Até 26 de Março está patente a exposição de pintura, Tradutor de Jorge Humberto. O trabalho que JOH (Jorge Humberto, Lisboa, 1960) apresenta na sala da Appleton Square evoca o ofício do pintor. As tintas aplicadas sobre a tela são feitas pelo artista, recuperando o labor anterior ao acto de pintar, que aqui não existe enquanto acção de um instrumento sobre uma superfície, determinando a expressão do gesto pela sua fluidez – mais densas ou mais espessas, e desta forma mais rápidas ou mais lentas. Ou seja, o tempo é aqui o denominador principal da pintura como inscrição da memória do corpo sobre o espaço frontal da tela, como se esta fosse (e será?) o ecrã visível, e deste modo o tradutor, da prática do artista.
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