quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

TREMA ARTE CONTEMPORÂNEA - Lisboa

A partir de 16 a 23 de Dezembro estará patente a exposição de ilustrações originais do livro Ernesto Bom-Dia de João Vaz de Carvalho. Ernesto Bom-Dia é uma divertida história de José Campanari, em que o protagonista, seguindo a máxima do avô — ao mau tempo, boa cara —, não perde o ânimo nem nos momentos mais críticos; um comportamento que leva a pensar que devemos levantar a cabeça e fazer frente às dificuldades com tenacidade e confiança. Legendada imagem: Acrílico s/papel, 28x60cm TREMA - Arte Contemporânea |Rua do Jasmim 30 (junto ao Jardim do Príncipe Real) | LISBOA | Terça a Sexta das 13h às 19h30 | Sábado das 12h às 19h | www.trema-arte.pt

COLORIDA GALERIA DE ARTE - Lisboa

A partir do dia 18 de Dezembro a 14 de Janeiro de 2011 estará patente a exposição de pintura, intitulada URBANIDADE de Shane Wiggs. O fascínio com a industrialização está incorporado nos trabalhos do norte-americano Shane Wiggs. Fábricas cinzentas e máquinas monocromáticas são o destaque. Grandes arquitecturas mecanizadas ganham plasticidade e identidade nas pinturas. Sítios esquecidos e marginalizados encontram nas obras de Wiggs novas propostas e transformações. O artista rompe a "casca" do teoricamente feio e promove uma releitura dos espaços industrializados. (José Roberto Moreira – Comissário e Galerista) Colorida Galeria de Arte| Rua Costa do Castelo, 63 | Lisboa | Terça à Sábado das 13h30 às 18h | www.colorida.pt

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

CASA DA GALERIA - Santo Tirso































Até 22 de Janeiro de 2011 está a decorrer a exposição Cantos da Casa, que fecha um ciclo que teve como tema subjacente o lugar, iniciado na inauguração da Casa a 15 de Maio, com Alberto Carneiro e a exposição O Ser do Estar”.
Cantos da Casa reúne várias dezenas de trabalhos de desenho, pintura, instalação e assemblages, de 6 nomes com trabalho reconhecido nas artes como Joana Rêgo, Isaque Pinheiro, Emílio Remelhe, Evelina Oliveira, Joaquim de Jesus e Ricardo Leite. Em “Cantos da Casa” recolhemo-nos à nossa casa onde cada canto evoca acontecimentos e sedimenta memórias. Num lugar entre o exterior e o interior, entre o ser e o não ser, se resguarda a nossa intimidade e se constrói o verdadeiro Ser. Nas palavras de Gaston Bachelard : … uma casa tão dinâmica, que permite ao poeta habitar o universo. Ou noutras palavras, o universo vem habitar sua casa. Em cada artista o tema encontra as suas ressonâncias. Evelina Oliveira apresenta-nos em seis telas a sua casa de interior vegetal, fala-nos da dialéctica interior/exterior, dos valores germinativos da vida e interpela-nos com os seus olhos nostálgicos de quem está lá dentro. Emílio Remelhe, em quatro desenhos sobre papel abrasivo, risca o mundo, resignificando memórias e experiências, que quer “apregoar aos quatro cantos”. Joana Rêgo em quatro telas em acrílico apresenta casas dentro de casas, que são os nossos cantos favoritos, os ninhos, a imensidão da intimidade. Em diferentes registos, vemos um refúgio no vão de escadas por Ricardo Leite (óleo sobre tela); as cianotipias de Joaquim de Jesus lançam um novo olhar sobre o jardim, ou a sua oficina; e Isaque Pinheiro apresenta-nos vários objectos reconfigurados e o seu painel de ferramentas. E voltamos a Evelina Oliveira, em pequenos quadros sobre madeira, com a espiral, símbolo desde tempos imemoriais do ciclo nascimento-morte-renascimento. “mutante e permanente volto a ressurgir sendo o mesmo”. Olhando através dos objectos para a distância donde vêm, fazemos um percurso para dentro e para fora, neste armário de lembranças que são os cantos da casa. Casa da Galeria, Santo Tirso | R. Prof. Dr. Joaquim Augusto Pires de Lima 33-37 | Stº Tirso | Terça a Sábado, das 15h às 19h |www.casadagaleria.com

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

MCO ARTE CONTEMPORÂNEA - Porto

Até 17 de Janeiro de 2011 está a decorrer a exposição de pintura, Lá historia más bella jamás contada de José Luis Serzo. A história mais bela jamais contada é uma premissa expansiva. Surge com a intenção de evocar uma máxima para titular o final de uma etapa, uma crise; uma vida. Pretende chegar a um tipo de conclusão desejada como resultado de uma alquimia vivencial. Simboliza a busca incansável; o encontro desejado com o sentido profundo da nossa existência. É o início de uma nova série articulada por diversas histórias que conterão esta frase como cabeçalho e/ou ponto de partida e culminará com uma representação teatral. Blinky Rotred, o homem cometa (o meu alter ego), personagem com o qual configurei a maior parte das minhas histórias, é o narrador desta nova aventura e a mesma nave naufragada. Encontramo-nos ante a metáfora de uma viajem (crise) pessoal, num tempo universal. Uma pequena representação da grande travessia: a viagem da vida. Vivemos tempos de naufrágio. De catarse. Da mesma forma que em todas as outras séries, salienta-se a ambição de chegar a ser parte de um todo maior. O meu propósito é construir pouco a pouco as partes de uma grande obra de arte total. Um labor que põe em funcionamento todo o meu conhecimento, amor e valentia, na trama de um universo paralelo repleto de um significado libertador. (José Luis Serzo, Novembro, 2010)
MCO ARTE CONTEMPORÂNEA |Rua Duque de Palmela, 143 | Porto | Terça a Sábado das 15h às 19h | www.mcoart.com

Galeria de Exposições da Biblioteca de Santa Maria da Feira

Até 13 de Fevereiro de 2011 estáa decorrer a exposição Bravo, Lapa e Palolo, constituída por obras da Colecção da Fundação de Serralves. A exposição é comissariada por João Fernandes e pode ser visitada .

A exposição reúne obras dos três artistas que se encontram na colecção do Museu de Serralves, assim como em colecções institucionais e privadas que estão em depósito em Serralves. A mostra não pretende ser antológica da obra de cada um dos artistas mas permite, contudo, a formulação de um olhar particular sobre alguns dos momentos mais relevantes das suas obras, no confronto das diferenças que cada um deles sempre soube cultivar no exercício da amizade e da cumplicidade ética que aos três sempre reuniu.

