quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Culturgest - Lisboa


Até 13 de Maio estão patentes as exposições de Michael E. Smith e Katinka Bock nas Galerias 1 e 2 do Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos.
Michael E. Smith (Detroit, 1977) trabalha com objetos quotidianos e materiais industriais, submetendo-os a transformações que frequentemente despistam o seu reconhecimento. Muitas das suas obras parecem dar testemunho de uma violência extrema e irreparável que sobre esses “corpos” se abateu. O modo rarefeito como o artista as instala no espaço expositivo acentua uma impressão de ruína, de abandono, de perda. Se soubermos que Michael E. Smith cresceu e ainda hoje vive em Detroit, cidade devastada pela degradação acelerada e por uma pobreza endémica, resultantes da falência dos setores industriais tradicionais, e em especial da indústria automóvel, encontramos aí uma fundamental chave de leitura do seu trabalho. A forte imersão do artista na cultura hip-hop durante a adolescência e juventude é outro dado biográfico significativo para entender a combustão criativa, algumas referências oblíquas e a atitude que atravessam a sua prática artística. As suas obras, eminentemente abstratas, dão conta de uma extraordinária inventividade formal, de uma notável capacidade para manipular materiais e construir formas e superfícies.
Uma preferência por materiais simples (por exemplo, barro, madeira, metal ou tecido) e uma rigorosa economia de gestos e de procedimentos na manipulação desses materiais são aspetos transversais ao trabalho de Katinka Bock (Frankfurt am Main, 1976). Elementares e austeras nos seus materiais e nas suas formas, dotadas de uma intensa energia e de um subtil poder evocativo, as suas esculturas condensam o processo de pensamento que esteve na sua origem. É de assinalar igualmente o apurado sentido coreográfico com que a artista organiza as suas obras no espaço expositivo – a relação entre as obras e a interação destas com o espaço. Todavia, as suas esculturas surgem-nos sempre, mesmo quando se inscrevem de forma específica no espaço, como eminentemente introvertidas e introspetivas, convidando o espectador a um estado de recolhimento interior. Reunindo peças recentes, e em vários casos inéditas, esta exposição dá a conhecer ao público português o trabalho de uma artista que, nos últimos cerca de quatro anos, tem vindo a construir uma posição de referência no contexto das práticas de escultura atuais.
Legenda das imagens: Larry Bird, 2010, Penugem e penas de ganso, plástico · 36 x 21,5 x 4,5 cm, Cortesia KOW, Berlim | Winterlandschaft mit Hut, 2011 [Paisagem de inverno com cabana], Calcário, feltro e areia · 300 x 300 cm, Cortesia Meyer Riegger, Karlsruhe / Berlim, Fotografia: Trevor Lloyd
Culturgest | Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos | Rua Arco do Cego, Piso 1 | Lisboa | Segunda a Sexta, das 11h às 19h (última admissão às 18h30) | Encerrado à Terça-feira | Sábado, Domingo e Feriado, das 14h às 20h (última admissão às 19h30) | www.culturgest.pt

Museu Municipal de Estremoz Prof. Joaquim Vermelho - Estremoz

Até 29 de Abril, está patente a exposição Desenhos de Cristina Malaquias nascidos em fotografias de Eduardo Sérgio. Esta exposição, que se inaugura a 18 de Fevereiro pelas 16h00, apresenta-nos o resultado da dualidade pintura-fotografia, onde os autores exploram essa dualidade unindo as duas técnicas, através da procura, pela pintura, de um elo de ligação que anula os limites naturais da representação em papel fotográfico. Esta subversão, esta intromissão, no universo fechado pelos limites da representação impressa da fotografia, é notável e conduz-nos a um ambiente inteiramente novo.
Sala de Exposições Temporárias do Museu Municipal de Estremoz Prof. Joaquim Vermelho | Largo D. Dinis | Estremoz | Terça a Domingo, 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 | www.cm-estremoz.pt

