dissolve em brilhos e escuridões.
Legenda da imagem: P05-4 (pormenor), óleo sobre papel, 150x250cm
Galeria Sopro | Rua das Fontainhas, 40 | Lisboa | Terça a Sábado das 15.00h às 20.00h | www.sopro.pt

Centro Cultural Emmerico Nunes - Sines

Galeria 111 - Porto

Até 31 de Dezembro está patente a exposição de pintura de Martinho Costa, O Diário de Robert Stern. Martinho Costa (Fátima, Portugal, 1977) apresenta uma exposição baseada na vida de um homem, Robert Stern (Quakertwon, Pensilvânia, E.U.A.), que fotografa sem pretensões artísticas a sua vida quotidiana. A partir da sua conta Flickr, temos acesso a um arquivo de mais de 36.000 das suas fotografias e vídeos, que podemos visualizar ou descarregar na resolução original. Robert Stern é um homem de meia-idade. Tem uma namorada que fotografa obsessivamente; um grupo de amigos mais ou menos fixo com quem interage regularmente; pratica sazonalmente o mesmo tipo de rituais: uma festa pelo Halloween, uma viagem na Primavera a casa de familiares; visitas aos familiares de Amber, a sua namorada. Faz muitas caminhadas pelos bosques, viaja muito de carro. Martinho Costa apresenta nesta exposição um pequeno documentário em pintura, desenho e animação sobre a vida banal e suburbana de uma pessoa anónima. São imagens de um quotidiano intrinsecamente marcado pela monotonia, que levantam questões que estão na ordem do dia: as redes sociais vieram potenciar uma diluição do espaço privado no espaço público, estabelecendo a fama como hipótese. Não se trata aqui de aludir à importância social e política que a world wide web rapidamente adquiriu e continua a crescer mas de convocar a vontade de fama e de emancipação que o acesso a estas redes de certo modo possibilita. Pinturas a óleo e uma animação-vídeo compõem este trabalho.
LEGENDA DA IMAGEM EXPOSIÇÃO: Martinho Costa, Amber no Quarto Azul, 2011 óleo smdf 22,7x35,7 cm, ©Todos os direitos reservados.
Galeria 111 | Rua D. Manuel II, 246 | Porto | Segunda a Sábado das 10h às 12h30 - 15h às 19h30 | www.111.pt

GALERIA 111 - Lisboa

Até 31 de Dezembro está patente a exposição fotografia e desenho de Pedro Gomes, id. PEDRO GOMES (Nampula, Moçambique, 1972) apresenta nesta exposição um conjunto de fotografias dando continuidade ao trabalho apresentado no Pavilhão Branco do Museu da Cidade (2011), e uma instalação de uma série de desenhos de pequenas dimensões a grafite sobre madeira, feitos a partir de retratos amadores colocados online nas redes sociais. Recolhendo, numa primeira abordagem, imagens pertencentes a um imaginário coletivo que suscitem um reconhecimento imediato para, numa abordagem posterior, subverter a sua natureza serial e imaterial, Pedro Gomes apresenta em id imagens possibilidade, imagens arquivo, imagens ecrã, que esbatem num mapa estereótipos, pulsões, memória e esquecimento.
LEGENDA DA IMAGEM DA EXPOSIÇÃO: Pedro Gomes, id, 2011, impressão fotográfica (detalhe), ©Todos os direitos reservados.
Galeria 111 | Campo Grande, 113 | Lisboa | Terçaa Sábado das 10h às19h | www.111.pt

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Centro Cultural Vila Flor - Guimarães


Até 18 de Fevereiro está patente a exposição de Hugo Canoilas, Definitivamente Provisórios ou Provisoriamente Definitivos. A exposição é apresentada nas galerias dos três pisos do Centro um trabalho que data desde 2008, assim como um conjunto de pinturas elaboradas especificamente para esta ocasião. Estas pinturas constituem e realçam a pintura como um conjunto heterogéneo de linguagens justapostas e reflectem a multiplicidade de questões e práticas abordadas pelo trabalho desenvolvido por Hugo Canoilas. No rés do chão o visitante deparar-se-á com Endless Killing - uma pintura com 3,70 metros de altura e 100 metros de comprimento. Exposta anteriormente no Centro Huarte em Espanha esta pintura apresenta, num primeiro plano, um conjunto de 80 homens brancos que estão prestes a matar-se em cadeia num sentido da esquerda para a direita. No plano seguinte, desenvolvem-se no sentido inverso (da direita para a esquerda) um conjunto de acontecimentos e referências históricas. Estas, ao serem sobrepostas, destroem uma possível cronologia dos acontecimentos. Todos este acontecimentos são mediados pela história da pintura, que nos dá a ver uma determinada história da violência. A pintura, pensada como pintura panorâmica, será agora adaptada ao espaço, em forma de espiral, realçando a sensação de infinitude. No primeiro piso duas grandes pinturas abstractas feitas sobre tecido encontram-se deixadas sobre o chão. O olhar animal, que não é convertido num olhar humano, intensifica o carácter existencialista da mostra, como acontece com o trabalho de Pollock. Assim o racional é posto em dúvida em conjunto com o controlo e mapeamento do conhecimento. Na cave, um conjunto de pinturas formais estão suspensas num espaço negro, num formato adequado ao Modernismo e à ideia de pintura como suspensão. As costas destas telas suportam recortes de jornais sensacionalistas austríacos estabelecendo um diálogo entre um hiper-real, recurso conveniente quando se trata de informar a noção de real do público geral, e uma abstracção do mundo.
Legenda da imagem: Hugo Canoilas, Endless KillingCentro Cultural Vila Flor | Avenida D. Afonso Henriques, 701 | Guimarães | www.ccvf.pt

Palácio Nacional da Ajuda - Lisboa

Até 3 de Abril está patente à exposição 25 Anos de Aquisições e Doações. A exposição tem como objectivo levar a público uma selecção de centenas de peças doadas ao Palácio da Ajuda ou adquiridas nos últimos 25 anos. Fruto do programa Uma Sala Um Mecenas destacam-se ainda as dez salas que foram objecto de restauro e reconstituição histórica. A mostra desenrola-se no percurso museológico, dando especial enfoque às peças que outrora pertenceram à Casa Real, tais como jóias, peças de ourivesaria, móveis, aguarelas, gravuras, cerâmicas, vidros, têxteis, ou ainda objectos do quotidiano da família real. Este evento visa homenagear todas as entidades públicas e privadas que contribuíram para a valorização do Palácio e das suas colecções. Legenda da imagem: Palácio da Ajuda, Portugal, Enrique Casanova, século XIX (2ª metade), Ass.: «CA», Aguarela sobre papel, 20 x 27,5 cm, Aquisição: BTA,1991, Palácio Nacional da Ajuda, inv. 54502
Palácio Nacional da Ajuda | Largo da Ajuda | Lisboa | Quinta a Terça das 10h às 17h30 | www.pnajuda.imc-ip.pt