terça-feira, 26 de janeiro de 2016

CULTURGEST PORTO

Até 19 de março está patente a exposição "Cassandra" de Ana Jotta. Em 2014, a Culturgest apresentou, na Galeria de Lisboa, uma exposição de Ana Jotta (1946, Lisboa), intitulada A Conclusão da Precedente, que incidiu sobre o trabalho por ela realizado desde a sua retrospetiva no Museu de Serralves, no Porto,
em 2005. A abordagem então adotada era eminentemente fragmentária, não sistemática, desconsiderando quer o critério de organização cronológica, quer o princípio de reconstituição das sucessivas séries de obras através das quais a sua prática artística se fora processando ao longo do período abarcado. No âmago dessa exposição estava aquilo a que a artista chama “notas de rodapé”, uma parafernália de materiais impressos e de objetos por ela reunidos ao longo dos anos e que participam, de diferentes modos, mas sempre com uma função generativa, no seu processo criativo. O livro editado no contexto dessa exposição reuniu muitos desses materiais impressos, e foi esse livro que, inesperadamente, deu origem a esta nova exposição. O livro transmutou-se numa outra obra, Cassandra, um espaço visual e semanticamente saturado que acolhe um conjunto muito heteróclito de peças produzidas pela artista desde a década de 1980. A exposição na Culturgest do Porto torna-se assim caixa-de-ressonância da obra radicalmente polimorfa de Ana Jotta.
Culturgest Porto | Edifício Caixa Geral de Depósitos | Avenida dos Aliados nº104 | Porto |De segunda-feira a sábado, das 12h30 às 18h30 | Encerra aos domingos e feriados | Entrada gratuita | www.culturgest.pt

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Galeria Quadrado Azul, Porto


Até 12 de março estará patente a exposição de Álvaro Lapa. Com um glossário simbólico único, pautado pela constante hibridez entre o pictórico e a palavra, Álvaro Lapa será sempre o artista da forma falada e da palavra informe, da insurreição contra o virtuosismo e a herança estética. Dez anos depois da sua morte, continuamos a desocultar os enigmas que o artista e poeta nos deixou para, sem mapa ou pudor, regressarmos à mesma paisagem interior desmesurada.
Álvaro Lapa (Évora, 1939 - Porto, 2006) distinguiu-se na pintura e na poesia portuguesas contemporâneas. Em 1956 fixa-se em Lisboa onde estuda Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o que terá marcado profundamente a sua obra. A sua primeira exposição individual realiza-se em 1964 na Galeria 111, em Lisboa. O seu percurso está marcado pelo cruzamento entre pintura e escrita e pelas afinidades com a pintura abstracto-expressionista europeia e norte-americana, sobretudo Robert Motherwell, e com o surrealismo europeu, manifestas na desconstrução formal e na autonomia estética. A sua obra é pautada pelo recurso a referências autobiográficas e literárias que deram origem à série "Cadernos", que remete para um conjunto de autores como Rimbaud, Kafka, Joyce, Sade e Burroughs. A pintura de Lapa situa-se historicamente numa avaliação subversiva dos cânones da pintura. A sua obra literária integra estudos de teoria da arte bem como a poesia de pendor surrealista. O seu reconhecimento tornou-se patente nas exposições retrospectivas realizadas na Fundação de Serralves e na Fundação Calouste Gulbenkian.
Galeria Quadrado Azul, Porto | Rua Miguel Bombarda, 578 | Porto | http://www.quadradoazul.pt/pt/qa/exposition/2016-01-16-alvaro-lapa/











quarta-feira, 26 de março de 2014

GALERIA LUIS SERPA PROJECTOS - Lisboa


JOAO VILHENA | E/O
13 Março March > 30 Abril April 2014

A exposição compõe-se de 32 fotomontagens digitais onde se mesclam retratos da pintura ocidental e o fenómeno explosivo dos “selfies”. Em cada semana que passa são partilhadas nas redes sociais mais de nove mil milhões de fotografias, superando em muito a atual população do planeta, de mais de sete mil milhões de pessoas. Há na sequência das obras apresentadas por Joao Vilhena um convite para retomar alguns tópicos importantes da discussão estética do final do século 19 e século 20, descobertos nomeadamente por Rimbaud (“Je est un autre.”), Walter Benjamin (“The camera introduces us to unconscious optics as does psychoanalysis to unconscious impulses”), e Roland Barthes (“ça a été”).
O título da exposição E/O (Eu/Outro) é um convite à arte neste tempo de pragas e misérias recorrente.

GALERIA LUIS SERPA PROJECTOS | Rua Tenente Raul Cascais, 1B, 1250-268 Lisboa | www.galerialuisserpa.blogspot.com