Joaquim Bravo (1935-1990), Álvaro Lapa (1939-2006) e António Palolo (1946-2000) são três pintores portugueses nascidos em Évora que, coincidindo na amizade e na cumplicidade dos tempos e lugares que partilharam, jamais abdicaram da liberdade irredutível que se manifesta na individualidade de cada uma das suas obras, independentemente dos compromissos, solidariedades ou estratégias de grupo a que os três sempre souberam resistir no contexto de arte praticada em Portugal. Curiosamente, a aprendizagem da pintura e a reflexão estética não parte, em nenhum dos três, da frequência de uma Escola de Arte ou de um relacionamento determinado com o restante contexto artístico nacional. Em todos eles, a descoberta da arte depende muito mais de uma experiência da vida e das situações que ela propicia do que de uma integração num contexto escolar ou artístico. As suas obras estabelecem um diálogo individual e idiossincrático com as referências culturais com que cada um decide confrontar, numa selecção restrita e criteriosa dessas mesmas referências. Se em Bravo e Lapa, as suas obras partem muitas vezes de explícitas referências literárias, em Palolo será o intertexto visual que predomina nos padrões abstractos e geométricos que predominam no cromatismo da sua pintura.

Galeria de Exposições da Biblioteca de Santa Maria da Feira | Av. Belchior Cardoso da Costa | Santa Maria da Feira | Segunda-Feira das 12h às 19h | Terça a Sexta-Feira das 10h30 às 19.h | Sábado das10h às 17h | www.biblioteca.cm-feira.pt

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Allarts Gallery - Lisboa
















Até 15 de Janeiro de 2011 está a decorrer uma exposição de pintura, com uma selecção de quadros em pequenos e médios formatos, especialmente executados por alguns dos artistas residentes da galeria. Artistas participantes: Ada Breedveld, Alain Carron, Alain Donnat, Alessandra Placucci, Carole Perret, Christine Haslé, Davy-Bouttier, Elisabeth, Guido Vedovato, Irene Brandt, J. B. Durão, Lluïsa Jover, Maria Rita, UKÉO
, VÉCU e Víctor de la Fuente.
Allarts Gallery | Rua da Misericórdia, 30 | Lisboa | www.allartsgallery.com

KOMPASS Art Gallery - Aveiro



Até 17 de Dezembro está a decorrer uma exposição colectiva de pintura e escultura, ENTRELINHAS, reunindo um conjunto ecléctico de obras de onze artistas plásticos, já reconhecidos no panorama cultural da arte contemporânea portuguesa e internacional.
Os artistas são: Ana Pais Oliveira, Daniel David, Fúlvio Mendes, Joana Rêgo, João Galrão, Manuel João Vieira, Nuno Santiago, Pedro Pascoinho, Pedro Proença, Pedro Salles e Sofia Areal.
Kompass Art Gallery | Rua do Gravito, 51 | Aveiro | www.kompassartgallery.com

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Museu de Aveiro

Até 11 de Janeiro de 2011 está patente a última exposição do projecto itinerante Linguagem e Experiência – Obras da Colecção da Caixa Geral de Depósitos, comissariado por Pedro Lapa. Este projecto parte de uma selecção de obras da Colecção da Caixa Geral de Depósitos que foram organizadas em 8 núcleos autónomos para uma itinerância de 3 exposições no Centro Cultural Palácio do Egipto, no Museu Grão Vasco e no Museu de Aveiro. Estes núcleos, que não são expostos na totalidade de uma só vez, mas seleccionados em função dos respectivos espaços, propõem diferentes leituras, que se assumem como uma teia de articulações sobre a Colecção. Nesta exposição, a maior deste projecto, estarão presentes os seguintes núcleos: - Deslocação e paisagem apresenta obras de Alberto Carneiro e Joaquim Rodrigo - Percepção é composto por trabalhos de Eduardo Nery, José Escada, José Pedro Croft e Rui Toscano - Forever Pop compreende um amplo espectro cronológico e cruza trabalhos de Bruno Pacheco, Cruz-Filipe, Lourdes Castro, João Vieira, José Loureiro, Júlia Ventura, Miguel Soares e Pedro Portugal - Dropthebomb apresenta trabalhos de Fernanda Fragateiro, João Paulo Feliciano, Luisa Cunha e Miguel Soares - Inquietude e sinal reúne obras Filipa César, Helena Almeida, João Penalva, Jorge Molder e Jorge Pinheiro - Memória de uma memória ausente reúne obras de Álvaro Lapa, Ana Jotta, Francisco Tropa, Jorge Queiroz, Julião Sarmento e Pedro Cabrita Reis - Playground inclui obras de Ana Jotta, Francisco Queirós, Jorge Queiroz e Paula Rego. Cada núcleo define características específicas e não se situa na dependência dos outros. Para cada um foi definido um tema aglutinador, que pretende estabelecer relações inusitadas entre obras de diferentes períodos, correntes artísticas e variados media. Cada núcleo propõe problemáticas transversais à actualidade das práticas artísticas. Reúnem-se obras com um espectro cronológico de quase meio século, procurando actualizar novas possibilidades discursivas, que integram as da história da arte deste período, mas a elas não se confinam, antes projectam interpretações que suscitam um diálogo com outros saberes.
Legenda da imagem: Júlio Ventura, Sem título, 1989 (Serigrafia sobre alumínio, 12 x (80 x 80) cm)
Museu de Aveiro | Avenida de Santa Joana Princesa | Aveiro | 3.ª feira a Domingo das 10h às 17h30 | www.ipmuseus.pt/pt-PT/museus_palacios/ContentDetail.aspx?id=1103

SOPRO Projecto de Arte Contemporânea - Lisboa

Até 15 de Janeiro de 2011 está a decorrer exposição individual de pintura, APPROXIMATELY EIGHTY KILOS OF MATTER IN THE UNIVERSE de Jorge Leal. O conjunto de trabalhos apresentados têm por tema central o auto-retrato (o título da exposição remete para o seu próprio peso). A proposta que o artista faz é uma espécie de sessão clínica em que se confronta por um lado, consigo mesmo, por outro, com imagens que lhe interessaram no último ano. Num certo sentido os auto-retratos são o dentro, as restantes imagens o fora, propondo um jogo de espelhos que possibilita entrar e sair das associações de imagens sugeridas. Os trabalhos agora apresentados poderão considerar-se o resultado de uma interrogação sobre a praxis da pintura que Jorge Leal faz e, principalmente, sobre a sua presença no mundo como criador.
Legenda da imagem: Auto-retrato, 2010, óleo sobre tela, 90x62cm
Sopro Projecto de Arte Contemporânea | Rua das Fontainhas, 40 | Lisboa | Terça a Sábado das 15h às 20h
| www.sopro.pt

