Até 12 de Maio está patente a exposição, Matéria do esquecimento, de Sofia Leitão.«Como pude não sentir que a eternidade, ansiada por tantos poetas, é um artifício esplêndido que nos livra, embora de maneira fugaz, da intolerável opressão do sucessivo?» José Luís Borges. Estas palavras de Borges no prólogo de História da Eternidade remetem-nos desde logo para uma ideia de eternidade enquanto libertadora das tensões criadas pela fricção de camadas temporais, em permanente ajuste e reajuste, na sua sucessiva sobreposição. Esta ideia atravessa também os trabalhos que Sofia Leitão agora apresenta. Neles se pressente uma reflexão dúplice sobre a memória (não no sentido de falseado – embora aborde a noção de artifício nas soluções formais – mas no de servir um duplo propósito): por um lado, a do seu lugar central na História enquanto sua fonte primordial; por outro, a da sua expressão material.sexta-feira, 16 de março de 2012
Caroline Pagès Gallery - Lisboa
Até 12 de Maio está patente a exposição, Matéria do esquecimento, de Sofia Leitão.«Como pude não sentir que a eternidade, ansiada por tantos poetas, é um artifício esplêndido que nos livra, embora de maneira fugaz, da intolerável opressão do sucessivo?» José Luís Borges. Estas palavras de Borges no prólogo de História da Eternidade remetem-nos desde logo para uma ideia de eternidade enquanto libertadora das tensões criadas pela fricção de camadas temporais, em permanente ajuste e reajuste, na sua sucessiva sobreposição. Esta ideia atravessa também os trabalhos que Sofia Leitão agora apresenta. Neles se pressente uma reflexão dúplice sobre a memória (não no sentido de falseado – embora aborde a noção de artifício nas soluções formais – mas no de servir um duplo propósito): por um lado, a do seu lugar central na História enquanto sua fonte primordial; por outro, a da sua expressão material.
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