Até 30 de Julho está patente a exposição de pintura, O Abraço de Séraphine, de Rui Algarvio. "…Quem viu o filme Séraphine de Martin Provost, lembrar-se-á, com certeza, das longas pausas que Séraphine fazia durante as suas travessias pelo campo, as subidas às árvores, os banhos no rio. Nesta tentativa de entender o mundo, ela persegue aquilo que não consegue compreender, sujeitando-se a pequenos momentos, a estar perto para perceber o que racionalmente está fora do seu alcance. Curiosa forma de estar com o mundo. Assim como Séraphine, também eu encontro conforto no bosque, no campo, longe das pessoas. Apraz-me andar sozinho por aí, encontrar os meus Recantos, abraçar o que vejo, deixar que o mundo me entre pelos olhos dentro. Aquele mundo tão distante como o Jardim do Éden, que tantas saudades nos causa; saudade colectiva, numa frustração inconsciente por vislumbrarmos tanta presença, tanta apropriação, tanta transformação por parte do Homem. Talvez tenhamos que ser como a Princesa Mononoke de Hayao Miyazaki e lutar pela nossa Floresta dos Deuses..." (Rui Algarvio, 2011)
Galeria Monumental | Campo dos Mártires da Pátria, 101 | Lisboa | Terça a Sábado das 15h às 19h30
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