Museu da Eletricidade - Lisboa

O Museu da Electricidade, na SALA CINZEIRO 8, acolhe, até 23 de Janeiro de 2011, a exposição AS CIDADES DE VIEIRA DA SILVA E ARPAD SZENES. Esta exposição revela-nos os espaços de Maria Helena Vieira da Silva e de Arpad Szenes: as cidades natais (Lisboa e Budapeste),a cidade eleita (Paris),a cidade de exílio (Rio de Janeiro), as cidades de passagem e os lugares imaginários ou míticos de cada um.
Prosseguindo a parceria entre a Fundação Arpad Szenes- Vieira da Silva e a Fundação EDP, sua mecenas, esta exposição surge no âmbito da Trienal de Arquitectura dedicada ao tema Vamos falar de Casas, da qual o Museu da Electricidade é um dos anfitriões.
Museu da Eletricidade | Av. de Brasília, Central Tejo | Lisboa | Terça a Dom das 10h às 18h | Encerra à 2a Feira e nos feriados | www.fundacao.edp.pt

GALERIA PEDRO CERA - Lisboa

Até 22 de Janeiro de 2011 está a decorrer a terceira exposição individual de Ricardo Valentim na galeria, The Unacceptables, que inclui dois novos trabalhos, produzidos no curso deste ano: The Unacceptables e Reference Piece for The Unacceptables. Ricardo Valentim (n. 1978, Loulé) vive e trabalha em Nova Iorque. Conhecido por apresentar programas de filmes e realizar conferências, o seu trabalho desenvolve-se igualmente noutros formatos, entre os quais se destacam o rádio, printed matter, fotografia e escultura. O seus projectos foram apresentados em várias arenas internacionais, entre as quais: Galeria Luísa Strina, São Paulo (2006); unitednationsplaza at e-flux, Nova Iorque (2006); Manifesta 7, Trentino – Tirol do Sul (2007); Frac Île-de-France/Le Plateau, Paris (2007 – 2008); Museu de Serralves, Porto (2009 – 2010). Ricardo Valentim contribuiu ainda para o livro Das Erziehungsbild. Zur visuellen Kultur des Pädagogischen (A Imagem da Educação. Sobre a Cultura Visual da Pedagogia), editado por Tom Holert e Marion von Osten, publicado por Schlebrügge.Editor/Akademie der bildenden Künste Wien. Presentemente encontra-se a preparar a publicação conjunta com Pedro Barateiro do livro Activity, com data de lançamento prevista para Março de 2011, com a chancela da Christoph Keller Editions, publicada pela editora JRP-Ringier de Zurique. Em Novembro, Ricardo Valentim foi anunciado como um dos 2010 Visual Art Grantees da Rema Hort Mann Foundation (Nova Iorque).
Galeria Pedro Cera | Rua do Patrocínio, 67 E | Lisboa | Terça a Sábado, das 14h30 às 19h30 | www.pedrocera.com

GALERIA SÃO MAMEDE - Lisboa














A partir de 9 de Dezembro a 15 de Janeiro de 2011 estará a decorrer a exposição de pintura da artista Catarina Pinto Leite. A paisagem de Catarina Pinto Leite, que, para Vasco Graça Moura, é
um lugar de sobressaltos íntimos, e, para Eurico Gonçalves, um estado de alma de subtis vibrações luminosas continua a ser abordada nesta exposição, apresentando, no entanto, uma interessante evolução relativamente às mostras anteriores. A paleta simplificou-se substancialmente dando lugar quase exclusivo ao preto e branco, doseadas numa ou noutra obra com apontamentos de cor, continuando a luz a ser destacadamente tratada, como é timbre da artista. Por outro lado, a temática abordada continua centrada na natureza e já não apenas na paisagem, através da representação de diversos elementos naturais que nos intrigam e nos quais tentamos adivinhar uma história. Como escreveu Luísa Soares de Oliveira: Por trás da pintura, dos quadros, há sempre histórias. Muitas vezes os artistas escondem-nas, e refugiam-se num silêncio que é próprio desse mundo de formas e cores onde a palavra raramente entra. 
Galeria São Mamede | R. da Escola Politécnica, 167 | Lisboa | Segunda a Sexta das 10h às 22h e ao Sábado, das 11h às 19h | www.saomamede.com

COLORIDA GALERIA DE ARTE - Lisboa

A partir de 4 a 17 de Dezembro estará a decorrer a exposição de pintura The Little Exhibition de Régis Gonçalves. À primeira vista os trabalhos do artista Régis Gonçalves parecem simples. Simples pinturas monocromáticas. A riqueza e a intensidade do conteúdo são reveladas somente quando observa-se a tela de perto. Em vários pontos a tinta é aplicada de forma espessa, grossa, ou em várias camadas; em outros pontos é possível ver o fundo do quadro. Esta é uma das razões que leva o observador a tocar no quadro; uma sensação de toque que na maioria das vezes e inevitável. Áreas brilhantes alternam-se com áreas foscas. O quadro parece mover-se para cima e para baixo. O contraste entre as áreas onde a tinta é aplicada em várias camadas com áreas onde há transparência sugere a ideia de profundidade. Isto é como um portal de passagem por onde o observador entra no quadro. Em algumas pinturas após uma observação mais detalhada é possível encontrar medalhas de santos católicos ou santos do candomblé brasileiro.
Colorida Galeria de Arte | Rua Costa do Castelo, 63 | Lisboa | Terça à Sábado, das 13h30h às 18h | www.colorida.pt

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

GALERIA VERA CRUZ - Aveiro

A partir do dia 4 a 31 de Dezembro, estará a decorrer a VII Colectiva de Dezembro, onde poderemos encontrar diversos estilos e técnicas plásticas, com predomínio da pintura, mas também com obras de escultura e o desenho. Estarão expostas obras originais de António Neves, Cruzeiro Seixas, Fernando Gaspar, Filipe Rodrigues, Gil Maia, Góis Pino, João Cutileiro, João Figueiredo, José de Guimarães, Júlio Pires, Lara Roseiro, Luís Melo, Lourdes Castro, Malangatana, Mário Botas, Mário Cesariny, Paula Rego, Paulo Ossião, Raul Perez e Rogério Abreu. Um grupo heterogéneo de artistas onde coabitam autores altamente reconhecidos a nível nacional e internacional, com outros mais jovens, mas de qualidade inequívoca, reconhecida nos prémios e menções importantes que já conquistaram. Das diversas obras em exposição, destaque por exemplo, para um raro desenho a tinta-da-china de Mário Botas, uma excelente obra sobre papel de Cruzeiro Seixas e para as litografias, de tiragem muito reduzida, de Paula Rego.
Legenda da imagem: Paula Rego,Prince Pig and his first Bride, 2006 – Litografia nº32/35 – 65,5x73 cm
Galeria Vera Cruz | Largo da Apresentação, 3A | Aveiro |Terça a Sábado das 10h às 13h e das 14.30h às 19.30h | Domingo das 14.30h às 18h |
www.galeriaveracruz.com

