Até 23 de Abril está patente a exposição de pintura e instalação intitulada Quando tudo era selvagem e azul do artista Fernando Mesquita. “Os trabalhos de Mesquita procuram elevar o banal para criar uma consciência do quotidiano, para ironizar insolentemente a seriedade de consagrados movimentos artísticos da segunda metade do século passado. O evidente diálogo entre os trabalhos de Mesquita e os de Dieter Roth ou de Robert Motherwell, para apontar alguns exemplos pertinentes, é baseado num coeficiente de “energia” e “intensidade” típico de Expressionismo Abstracto, Fluxus e Arte Conceptual. Na sua exposição de referência When Attitudes Become Form, 1969 na Kunsthalle de Berna, Harald Szeemann, o mais importante curador da segunda metade do século passado, juntou Minimalistas e Conceptuais de acordo com o princípio que a arte depende do gesto do artista, que a sua energia e intensidade podem ser tão poderosas ao ponto de derrubar instituições. Szeemann tinha a intuição que a arte feita de forma livre e imaginativa não é necessariamente oposta à forma, que mesmo os trabalhos mais formalistas ou mais conceptuais são matéria de envolvimento pessoal e emocional, como demonstrado pelo pronunciamento de que certos objectos são arte, a mudança de interesse do resultado para o processo artístico, a interacção com os materiais.” (Excerto de texto de Diana Baldon , retirado do catálogo da exposição Holy Mountains, na Giefarte, Lisboa)
Legenda da imagem: Before the blue sky #20 (pormenor) Sopro Galeria | Rua das Fontainhas, 40 | Lisboa | Terça a Sábado das 15h às 20h | www.sopro.pt
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