Até 30 de Junho está patente a exposição de pintura e escultura, O Grito do fundo do mar e a performance, El pintor ciego de Santiago Mayo. " Quando o avião baixa, vejo pela janela superfície do oceano. O Sol ilumina esta espécie de pele de gigantesco animal, fazendo brilhar as escamas diminutas. A cor escura faz advinhar a profundeza abissal, e vêm-me ao coração o medo e o respeito, ao mesmo tempo que um vago desejo de abandono suicida a um possível abraço amoroso e final. Sempre que venho aos Açores, quase todos os anos desde 1991, tenho esta estranha sensação de terror e amor misturados. Talvez seja, no fundo, a minha maneira de olhar para as coisas. Tudo é pele, para um pintor, não só a superfície marinha. A própria pintura mais não é do que uma película, estendida pelo pincel, que cobre a tela. E, por baixo desta pele, o mistério da profundeza, onde podem habitar o horror ou a maravilha. E nós também somos pele." ( Santiago Mayo - excerto do texto de apresentação)
Legenda da imagem: Santiago Mayo, Meu Coração de Baleia, 2009, cabo de arame, lâmpada, plástico, osso de baleia, prego e transformador
Fonseca Macedo Arte Contemporânea | Dr. Guilherme Poças Falcão, 21 | Ponta Delgada | Segunda a Sábado, das 14h às 19h | www.fonsecamacedo.com
Legenda da imagem: Santiago Mayo, Meu Coração de Baleia, 2009, cabo de arame, lâmpada, plástico, osso de baleia, prego e transformador
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