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

GALERIA QUADRADO AZUL - Lisboa

A partir de 4 de Dezembro a 15 de Janeiro de 2011, estará a decorrer a exposição colectiva de pintura, com a participação dos artistas: Ângelo de Sousa, João Queiroz, José de Guimarães, Paulo Nozolino, Pedro Tropa e Thierry Simões.
Legendada imagem: João Queiroz (óleo sobre papel colado em tela, 55x75cm, 2009.
GALERIA QUADRADO AZUL | Largo dos Stephens, 4 | Lisboa | Terça a Sábado das 13h às 20h00 | www.quadradoazul.pt

MÓDULO CENTRO DIFUSOR DE ARTE - Lisboa

A partir de 4 de Dezembro a 8 de Janeiro de 2011, estará a decorrer a exposição de fotografia, Uncanny Places de Virgílio Ferreira. A série, Uncanny Places, que agora expomos, foi iniciada em 2007, sendo cada imagem o produto de uma dupla exposição do mesmo local com intervalos de tempo muito curtos. Esta dupla exposição do negativo cria uma ambiguidade na leitura das paisagens. O observador, na impossibilidade de um fácil reconhecimento da paisagem captada, é convidado a construir uma narratividade. As imagens transportam muito de onírico, de um mundo entre o real e o sonho. Deste portofolio, que foi recentemente concluído numa residência de Virgílio Ferreira em Pequim, algumas imagens já figuraram em várias exposições, sempre com grande sucesso. Nos últimos Encontros da Imagem de Braga, em setembro passado, o fotógrafo recebeu o 1o Prémio na secção de Talentos Emergentes. Virgílio Ferreira entrou para o Módulo em 2009 e foi um dos focus no stand da galeria na Arte Lisboa 2009. Este trabalho foi galardoado com uma menção honrosa em 2008, em Nova Iorque, na primeira edição de Hey, Hot Shots!
MÓDULO CENTRO DIFUSOR DE ARTE | CALÇADA DOS MESTRES, 34 A | LISBOA | Terça a Sábado, excepto feriados, das 15h às 20 h

INFLUX CONTEMPORARY ART - Lisboa

A partir do dia 4 de Dezembro a 15 de Janeiro estará a decorrer a primeira exposição individual em Portugal de George Lilanga Di Nyama (1934-2005 | Tânzania), intitulada, Cosmogony. Shetani é uma palavra swahili que significa espírito ou diabo. Deriva do árabe, Shaitan. Os shetanis são criaturas mitológicas, geralmente malévolas, à volta dos quais se gerou uma importante tradição oral nalgumas regiões da África oriental. Podem aparecer sob diferentes formas, cada um com diferentes funções e “poderes” e são considerados pelas populações locais como os principais causadores de adversidade.Os shetanis são tradicionalmente representados pelo povo Maconde do sul da Tanzânia e norte de Moçambique sob a forma de figuras antropomórficas, distorcidas, assimétricas e com características físicas extremamente exageradas. Na cosmogonia Maconde, existem vários tipos de shetanis: o perigoso ukunduka, que se alimenta através das relações sexuais, o shetani- camaleão, um carnívoro voraz com características de réptil ou o inofensivo shuluwele, que colhe ervas medicinais na floresta, são alguns exemplos. Os shetanis de George Lilanga, no entanto, não são assustadores ou malvados. A cosmogonia de Lilanga inclui os impecavelmente-bem- vestidos-shetanis-yuppies, os shetanis-com-telemóvel ou os shetanis- futebolistas, numa crítica divertida e mordaz às contradições da sociedade tanzaniana actual.
INFLUX CONTEMPORARY ART | Rua Fernando Vaz, 20 B | Lisboa | Quartaa Sábado das 14h às 19h | www.influxcontemporary.com

GALERIA SETE - Coimbra



























Até 8 de Janeiro de 2011, está a decorrer uma exposição colectiva com os artistas Alexandre Baptista, Gil Maia, Joana Rêgo e Joana Soberano.

Galeria Sete | Av. Dr. Elísio de Moura, 53 | Coimbra | 2ª a 6ª feira: 11h às 13h - 14h às 20h Sábado: 15h às 20h | www.galeriasete.com

GALERIA JOÃO ESTEVES DE OLIVEIRA - Lisboa













No próximo dia 9 de Dezembro, pelas 19h, inaugura a exposição de desenhos de Emmérico Nunes intitulada
Vida Elegante. Trata-se de um conjunto de trabalhos feitos para a prestigiada revista alemã Meggendorfer-Blätter de que Emmérico foi um dos mais destacados colaboradores ao longo de quase vinte anos começados em 1911. Na sua maioria, representam cenas da vida social das classes abastadas nos golden twenties, cenas que são o oposto do lado sombrio, cruel e sórdido da vida que, por essa altura, numa Alemanha mais a norte, retratavam Grosz, Otto Dix e Max Beckman. Estes desenhos, sobretudo da terceira década do século passado, mostram bem que Emmérico Nunes, ainda longe de se tornar o pintor paisagista da Sines tranquila, está entre os maiores ilustradores da primeira geração modernista portuguesa. A exposição encerra no dia 4 de Fevereiro de 2011.
Galeria João Esteves de Oliveira | Rua Ivens, 38 | Lisboa | Segunda-feira das 15h às 19h30 | Terça-feira a Sábado 11h às 19h30 | Sábado encerra das 13h30 às 15h | www.jeogaleria.com

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Embaixada do México - Lisboa














Até 16 de Dezembro está a decorrer a exposição colectiva de pintura, CALEIDOSCÓPIO - Arte Contemporânea Mexicana. A proposta dessa exposição é apresentar a experimentação na arte contemporânea mexicana. A necessidade em arriscar está presente em todos os trabalhos desse selecto grupo de artistas mexicanos, por conseguinte, o que os une é a originalidade. Artistas participantes: Ignacio Guerrero, Hugo Velez, Hector Massiel, Oliver Esquivel,Socorro Garcia Olvera, Mari Carmen Souza, Letícia Morales, Juan Pablo Bavio,Alejandra Sandoval Corral.
Legendas das imagens: Ignacio Guerrero, Oliver Esquivel e Hugo Velez
Embaixada do México em Lisboa | Estrada de Monsanto, 78 (entrada pela Rua Vila Guiné) | Segunda a Sexta das 10h às 17h | www.sre.gob.mx/portugal/

