Até 27 de Março está patente a exposição, Uma Nova Visão do Humano de Antoni Tàpies. Uma exposição homenagem de obra gráfica de Antoni Tàpies, artista catalão nascido em 1923 e recentemente falecido, para muitos o maior da segunda década do século XX. Fazem parte desta exposição gravuras e litografias realizadas entre 1969 e 1988.
Sobre a exposição, escreve Maria João Fernandes, crítica de arte (AICA – Assoc. Internacional de Críticos de Arte): “A sua estética caracteriza-se pela sua complexidade, diversidade - abrange a pintura, a escultura, os objectos, a gravura - e simultâneo despojamento e pobreza dos seus materiais. Tàpies iniciou a sua obra gráfica no final dos anos 40, quando se encaminhava para a grande revolução da sua arte, que teve lugar em 1952, com a descoberta de uma nova relação entre pintura e realidade, com uma valorização da matéria plástica, que o levou a eliminar progressivamente a distância entre pintura e objecto. A obra de Tàpies oferece-nos uma visão global da realidade, interior e exterior. Inspirado pela poesia, pelo pensamento oriental, elimina todas as distinções da racionalidade ocidental e sobretudo a que opõe os dois pólos do grande binómio matéria/espírito, cuja síntese é fundadora do seu universo. A sua proposta relacionava-se com a criação de uma nova imagem do mundo contemporâneo, envolvendo no quotidiano a união entre a matéria e a sua essência espiritual e era também, segundo Roland Penrose, uma proposta de transformação da humanidade, com o sentido do "changer la vie" de Rimbaud, através de "uma cosmogonia na qual nada, absolutamente nada é mesquinho" aspectos que a sua obra gráfica esplendidamente documenta. Ao valorizar os gestos, os objectos mais humildes e simples do quotidiano, o tempo que lhes está associado, o artista conferia-lhes simultaneamente uma categoria de transcendência e de eternidade, que hoje são o legado intemporal da sua arte.”
Legenda da imagem: Tàpies, Peça de Roba, gravura, 31 x 56 cm, 1988, 99 ex.
CPS - Centro Português de Serigrafia | Centro Cultural de Belém, loja 7, Praça do Império | Lisboa | Todos os dias das 10h às 21h |www.cps.pt
Sobre a exposição, escreve Maria João Fernandes, crítica de arte (AICA – Assoc. Internacional de Críticos de Arte): “A sua estética caracteriza-se pela sua complexidade, diversidade - abrange a pintura, a escultura, os objectos, a gravura - e simultâneo despojamento e pobreza dos seus materiais. Tàpies iniciou a sua obra gráfica no final dos anos 40, quando se encaminhava para a grande revolução da sua arte, que teve lugar em 1952, com a descoberta de uma nova relação entre pintura e realidade, com uma valorização da matéria plástica, que o levou a eliminar progressivamente a distância entre pintura e objecto. A obra de Tàpies oferece-nos uma visão global da realidade, interior e exterior. Inspirado pela poesia, pelo pensamento oriental, elimina todas as distinções da racionalidade ocidental e sobretudo a que opõe os dois pólos do grande binómio matéria/espírito, cuja síntese é fundadora do seu universo. A sua proposta relacionava-se com a criação de uma nova imagem do mundo contemporâneo, envolvendo no quotidiano a união entre a matéria e a sua essência espiritual e era também, segundo Roland Penrose, uma proposta de transformação da humanidade, com o sentido do "changer la vie" de Rimbaud, através de "uma cosmogonia na qual nada, absolutamente nada é mesquinho" aspectos que a sua obra gráfica esplendidamente documenta. Ao valorizar os gestos, os objectos mais humildes e simples do quotidiano, o tempo que lhes está associado, o artista conferia-lhes simultaneamente uma categoria de transcendência e de eternidade, que hoje são o legado intemporal da sua arte.”
Legenda da imagem: Tàpies, Peça de Roba, gravura, 31 x 56 cm, 1988, 99 ex.
CPS - Centro Português de Serigrafia | Centro Cultural de Belém, loja 7, Praça do Império | Lisboa | Todos os dias das 10h às 21h |www.cps.pt
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