Até 28 de Agosto está patente a exposição de Manuel Botelho, Cartas de Amor e Saudade. A instalação (fotografia, projecção e som) reflecte uma intensidade de emoções relacionadas com a guerra colonial, prosseguindo as mais recentes experiências realizadas pelo artista. Em texto incluído no catálogo, António d'Orey Capucho, Presidente da Fundação D. Luís I, escreve, referindo-se à situação concreta que está na base da proposta de Manuel Botelho: «As gerações da guerra – numa altura em que as cartas, funcionando como veículos de partilha de sentimentos, alimentavam relações de família, letras de canções e namoros –, sentiram como ninguém os benefícios do vínculo que por via epistolar mantinham com a retaguarda, isto é, com a vida civil a que todos os soldados aspiram regressar, e com o amor arduamente posto à prova pela distância, que procuravam a todo o custo proteger. Os contrastes de personalidade motivados pelo princípio da incerteza (as incidências da guerra, a erosão do amor na ausência da pessoa amada) a que a palavra escrita dava contornos de pequeno drama dentro da tragédia do conflito maior, são também enfatizados nesta exposição.»Centro Cultural de Cascais | Avenida Rei Humberto II de Itália | Cascais | Terça a Domingo, das 10h às 18h | www.fundacaodomluis.com
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