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

CULTURGEST - Lisboa

Até 16 de Janeiro de 2011, nas Galerias 1 e 2 da Culturgest, está a decorrer a exposição Silvæ, de João Queiroz. Primeira apresentação antológica do trabalho do artista. Com uma trajectória artística iniciada ainda na primeira metade da década de 1980, João Queiroz (Lisboa, 1957) é hoje considerado em Portugal autor de uma obra de excepcional singularidade e de enorme relevância no contexto das práticas contemporâneas de pintura. Esta exposição congrega uma vasta selecção de pinturas e de desenhos realizados ao longo dos últimos vinte anos, na sua maioria desde 1998, ano em que passou a tomar o género da paisagem como quadro de referência. Mas inclui um conjunto significativo de obras anteriores, pouco conhecidas, em que o artista investigou a relação entre superfície e forma, e recorreu à escrita para explorar modos de constituição da imagem e apelar a modos de percepção libertos dos hábitos e das categorias determinados pela linguagem. A investigação que João Queiroz tem vindo a desenvolver na pintura e no desenho, tendo como horizonte a construção de novos modos de percepção e de conhecimento, de relação do sujeito com o mundo, foi aprofundada e radicalizada a partir do momento em que o artista tomou a natureza como referente exclusivo do seu trabalho. A experiência de percepção da natureza, a atenção aos acontecimentos que nela se manifestam, repercute-se no processo de realização das obras, sendo no entanto mediada pela memória, reconduzida pelo processo imaginativo, interpretada e transformada pelos protocolos e procedimentos da pintura e do desenho – pela constituição de relações entre formas, entre cores, entre gestos com diferentes intensidades e expressões, entre o pormenor e a estrutura compositiva. Esta exposição desvenda o território que João Queiroz tem vindo a desbravar, um território (por outras palavras, um léxico e uma gramática) continuamente alargado e aprofundado pelo artista na sua exploração das possibilidades da pintura e do desenho enquanto modos de constituição de novos modos de ver.
Visita guiada à exposição terá lugar no domingo 12 de Dezembro, às 17h.

Culturgest
- Fundação Caixa Geral de Depósitos|Edifício CGD | Rua Arco do Cego, Piso 1, 1| Lisboa |segunda a sexta-feira das 11h às 19h; sábados, domingos e feriados das 14h às 20h; encerra à terça-feira|
 www.culturgest.pt

CULTURGEST - Porto

Até 22 de Janeiro de 2011 está a decorrer a exposição Um dicionário, quatro alfabetos, um sistema decimal, de Pedro Diniz Reis. Pedro Diniz Reis (Lisboa, 1972) tem utilizado predominantemente o vídeo no seu trabalho, a par de incursões mais ou menos frequentes por outros media, como a fotografia, a performance e o som. Os seus vídeos resultam de um processo laborioso, em que o domínio irrepreensível das ferramentas de edição do som e da imagem se alia a um rigor formal obsessivo. As obras agora apresentadas – cinco vídeos e uma peça sonora – desvendam uma linha de investigação dentro do seu trabalho, desenvolvida entre 2004 e 2010, que se caracteriza pela utilização de signos linguísticos (diferentes alfabetos, todas as palavras de um dicionário inglês, os números de 0 a 9 ditos em japonês) em processos de composição visual e sonora que aplicam determinadas regras de combinação e sequenciação dos elementos para gerar resultados que escapam à subjectividade do artista. Tomando os signos linguísticos como matéria abstracta, puramente significante, Pedro Diniz Reis reactiva, de um modo muito particular, as tradições da poesia visual e da música concreta e aleatória, convidando o espectador a uma experiência sensorial fortemente imersiva.
Culturgest Porto — Galeria | Edifício Caixa Geral de Depósitos | Av. dos Aliados, 104 | Porto | Segunda a Sábado, das 10h00 às 18h00 (última admissão às 17h45)|Encerra aos domingos e feriados | Visitas guiadas a grupos escolares e/ou organizados (a partir de 10 pessoas) Inscrições e informações: 22 209 81 16

GALERIA QUADRADO AZUL - Lisboa

Até 27 de Novembro está a decorrer a exposição SCRIPTA de Francisco Tropa. Francisco Tropa começou a expor individualmente em 1991 na Galeria Monumental, Lisboa. O seu trabalho suscitou, desde cedo, o interesse e o apoio activo de diferentes agentes do contexto artístico, tendo sido seleccionado para o Prémio União Latina na Fundação Gulbenkian e na Culturgest (1996 e 1998). Ganhou o Prémio da 7ª Bienal das Caldas da Rainha (1997), realizou uma exposição individual na Fundação de Serralves (1998), representou Portugal (em conjunto com Lourdes Castro) na Bienal de São Paulo (1998), participou na Bienal de Melbourne, na Austrália (1999), e na Manifesta em Liubliana (2000).
Francisco Tropa é representado pela Quadrado Azul, em Lisboa. Galeria Quadrado Azul | Largo dos Stephens, 4 | Lisboa (à Rua das Flores) | Terça a Sábado das 13h às 20h | www.quadradoazul.pt

GALERIA VIEIRA PORTUENSE - Porto

Até 12 de Dezembro está patente a exposição de pintura, ARRANHANDO A EXISTÊNCIA, de Pedro Charters d' Azevedo. Em dez anos de ciclo artístico tem percorrido muitos caminhos que vão desde um abstraccionismo libertário iniciático a formas mais figurativas e controladas, ou ainda exercícios quase puramente estéticos e decorativos onde os efeitos de luz induzem novas sensações, como se estivéssemos na presença de novíssimos materiais de construção. E a temática abundante soma e segue: florais,, manchas significativas, urbanidades, danças, corpos de mulher e outros simbolismos diversos e não especificados. A exposição estará patente ao público de até 12 de Dezembro. Galeria Vieira Portuense | Largo dos Lóios, 50 | Porto | Terça-feira a Sábado, das 9h30 às19h | Domingo, das 13h às 18h |www.galeriavieiraportuense.net

COLORIDA GALERIA DE ARTE - Lisboa

Até 3 de Dezembro está a decorrer a exposição de pintura, Ways of Spirit de Prakash Bal Joshi (India). Sensibilidade é o recurso utilizado pelo artista na composição de suas pinturas. Cores quentes combinadas com um espírito abstracto oferecem sua visão do mundo, sua interpretação. Através de uma maneira particular de atrair luz e movimento, Prakash manipula cor e forma a ponto de fazer com que se rebelem a seu favor. Dezenas ou até mesmo centenas de elementos fragmentados em cores vivas ao acaso revelam que o artista cria uma história em cada trabalho. Faixas que crescem à medida que emergem para a extremidade da tela reforçam a sensação de movimento. O que instaura-se é o mundo do artista ordenado pela anarquia espiritual, uma vertigem em que todos os elementos sofrem sucessivamente um processo de transformação. A pintura de Prakash propõe uma imagem autónoma, sem compromisso, a permitir que o olhar transite livremente na experimentação contínua do artista. (José Roberto Moreira - Curador e Galerista)
Colorida Galeria de Arte | Rua Costa do Castelo, 63 | Lisboa | Terça à Sábado, das 13h30 às 18h |
www.colorida.pt