Galeria 3+1 Arte Contemporânea - Lisboa

Após ter recebido uma menção honrosa na edição de 2011 do Prémio EDP Novos Artistas, André Trindade apresenta na Galeria 3+1 a exposição Going nowhere and getting there, instalação que reúne objectos escultóricos dispostos de forma invulgar no espaço da galeria, em diálogo com um conjunto de vídeos. A premissa coloca o espectador entre dois conceitos aparentemente contraditórios: como ir a lado nenhum, chegando lá? André Trindade conduz o espectador a este espaço de ambiguidade servindo-se da ficção científica ou fazendo referência ao ímpeto exploratório que coloca o indivíduo face a situações inóspitas, aqui através de objectos como uma tenda deslocada do seu habitual ponto de vista, ou uma máscara de ossos que acompanha, inerte, um misterioso diálogo ontológico entre uma bomba e o homem que a pretende dissuadir dos seus ímpetos destrutivos. Estes objectos, sujeitos a um deslocamento físico, são igualmente alvo de um deslocamento conceptual, apartados das suas funções e postos ao serviço da interpretação crítica. André Trindade serve-se de mecanismos como a crítica literária, alargando-os ao estudo da significação das imagens, dos objectos e do próprio espaço, acentuando assim uma nova etapa no seu trabalho artístico, em que a manipulação dos objectos como finalidade crítica assume um papel central.
Exposição patente até 7 de Abril.
Legenda da imagem: André Trindade, detalhe para exposição, 2012 (Residência ZDB)
Galeria 3+1 ARTE CONTEMPORÂNEA | RUA ANTÓNIO MARIA CARDOSO, 31 | Lisboa | Terça a Sábado das 14h às 20h | www.3m1arte.com

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

EXPOSIÇÃO ARTISTAS BRASILEIROS NA COLECÇÃO MANUEL DE BRITO

Manuel de Brito nasceu no Rio de Janeiro e sempre manteve fortes ligações a artistas e instituições brasileiras. A Colecção Manuel de Brito foi mostrada, em 1995, no Museu de Arte de São Paulo e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro com imenso sucesso. Ao terminar o ciclo de apresentação dos artistas portugueses, dos anos 10 do século XX aos anos 10 do século XXI, o Centro de Arte Manuel de Brito mostra os artistas brasileiros representados na colecção. Thomaz Ianelli, Sérgio de Camargo, Arthur Luiz Piza, Ascânio MMM, Alex Flemming, Leda Catunda e Márcia Xavier são os artistas mais representados na colecção. Que conta ainda com obras de Volpi, Renina Katz, Carlos Scliar, Amélia Toledo, Rubens Gerschnan, Cláudio Tozzi e Alberto Garbi, entre outros. Exposição patente até 3 de Junho.
Legenda da imagem: Leda Catunda, Amorosa, 2008, acrílico sobre voile, tela e veludo, 242 x 186 cm
Centro de Arte Manuel Brito | Palácio Anjos Algés - Alameda Hermano Patrone| Algés |Terça a Domingo 10h às 18h | Última Sexta de cada mês das 10h às 24h | camb.cm-oeiras.pt

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Centro de Arte Moderna | Fundação Caloustre Gulbenkian - Lisboa

Até 6 de Maio está patente a exposição, Frutos Estranhos – título de uma série de obras de 2006 de Rosângela Rennó – acabou também por ser o título da exposição antológica que cobre mais de duas décadas de trabalho (1991-2012) da artista nascida em Belo Horizonte-Brasil em 1962. A razão deve-se não só ao facto de ser um título de algum modo enigmático e logo sedutor, instaurando, pensamos, o desejo de ver, de espreitar, de olhar e contactar com o estranho, mas também porque pensamos que é uma boa síntese da atitude de Rennó frente à fotografia e de um modo mais amplo perante o universo das imagens técnicas. A artista não fotografa, não é uma fotógrafa, dado que as imagens que compõem a sua obra não resultaram de um acto físico e mental operado inicialmente por si: não foi ela que carregou no botão, que enquadrou, que registou. O seu ato artístico é o de uma recoletora de imagens de diversas proveniências, desde álbuns de família a fotografias de jornais e de agências de informação, passando por obituários, fotos de identificação e de arquivos cadastrais ou ainda memórias turísticas. As imagens – com exceção do seu trabalho em vídeo – são sempre encontradas e escolhidas, é o object trouvé duchampiano alargado a toda a representação, são imagens trouvés, não manufaturadas pela artista, antes recontextualizadas, reenquadradas, ampliadas, re-imprimidas. São assim de algum modo frutos de uma árvore-vida que a artista se limita a colher e depois a mostrar, a dispôr, por vezes de um modo estranho, que nos leva a vê-los, a esses frutos do olhar e da memória dos outros, com uma nova visão e cosmogonia.
Centro de Arte Moderna - Fundação Caloustre Gulbenkian | Rua Dr. Nicolau de Bettencourt | Lisboa | Terça a Domingo das 10h às 18h - Última entrada no museu às 17h45 | www.cam.gulbenkian.pt