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Casa-Museu Teixeira Lopes - Vila Nova de Gaia

A Casa-Museu Teixeira Lopes, após período de encerramento para importantes obras de remodelação apoiadas por fundos comunitários, abriu as suas portas no dia 16 de Novembro de 2010 com a exposição, Arte Partilhada Millennium BCP - Abstracção. Nesta exposição estão patentes algumas esculturas do Escultor Manuel Pereira da Silva. Esta exposição itinerante, patrocinada pela prestigiada instituição bancária, que visa evidenciar o importante património artístico nacional, bem como contribuir para o enriquecimento cultural do país, reúne uma selecção de 74 pinturas representativas do abstraccionismo português e estrangeiro. Revestida de notável interesse pela diversidade de obras expostas, das quais se destaca um núcleo autoral significativo da pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva, com doze pinturas. Para além desta, sublinha-se a presença de obras dos seguintes artistas: Alfred Manessier, André Lanskoy, Ângelo de Sousa, António Areal, António Palolo, Arpad Szenes, Artur Bual, Artur Rosa, Augusto Barros, Eduardo Batarda, Eduardo Nery, Fernando Aguiar, Fernando Lemos, Jorge Pinheiro, Júlio Pomar, Júlio Resende, Justino Alves, Luis Demée, Luis Dourdil, Manuel Cargaleiro, Manuel D"Assumpção, Mário Cesariny, Menez, Nadir Afonso, Nikias Skapinakisl, Paula Rego, Pedro Casqueiro, Serge Poliakoff, Teresa Magalhães, TOM e Zao Wou-Ki. A Exposição de Arte Partilhada não deixa de fora os mais novos. O Millennium BCP, a Casa-Museu Teixeira Lopes e a Gaianima, EEM, lançam um concurso denominado À Descoberta da Colecção Millenium BCP que propõe a realização de trabalhos criativos a partir das obras expostas na exposição. Os três melhores trabalhos individuais serão premiados, bem como haverá prémio de equipa para a Turma de Escola que se empenhar mais na apresentação de criações de Arte Partilhada. A mostra estará patente ao público até 30 de Janeiro de 2011 e a entrada é livre, realizando-se as visitas guiadas à terça-feira, das 14h às 17h.
Casa-Museu Teixeira Lopes | Rua Teixeira Lopes, 32 | V.N. Gaia | Terça a Sábado: 9h00 às 17h00 | Domingos e Feriados: 10h00-12h00/14h00-17h00 |
www.gaianima.pt/cmteixeiralopes

Cristina Guerra Contemporary Art - Lisboa

Até 15 de Janeiro de 2011 está a decorrer a exposição de pintura LA SILLA DEL DIABLO, de Juan Araujo. As imagens de Juan Araujo (Caracas, 1971) são uma profunda reflexão sobre a relação pintura-arquitectura que se expressa, frequentemente, através dos binómios ficção/realidade; bidimensionalidade/tridimensionalidade e imaterialidade/materialização. O seu jogo de associações, no entanto, não se esgota por aqui. Como material de trabalho Araujo utiliza registos que servem de intermediários entre as duas formas artísticas tais como reproduções de livros, fotografias digitais ou impressas, entre outros, constituindo um arquivo de obras fundamentais da História da Arte, à semelhança de um verdadeiro Museu Imaginário e que vão desde obras de grandes arquitectos (sobretudo sul americanos tais como Niemeyer, Acabaya e Barragan) a artistas plásticos (Alejandro Otero, Geraldo de Barros, Kandinsky, Calder, entre outros). Podemos, assim, afirmar que cada uma das suas obras é uma espécie de hipertexto. Para além de uma reflexão sobre o sistema artístico nas suas variantes, trata-se de, então, de uma meditação sobre a reprodutibilidade e, em última instância, sobre o lado simulacral e o estatuto actual da imagem. Neste aspecto, Araujo aproxima-se de Marcel Duchamp no conceito do ready made que, no entanto, ultrapassa com a recriação em pintura.
Não obstantes as referências externas, à primeira vista, o observador (incauto) pode percepcionar nas suas imagens um registo quase pessoal, numa atitude de diário gráfico de lugares percorridos que não deixam de ter uma certa ressonância “literária”. Esta qualidade misteriosa coloca-o perto de um realismo quase fantástico no sentido de deixar em aberto as possíveis interpretações, lançando a dúvida sobre o que se visiona.
As pinturas de Juan Araujo tratam-se, igualmente, de uma homenagem à forma como a globalização, enquanto movimento universal, se revela menos uniformizadora do que o idealmente pretendido. Os seus trabalhos são um hino à arquitectura latino americana e à maneira como esta, singelamente, interpreta aquele que foi um verdadeiro movimento internacional, carregado de uma utopia humanista: o Modernismo. O título desta exposição dá-nos, claramente, pistas sobre esta questão. La Silla del Diablo, é uma cadeira desenhada por Alexander Calder que homenageia Carlos Villanueva, arquitecto venezuelano que projectou a Cidade Universitária de Caracas, em 1954, propondo, para esta uma síntese das artes, uma Gesamtkunstwerk, convocando, para o efeito, artistas desde Calder, Arp, Vasarely, entre outros nomes do panorama artístico moderno internacional. Esta referência é uma metáfora para a obra de Araujo que é, igualmente, a tentativa através da pintura, da construção de uma obra total e é, simultaneamente, uma reflexão sobre a utopia falhada de um modernismo que invadiu a rural Venezuela para uso da ditadura vigente. Por último, esta peça é, igualmente, a introdução de uma forma geométrica num contexto natural biodiverso, aparentemente antagónico, trazendo à superfície as especificidades da arte do continente sul-americano: quente, exuberante, emotiva, intuitiva, contrariando, assim a racionalidade da disciplina do design modernista e, sobretudo, ocidental. Todavia, o funcionalismo desta cadeira é duvidoso por si próprio, dando a sensação de algum desconforto ou mesmo do perigo de queda, desviando a atenção da sua desejável ergonomia para a sua evidente estética ou, se quisermos, para a sua falha enquanto objecto funcional. Os trabalhos de Juan Araujo estão presentes em diversas colecções públicas e privadas, das quais se destacam Tate Modern, Londres; Museu du Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA); Museu de Arte Contemporâneo de Caracas, Centro Gallego de Arte Contemporáneo, Santiago de Compostela (CGAC); Inhotim, Centro de Arte Contemporânea, Belo Horizonte; Colecção Teixeira de Freitas, Lisboa; Colecção Carlos Rosón, Pontevedra; Colecção Eskandar & Fátima Malekl, Londres; Colecção Adriana Cisneros, Miami.
Cristina Guerra Contemporary Art | Rua de Santo António à Estrela , 33 | Lisboa | www.cristinaguerra.com

Museu Municipal e Galeria Municipal D. Dinis - Estremoz

Até 22 de Janeiro de 2011, está patente a mostra de pintura de Marian Van der Zwaan – High Heel Passenger.
High Heel Passenger é um projecto baseado no tráfico humano para a indústria do sexo e no rápido crescimento desta forma de escravatura. As pinturas são identificadas por sinais de trânsito estigmatizando o facto de como vivemos cada vez mais em função do reconhecimento de sinais e cores, os quais decidem o nosso sexo ou acções a tomar num curto período de tempo, durante o qual nos esquecemos de usar a nossa própria consciência e instinto, deixando-nos ser guiados pelas massas.
Marian Van Der Zwaan não usa retratos com o objectivo de não criar qualquer individualismo, sendo que cada obra poderá representar uma multiplicidade de seres humanos. Usando o corpo feminino ampliado mas com cores serenas para não fugir à beleza e estética da pintura, não existe um background no projecto High Heel Passenger, pretendendo-se que a figura principal seja objecto de análise sem qualquer distracção.
Museu Municipal e Galeria Municipal D. Dinis | Largo D. Dinis | Estremoz| www.museuestremoz.blogspot.com

Museu de Arte Contemporânea de Serralves - Porto




Inaugura no dia 26 de Novembro a exposição BES Revelação 2010 onde são apresentados os trabalhos vencedores de Mónica Baptista, Miguel Ferrão, Eduardo Guerra e Carlos Azeredo Mesquita. A exposição, comissariada por Margarida Mendes, poderá ser visitada até 16 de Janeiro de 2011. Cada um destes jovens artistas recebeu uma bolsa de produção no valor de 7.500 euros, para além da oportunidade única de mostrar o seu trabalho numa exposição conjunta a realizar num dos mais importantes museus nacionais de arte contemporânea. Mónica Baptista apresenta um filme em 35mm, uma edição frame-a-frame a partir de dezenas de rolos fotográficos em que regista momentos autobiográficos e viagens pessoais, numa tentativa de apropriação abstracta dos mecanismos da memória. Miguel Ferrão exibe uma série de trabalhos que tem como ponto de partida inúmeras sessões de observação enquanto ornitólogo amador na Tapada de Mafra, apresentando um vídeo, uma peça sonora e um texto que utilizam a ideia de relato e discurso como pontos de clivagem na possibilidade de uma inter-subjectividade inefável. Eduardo Guerra apresenta uma peça sonora a partir de excertos da Teoria da Cor de Goethe, questionando a actualização científica como mote central à definição da experiência congnitiva e sensorial. Carlos Azeredo Mesquita propõe a série fotográfica The Radiant City, elaborada a partir de urbanizações nos subúrbios de Budapeste, numa projecto que questiona as matrizes da fotografia panorâmica serialista e arquitectura contemporânea.
Museu de Arte Contemporânea de Serralves |Rua Dom João de Castro, 210 | Porto | Terça a Sexta das 10h às 17h | Sáb, Dom e Feriados das 10h às 20h | www.serralves.pt

MUSEU COLECÇÃO BERARDO - Lisboa

Até 1 de Janeiro de 2011 está patente a exposição, PARADISE MOTEL, que convida a um percurso por uma selecção de cerca de cinquenta obras da colecção Berardo - pintura, desenho, escultura e instalação. Ao longo das quatro salas do piso zero do Museu colecção Berardo, o público é convidado a ler excertos de três poemas inspirados no tema do paraíso: Canto IX (A Ilha dos Amores) de Os Lusíadas (1572) de Luís de Camões, To One in Paradise (1834), de Edgar Allan Poe e ainda fragmentos retirados da obra de Novalis (1772-1801). Entre as obras expostas destacam-se The Barn, de Paula Rego, Paysage Champêtre en Quinze Tons, de Martial Raysse, Crainte et tremblement, de Eugéne Leroy ou Plus Fours, de Robert Rauschenberg; entre outras obras de artistas como Pierre Klossowsky, George Bselitz, David Hoekney, Jean-Michel Basquiat, Carl Andre, Morris Louis, Eric Fish, Man Ray, Maurício Dias, Fernand Léger, entre outros.
Legenda de imagem em anexo: Jean-Michel Basquiat, 1960-1988, EUA, Pater, 1982, Acrílico, óleo e marcadores sobre tela

Museu Colecção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea | Praça do Império |Lisboa | Aberto todos os dias da semana: 10H00 – 19H00 (última entrada: 18H30) | Horário alargado aos sábados: 10H00 – 22h00 (última entrada: 21H30)|www.museuberardo.com

Museu de Serralves - Porto

Até 13 de Março de 2011 está a decorrer a exposição, Às Artes, Cidadãos!. Está exposição incide sobre algumas das intersecções que a arte e a política manifestam na actualidade, abordando questões tais como a democracia, o activismo, a cidadania, a memória, a imigração, as ideologias, a revolução, a utopia, a iconoclastia, a crise, a sexualidade, o ambiente ou a globalização, entre outras.
A exposição apresenta obras produzidas por artistas nascidos a partir de 1961, ano da construção do Muro de Berlim, símbolo da divisão ideológica que marca a segunda metade do século XX, cuja sombra continua presente no pensamento político e cultural em inícios do século XXI.
 Simultaneamente, apresenta-se também a exposição Nas Margens da Arte, na qual se reúnem obras de arte constituídas por revistas, livros, obras gráficas e outros materiais publicados que tornam visível a utopia e a intervenção sobre a realidade através da referência a contextos e a temas políticos, da autoria de numerosos artistas. 
Às Artes, Cidadãos! é uma exposição que integra a celebração do centenário da República Portuguesa, fundada na sequência da revolução de 5 de Outubro de 1910. Artistas participantes: ROSSELLA BISCOTTI & KEVIN VAN BRAAK * BUREAU D’ÉTUDES * STEFAN BRÜGGEMANN * CAROLINA CAYCEDO * CHTO DELAT? * SAM DURANT * GARDAR EIDE EINARSSON * MATIAS FALDBAKKEN * CLAIRE FONTAINE * ZACHARY FORMWALT * ANDREA GEYER * SHILPA GUPTA * SHARON HAYES * GERT JAN KOCKEN * ASIER MENDIZABAL * CARLOS MOTTA * TOM NICHOLSON * AHMET ÖGÜT * NIKOLAY OLEYNIKOV * RIGO 23 * ANDRÉ ROMÃO * PEDRO G. ROMERO * AHLAM SHIBLI * MARIANA SILVA * ANTÓNIO DE SOUSA * JOÃO SOUSA CARDOSO * NICOLINE VAN HARSKAMP * VANGELIS VLAHOS * DANH VO * SIMON WACHSMUTH
Museu de Arte Contemporânea de Serralves |Rua Dom João de Castro, 210 | Porto | Terça a Sexta das 10h às 17h | Sáb, Dom e Feriados das 10h às 20h | www.serralves.pt