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Galeria Novo Século - Lisboa

Até 10 de Março está patente a exposição de Carlos Barroco, POP STARS. O artista fala sobre a exposição: “Em 2003 participei num workshop de serigrafia no atelier do C.P.S. (Centro Português de Serigrafia), onde durante alguns dias um grupo de artistas trocaram experiências sobre esta técnica. O meu trabalho foi sobre algumas “POP STARS” que fazem parte do meu imaginário pop… Tin Tin, Andy Warhol, Elvis Presley e Luís Figo. Fez-se uma pequena tiragem e eu recolhi algumas provas de experiências (P. E.) que pintei tornando-as peças únicas, o resultado deste exercício vai estar em exposição na galeria Novo Século em colaboração com o C.P.S."
Galeria Novo Século | Rua de O Século 23 A- B | LISBOA | Terça a Sábado das 14 às 19 h

Prova de Artista - Lisboa

Até 16 de Março está patente a exposição BRANCO E NEGRO: sujeito, espaço e perceção é uma aproximação à obra de diversos artistas portugueses e espanhóis, a criação plástica desde a obra aproximadamente monocromática em branco e em negro, até à construção de um espaço que se articula à volta de dualidades opostas e complementares. Realizar uma exposição sobre a cor é reflectir sobre um dos temas centrais da criação contemporânea. Devido aos elevados valores simbólicos, reclamados pela herança cultural e as fortes propriedades perceptivas que derivam deles, identificaram-se com o positivo e o negativo, a luz e a obscuridade, a apreensão visual e a negação do espaço. Estas oposições, que na arte se podem materializar mediante a cor e os seus sistemas percetivos, conduzem-nos à natureza do dualismo, pela representação dos sistemas de pensamento e pela realidade na sua dimensão empírica, espiritual e subjectiva. Esta exposição é composta por 22 Obras de oito artistas distintos, nas técnicas de: pintura, gravura, desenho e fotografia.
Legenda da imagem: SONIA HIGUERA, GRAVURA (água-forte e ponta seca )
Prova de Artista |Rua Tomás Ribeiro, 115 | Lisboa | Segunda a Sexta das 10h30 às 20h | Sábado: 15h às 20h |provadeartista-blog.blogspot.com

Galeria Fonseca Macedo - Ponta Delgada

Até 31 de Março, está patente a exposição de pintura de Carlos Carreiro.
Legenda da imagem: Carlos Carreiro, A importância do perú insuflável, 2011, Acrílico s/tela, 125 x 140cm
Galeria Fonseca Macedo | Rua Dr. Guilherme Poças Falcão, 21 | Ponta Delgada | Segunda à Sábado das 14h às 19h | www.fonsecamacedo.com

Galeria Lobo Mau - Arraiolos

Até 18 de Março está patente a exposição de fotografia, Interpretações, de David Infante.
Galeria Lobo Mau | Largo 25 de Abril, 1 | Arraiolos | Sábado e Domingo das 10h às 13 e das 15h às 18h | www.galerialobomau.blogspot.com

Galeria Palpura - Lisboa

Até 10 de Março está patente a exposição de pintura de João Paramés. O trabalho do Paramés caracteriza-se de uma forma geral por umas manchas generosas num figurativo que evoca aqui e ali contos infantis sob contrastes de fortes cores primárias. Esta escolha da paleta de cor bem como da sua composição lembra-nos de quando em vez os trabalhos mais tardios de Matisse e Miró, embora o trabalho figurativo de João Paramés tais como pessoas, animais e figuras híbridas, estejam mais perto dos néones satíricos de Bruce Nauman. A enorme confusão de elementos, que muitas vezes se sobrepõem sem planos definidos não nos deixam recolher uma clara noção da profundidade, escala e caracterização do seu trabalho. Cada obra atira-nos para cenas domésticas, pastoris ou profundamente urbanas. O virtuosismo de Paramés mostra-nos em forma de balanço uma hiperactiva indeterminação que mesmo na obra mais caótica resulta numa simplicidade notável à primeira vista, quando por exemplo os diferentes elementos se fundem em manchas sólidas, resultando noutras imagens à medida que vamos olhando com maior detalhe.

A sua obra encontra-se representada em inúmeras 
colecções privadas e públicas, nacionais e internacionais: Assembleia da República, Câmara Municipal de Lisboa, Museu da Fundação Portuguesa da Comunicação, Museu Grão Vasco, Ministério das Finanças, Centro Galego de Lisboa, Casa do Artista, Clube dos Empresários, Banco Privado de Angola, Barclays Bank Portugal, Associação António Fragoso, Valormed, Siemens Lisboa, Sparkasse (Alemanha - Warstein), Câmara Municipal de Warstein (Alemanha), Les Enfants Bleux (França - Paris) e Parlamento Galego (Espanha).
A Galeria Palpura | Rua Alberto Villaverde Cabral nº 2 Lj A | Lisboa |Segunda a Sábado das 13h às 19h30 | www.palpura.pt

Galeria Presença - Porto

Até 10 de Março está patente a exposição de pintura, On Revolucion, de Mafalda Santos.
GALERIA PRESENÇA | Rua Miguel Bombarda, 570 | Porto | www.galeriapresenca.pt

Centro de Arte Moderna | Fundação Caloustre Gulbenkian - Lisboa

Até 20 de Maio está patente a exposição Quatro Estações de Beatriz Milhazes que resulta de uma parceria com a Fundação Beyeler de Basel (Suíça) e juntamente com a mostra de Rosangela Rennó pretende dar um enfoque em 2012 à arte contemporânea brasileira, dado que este ano foi consignado pelos dois países como o ano Portugal-Brasil. Beatriz Milhazes (Rio de Janeiro, 1960) é uma artista que adora a natureza, o que não implica que crie representações realistas de flores e plantas nos seus quadros. O que a levou inicialmente aos motivos florais foram as artes decorativas e a pop art. A exposição apresenta quatro pinturas monumentais que exploram tematicamente as estações do ano. A altura dos quatro quadros é a mesma; a única diferença entre eles é a largura, que em cada um dos quadros corresponde proporcionalmente à duração da respetiva estação do ano no Rio de Janeiro: Summer Love e Spring Love são os maiores, representando o verão e a primavera respetivamente, ao passo que o inverno é a estação mais curta e logo a tela mais pequena. Para além desta série apresentam-se também sete colagens, um mobile e um trabalho em vinil, Jardim verde, criado especificamente para a nave do CAM, dando a ver uma outra faceta do vocabulário exuberante e colorido de Beatriz Milhazes.
Centro de Arte Moderna - Fundação Caloustre Gulbenkian | Rua Dr. Nicolau de Bettencourt | Lisboa | Terça a Domingo das 10h às 18h - Última entrada no museu às 17h45 | www.cam.gulbenkian.pt

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Chiado 8 Arte Contemporânea - Lisboa