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MUSEU COLECÇÃO BERARDO - Lisboa


Até 9 de Janeiro de 2011 está a decorrer a exposição temporária, A Culpa não é minha, obras da Colecção António Cachola. A arte contemporânea é uma fonte de energia por vezes violenta e seguramente pouco controlável, abrindo no entanto uma profusão de pistas a seguir, da meditação à seriedade, da ironia à filosofia, da poesia à política. Aqui, Buster Keaton pode facilmente cruzar-se com Schopenhauer, Picasso, Duchamp, César Monteiro ou Pessoa.

Apresentar uma exposição a partir de obras provenientes de uma colecção é tomar de empréstimo a geografia imaginária do coleccionador que as reuniu com paixão e obstinação. Reconstituir esse puzzle cria um ponto de vista (incerto) sobre o mundo (incerto) em que vivemos. Uma verdadeira colecção não tem uma coerência escrita, ordenada, teórica, segue antes um fio condutor – para António Cachola, é a opção de adquirir obras de artistas portuguesas da jovem geração. Iniciada no começo da década de 1990, a colecção conta actualmente com mais de 400 obras. Através do hibridismo próprio da produção artística actual, ela permite situar os artistas portugueses no contexto internacional e avaliar a importância que a arte contemporânea tem hoje na sociedade. A exposição A Culpa Não É Minha, no Museu Colecção Berardo, corresponde a uma viragem para António Cachola: a sua colecção, depois de ser apresentada ao público, no Museu de Arte Contemporânea de Elvas, vai agora enriquecer-se com obras de artistas internacionais, mas sempre com a vontade de as colocar em diálogo com as dos artistas portugueses.

A criação contemporânea portuguesa tem a particularidade de ter uma origem precisa, datada: a Revolução dos Cravos. E desde esse momento, muitos artistas (que, aliás, vivem frequentemente no estrangeiro e são representados por galerias internacionais) criam obras que cruzam a história recente de Portugal com o mundo globalizado (Ângela Ferreira, Maria Lusitano, Fernanda Fragateiro...).

Certos artistas exploram o poder narrativo das imagens (André Gomes, Rui Calçada Bastos…) ou os fragmentos de uma narrativa por vezes conceptual (José Maçãs de Carvalho). Trabalham a linguagem com as suas interacções históricas, sociais, filosóficas e, naturalmente, artísticas (João Louro, André Romão...).

Outros, enfim, prosseguem a experiência da pintura e continuam a forçar o seu espaço e as suas possibilidades (Pedro Calapez, Pedro Croft, José Loureiro, Paulo Brighenti, João Queiroz, Pedro Casqueiro, Gil Heitor Cortesão). Alguns associam a pintura ao vídeo (Bruno Pacheco...). Rodrigo Oliveira liga fotografia, escultura e instalação. Rui Chafes, com as suas formas negras de inquietante estranheza, continua a explorar o campo da escultura. Mas a classificação por medium não consegue abarcar a riqueza formal das obras visto que os artistas se apropriam de todas as formas, meios e linguagens, misturando-os: da escultura à instalação (Pedro Cabrita Reis, Pedro Barateiro, João Pedro Vale, Miguel Ângelo Rocha, Joana Vasconcelos, Miguel Palma, Noé Sendas...); ou da fotografia ao vídeo (Nuno Cera...); do vídeo à instalação (Vasco Araújo, Noé Sendas, Alexandre Estrela...); do vídeo à performance (João Onofre, Ricardo Leandro e César Engstrom, João Leonardo, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Daniel Barroca, André Guedes). Augusto Alves da Silva, por seu lado, explora com os seus enormes panoramas a neutralidade conceptual da fotografia.

O artista é sempre um encenador; um a um, coloca os elementos do visível, procurando a justa coincidência entre as suas imagens mentais, feitas de memória e de amnésia, e as do mundo exterior. A sua fusão cria novos acordes, raccords e combinações do real e produz um mundo paradoxal do qual não podemos no entanto duvidar. Explora e rejeita a antinomia do individual e do universal.

As artes visuais, mas também a música, sintetizam uma expressão contemporânea da colagem, do mixing, do cruzamento de géneros que é necessário para criar novas formas artísticas e culturais. Em Dezembro de 2005, o crítico de arte Jerry Saltz (do jornal Village Voice) citava Day is Done (2005), de Mike Kelley, como um exemplo inovador de «clusterfuck aesthetics» [estética do caos], uma reacção da arte contemporânea à era do multimedia invasor. A arte «desorbitou», sem um real vínculo nacional, manipulando as referências de tempo, de espaço e artísticas. Há artistas portugueses mas não arte contemporânea portuguesa. As noções de «psicogeografia» e de «deriva» utilizadas pelos situacionistas nos anos de 1950 e 60 para se reapropriarem da arte e da cidade numa experiência de vida são, mais do que nunca, actuais, e talvez sejam as formas contemporâneas de reinvestimento de um mundo desconhecido, inesperado, fantástico ou fantasista, exótico até – onde a cultura popular, o arcaísmo se encontram com a modernidade high-tech.

Em muitas obras misturam-se sensualidade e espiritualidade, paganismo e religiosidade, doçura e violência, com a encenação da vulnerabilidade do corpo, tornado simples cliché do mundo mediático, religioso ou da tradição. Os fotógrafos usam os códigos da imagem documental, publicitária ou do cinema de ficção, subvertendo-os (João Paulo Serafim, Luís Campos, Manuel Botelho, Patrícia Garrido, Tânia Simões...).

As obras da precisa e preciosa Colecção António Cachola revelam a não adesão do mundo e das suas imagens, refutam a disjunção entre o sensível e o inteligível, entre o ver e o ter. A Culpa Não É Minha é o título de uma escultura de João Pedro Vale, a de uma árvore nodosa e atada, imponente e encalhada, seca e viva. Este título e esta obra simbolizam bem o olhar do artista sobre o mundo – trabalha-o, absorve-o, com todas as suas contradições, alterações, multiplicidades de aparência e de metamorfose.

Museu Colecção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea | Praça do Império | Lisboa | Domingo a Sexta das 10h às 19h (última entrada: 18h30) | Sábados das 10h Ás 22h (última entrada: 21H30)| Entrada gratuita | www.museuberardo.com