Até 30 de Março está patente a exposição, Trabalho, de Ana Santos. Numa época em que a maioria das imagens e dos objetos vem encapsulada numa retórica que tantas vezes lhe é extrínseca, as obras de Ana Santos (Espinho, 1982) parecem-nos estranhamente mudas. Embora possamos entreter a hipótese de estarmos perante corpos puramente abstratos e de ser essa a razão do seu mutismo, não podemos, todavia, deixar de reconhecer que há neles algo de familiar. Por um lado, esta sensação justifica-se pelo facto de alguns destes corpos terem sido, um dia, produtos plenamente funcionais como guarda-chuvas, arquivadores, dossiês ou hula hoops, agora intervencionados e recombinados pela artista. Por outro lado, e a par dos resultados desta estratégia apropriacionista, o trabalho de Ana Santos integra também um conjunto de obras nascidas por intermédio da transformação direta de materiais como a madeira, o mármore ou o chumbo e cujas formas finais parecem constituir signos de um léxico ainda por determinar mas já carregado de um claro sentido. A adoção descomplexada destas duas estratégias produtivas coloca o trabalho de Ana Santos na fronteira entre as grandes tradições escultóricas da modernidade. Porém, longe de se embrenhar num diálogo com a história deste meio ou com as suas múltiplas ambições, a sua obra ganha singularidade no modo rigoroso como coloca cada um destes objetos nesse ponto de estranha familiaridade capaz de os revestir, a um tempo, de um poder fundador, de um caráter alegórico e de uma função litúrgica. A exposição que agora se apresenta no Chiado 8 trata desse efeito para lá de toda a retórica, dessa mudez produtiva que define um campo de ação e que requer participantes muito mais do que espectadores.
Chiado 8 Arte Contemporânea | Largo do Chiado, 8| Lisboa | Segunda a Sexta-feira, das 12h às 20h

Galeria João Esteves de Oliveira - Lisboa

Até 9 de Março está patente a exposição de Adriana Molder intitulada Mad About The Boy. Sobre esta série escreve Adriana Molder: “Mad About the Boy é um projecto que começou com uma simpatia especial pela cantadora da canção com o mesmo nome, escrita por Noël Coward em 1932. Pelo seu constrangimento, um misto entre “miséria e pura alegria”, em viver uma fantasia: a sua obsessão pelo “rapaz” de um filme. Esta simpatia depressa se transformou numa irritação ou mesmo num desassossego pelo paralelo entre a fantasia da personagem da canção e a minha própria obsessão pela procura de imagens. Imagens que possam inspirar o meu trabalho de desenho e pintura. Em geral, imagens de rostos, muitas vezes de antigas e novas “estrelas” de cinema. Esta procura, ao modo de um detective, que se compromete intensamente, e intuitivamente, na sua investigação, produziu várias imagens que me ajudaram na criação destes 10 novos retratos. Algumas são quase reconhecíveis, outras quase irreconhecíveis. Como na canção, sempre há uma excitação em viver uma fantasia. Mas muito mais excitante é poder acabar com ela. Estes novos trabalhos aparecem como isso mesmo”.
Legenda da imagem: Da série Mad About the Boy, Olhos Brancos, 2011 Tinta-da-china e acrílico sobre papel esquisso, 150 x 100 cm
Galeria João Esteves de Oliveira | Rua Ivens, 38 1Lisboa | Segunda-feira das 15 às 19.30 Terça-feira a sábado 11 às 19.30 Sábado encerra das 13.30 às 15.00 | www.jeogaleria.com

domingo, 12 de fevereiro de 2012

MNAC Museu do Chiado - Lisboa

Até 27 de Maio está patente a exposição, Arte Portuguesa do século XX (1960-2010). Está exposição completa o ciclo de três exposições da colecção do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, iniciado em Abril de 2011, para comemorar os 100 anos de existência desta instituição. Ao percorrer o último meio século da história da arte portuguesa, esta exposição revela também, necessariamente, as vicissitudes de funcionamento do próprio Museu, alternando momentos de proximidade e de alheamento relativamente ao pensamento e à construção estética da contemporaneidade.
Legenda da Imagem: Lourdes Castro (1930), Bolsa e laranjas, 1965, plexiglass and glyceroftalic ink, Col. MNAC-Museu do Chiado, inv. 2549
MNAC - Museu do Chiado | Rua Serpa Pinto, 4 | Lisboa | Terça a Domingo das 10h às 180h | www.museudochiado-ipmuseus.pt

Influx Contemporary Art - Lisboa

Até 17 Março está patente a exposição colectiva, Roots, artistas participantes: A. Pedro Correia, Abraão Vicente, Fefe Talavera, Isabel Lima e Jorge Dias. Está exposição é o resultado visível da residência artística que decorreu no LAC - Laboratório de Actividades Criativas. Durante duas semanas os artistas trabalharam o tema da escravatura através de uma visão contemporânea, num projecto que pretende criar outras rotas e fluxos transculturais, através da reflexão da diversidade cultural dos países outrora colonizadores e colonizados e as suas influências na criação de uma miscigenação global e plural, questionando e identificando as raízes desse processo. Roots remete-nos duplamente para o significado original da palavra, quer no sentido de ter sido o escravo arrancado das suas raízes ancestrais, quer para as raízes que, com o passar do tempo e de sucessivas gerações, foram criadas nos países de destino moldando a sua identidade cultural contemporânea como, por exemplo, se torna evidente nos casos do Brasil e Cabo Verde. Remete-nos ainda para a ideia de rota, percurso e viagem, porta de partida e de chegada, de que Lagos é exemplo e participante activo.
INFLUX CONTEMPORARY ART | Rua Fernando Vaz, 20 B | Lisboa | Quarta a Sábado, das 14h às 19h | www.influxcontemporary.com

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa

Até 30 de Abril está patente a exposição dedicada a Fernando Pessoa e aos seus heterónimos, que pretende mostrar toda a multiplicidade da obra do grande poeta de língua portuguesa, conduzindo o visitante numa viagem sensorial pelo universo de Pessoa, para que leia, veja, sinta e ouça a materialidade das suas palavras. Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith, nesta exposição encontra-se um espaço repleto de poemas, textos, documentos, fotografias e pintura, onde se incluem raridades como a primeira edição do livro Mensagem, com uma dedicatória escrita pelo poeta.
Fundação Calouste Gulbenkian | Av. de Berna, 45A | Lisboa | Terça a Domingo das 10h às 18h | www.gulbenkian.pt

Museu Carlos Machado - Ponta Delgada

Até 31 de Março está patente a exposição, Fez-se Luz de Catarina Branco. A exposição divide-se pelos dois núcleos do Museu: obras como Arcanjo (2010), Povoação (2011) e Lapinha (2011) partilham memórias familiares com memórias de um coletivo micaelense, refletindo experiências pessoais e tradições religiosas e populares, aludindo a um lado espiritual, daí expostas na Igreja do Colégio. Do lado de Santa Bárbara, Ilha Desconhecida (2010), Vegetação Densa (2011) e Corações ao Alto (2011), pela sua plasticidade, evidenciam o lado estético mais pop da obra da artista. Pela sua forma e pela técnica, que honra o tradicional trabalho do recorte de papel (e, também, de mapas), tão típico açoriano, a artista confere às suas obras a mesma exuberância visual da ilha que pretende elogiar.
"No caso de Catarina Branco podemos afirmar que esta trabalha a partir do lugar específico que é a cultura açoriana mas, através desta, faz referência ao que é característico de qualquer civilização – o seu lado de miscigenação, ou de hibridação. Nestas obras, podemos verificar as ligações estabelecidas com a África, o Brasil e o Oriente, fazendo jus à própria povoação e colonização açorianos, ela própria protagonizada por povos de diferentes origens. Este aspecto coloca as suas obras numa perspectiva verdadeiramente globalizante, reflectindo sobre a ideia de equivalência ou partilha cultural." ( Carla Utra Mendes, curadora )
Museu Carlos Machado | Convento de Sto André - Rua João Moreira | Ponta Delgada | Terça a Sexta das 10h às 12h30 e 14h às 17h30 | Sábado e Domingo das14h às 17h30 | museucarlosmachado.azores.gov.pt

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Paços Galeria Municipal -Torres Vedras

Até 14 de Abril, está patente a exposição, Histórias Naturais de João Garcia Miguel. Esta exposição decorre nas três salas do edifício.
Paços Galeria Municipal | Praça do Município | Torres Vedras | Segunda a Sábado das 9h30 às 19h00

Round the Corner - Lisboa

Até 19 de Fevereiro está patente a exposição de Jorge Santos, Blind Fence. Apreciando a aparente limitação que subjaz à necessidade de adaptar as suas peças a lugares existentes, Jorge Santos procura retirar do espaço o que de melhor este lhe oferece, cria um jogo subtil com as suas características e integra-o como um elemento mais da sua comunicação. Por outro lado, interessam-lhe os resultados da deslocação dos elementos arquitectónicos de um lugar para outro, ou do interior para o exterior. No Round the Corner a convexidade da parede entra em dialéctica com a técnica de impressão da obra, que de certa forma produz formas côncavas (vazadas) e convexas (relevadas). A cerca, objecto característico do ambiente exterior, provoca no espectador um sentimento de lugar alterado. A ausência de cor da obra e as paredes brancas evocam a atmosfera de um espaço clínico. Mais, essa cerca é apenas uma impressão tacteável, usando de uma linguagem própria para invisuais. O espectador vê-se assim acometido de uma espécie de cegueira – talvez essa cegueira branca de que nos falava Saramago e que representa porventura o excesso de visão – o espectador vê tanto, que na realidade deixa de ver, como uma câmara fotográfica em que o diafragma se abre e o tempo de exposição é estendido…
VER MAIS OBRAS DO ARTISTA AQUI
Round the Corner | Rua Nova da Trindade portas 9F a 9G | Lisboa | Segunda a Sábado das 15h às 21 h | www.roundthecornertt.blogspot.com

Casa da Cerca Centro de Arte Contemporânea - Almada

Até 29 de Abril está patente a exposição A Magia da Polaroid - 1948 a 2010 - Coleção Raul Cunca. Esta exposição explora o percurso marcado pelas mais emblemáticas máquinas fotográficas, mostrando também os acessórios, objectos e documentos a elas associados. A exposição permite uma abordagem quer ao desenho dos aparelhos fotográficos, quer ao uso da fotografia como instrumento do desenho.
Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea | Rua da Cerca | Almada | Terça a Sexta das 10h às 18h | Sábado e Domingo das 13h às 18h | www.m-almada.pt/portal/page/portal/CASA_CERCA

Casa de Serralves - Porto

Até 3 de Junho poderá ser visitada a instalação de João Paulo Feliciano, Walls to the People. O artista criou um projecto artístico capaz de envolver o público numa acção interactiva através da utilização de recursos tecnológicos: smartphones, tablets e tecnologia de “realidade aumentada”. O resultado é uma instalação que incide sobre diversas expressões visuais e linguísticas espontâneas e populares que normalmente podemos encontrar nas paredes do espaço público. Com base numa recolha feita pelo artista de expressões comunicativas no espaço público, com carácter espontâneo, naif e subversivo, foi feita uma selecção de inscrições que serão “aplicadas” através de “realidade aumentada” às paredes da Casa de Serralves. Uma recontextualização que, apesar de virtual, confere um novo carácter às intervenções gráficas: subversivo, por um lado, mas não isento de humor e de sentido lúdico. As inscrições não estão visíveis à partida. O convite que fazemos ao público é que venha explorar e descobrir cada uma das inscrições ao percorrer a Casa, por dentro e por fora, apontando os seus aparelhos para as paredes.
Museu de Arte Contemporânea de Serralves | Rua Dom João de Castro | Porto | Terça a Sexta das 10h as17h | Sábado, Domingo e Feriados das 10h as 20h | www.serralves.pt

Galeria do Museu Rafael Bordalo Pinheiro - Lisboa

Até 20 de Maio está patente a exposição de cerâmica de Teresa Cortez. Esta exposição monográfica apresenta uma abordagem à obra da artista, através da temática dos animais que é transversal no seu trabalho. Potes, esculturas de pequenas dimensões, placas cerâmicas, pratos, azulejos individuais e em painel, partilham a criação de uma quinta poética interior, habitada por histórias (re)inventadas. Parte significativa do seu trabalho cerâmico é a concepção de painéis de azulejos pintados, por vezes modelados ou relevados, que foram integrados em projectos de arquitectura. Sendo Lisboa um local privilegiado, estudos e projectos para a sua realização são apresentados no piso superior da Galeria, onde se pode ver a projecção de imagens de alguns dos painéis na cidade.
Galeria do Museu Rafael Bordalo Pinheiro | Campo Grande, 382 | Lisboa | Terça-feira a Sábado, das 10h às 18h | www.museubordalopinheiro.pt

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

BES Arte & Finança - Lisboa

Até 24 de Abril está patente a exposição, Políptico, uma reinterpretação em versão fotográfica dos Painéis de São Vicente de Fora, à luz da sociedade actual. A exposição, que reúne trabalhos de fotógrafos portugueses e espanhóis, é comissariada por Nuno Aníbal Figueiredo e André de Quiroga, contando com o apoio da galeria Juana de Aizpuru e com o Alto Patrocínio da Assembleia da República. Composta por trabalhos de José Luís Neto, José Maçãs de Carvalho, Pedro Cabral Santo, Carmela García, Cristina Lucas e Pierre Gonnord, a reinterpretação fotográfica incide em algumas das ideias que a História teceu sobre os Painéis de São Vicente de Fora, uma das maiores obras-primas da pintura portuguesa do século XV. Estão presentes questões como o problema da autoria individual ou colectiva da obra; da sua unidade ou não enquanto políptico; da constatação de uma exuberante presença de elementos simbólicos ou de se tratar de uma mera “charada” visual; da dicotomia associada à figura central enquanto sacra, o Santo Padroeiro de Lisboa, ou laica como a representação da Nação; ou por fim, o desafio da identificação dos representados à época, desde os mais altos dignitários da nação até às classes mais humildes. O conjunto de trabalhos da exposição *13 Políptico tem igualmente o propósito de retractar a actual sociedade portuguesa, conservando a ambiguidade das premissas da pintura evocada. Daí que se privilegie o carácter simultaneamente singular e colectivo da autoria dos vários trabalhos apresentados nesta exposição; a individualidade de cada retrato e a sua forçada aspiração a uma unidade de conjunto; a natural profusão de referências simbólicas em cada peça e o seu consequente enigmatismo; o assumir de uma obra-pastiche ou das múltiplas e legítimas reinterpretações possíveis de uma obra. A exposição exposição *13 Políptico é gratuita e integra o cartaz cultural do BES Arte & Finança com a sinalética do * (asterisco), que se traduz na presença de algumas obras externas ao espólio do BES.
BES Arte & Finança - Arte Contemporânea | Praça Marquês de Pombal, 3 | Lisboa | Segunda a Sexta, das 9 h às 21 h | www.bes.pt/sitebes/cms.aspx?plg=5CD27612-A18F-4226-8D9A-7ACA20F96D29

Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva - Lisboa

Até 15 de Abril está patente a exposição, Amigos de Paris, organizada pela Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva em colaboração com o CAM-Fundação Calouste Gulbenkian. A exposição reúne obras de quatro artistas: Lourdes Castro, René Bertholo, José Escada e Jorge Martins. Todos tiveram uma ligação especial ao casal Szenes, pela amizade e pela orientação artística.
A mostra procura revelar obras de início de carreira (década de 60 e início de 70), que ilustrem um período crucial da produção e apontem já futuras direcções de pesquisa. À colecção do museu junto com um conjunto de obras da co- lecção da Fundação Calouste Gulbenkian, aquisições e doações dos artistas, complementado por algumas obras de colecções particulares.
Legenda da imagem: LOURDES CASTRO, Caixa madeira, 1963, assemblage madeira, tinta, 51,7 x 51,7 x 11,5 cm, Col. CAM – Fundação Calouste Gulbenkian
Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva | Praça das Amoreiras, 56 | Lisboa | Segunda a Domingo das 10h às 18h | Encerra Terças e Feriados | www.fasvs.pt