Até 10 de Setembro está patente a exposição, Almack’s#1, o novo conceito de locomoção, revisitado por Ana Fonseca. Almack’s#1 é uma justaposição das liteiras do século XIX com os concept cars actuais, uma homage do estereótipo dos anúncios de carros actuais. Se em 1917 o Urinol, de Marcel Duchamp, revolucionou a arte contemporânea, em 2011, Almack’s#1, de Ana Fonseca vem revolucionar a indústria automóvel. Ana Fonseca observa, interpreta, habita e associa o passado e o presente de forma racional. A artista aborda de forma exaustiva os temas que decide abordar, e o seu resultado apresenta-se de uma forma criativa, crítica e humorística sempre atento à heterogeneidade contemporânea. Por outro lado, o cariz auto-biográfico da sua obra é marcante, quer seja pelo âmbito da história familiar (ancestralidade, histórias familiares e costumes/mitos), quer seja pelo ponto da exploração da identidade histórica cultural. Almack’s#1 não é excepção, pois, mais uma vez, Ana Fonseca relaciona elementos da cultura, neste caso, a Anglo-saxónica com a Portuguesa. Se a ligação à cultura Inglesa existe através do nome da obra, Almack’s#1 – homónimo de um clube de sociedade inglês do princípio do século XIX em Londres – reporta, também, ao estilo neoclássico e ao símbolo de exclusividade e aristocracia da época; a ligação a Portugal existe na forma humorística e critica sobre os grandes termas da sociedade actual, neste caso, em particular, os desafios ambientais e o consumismo do século XXI. A performace inaugural consiste no transporte da artista entre o Museu dos Coches (espaço de tempo passado) para o espaço da Ermida Nª Srª da Conceição (espaço de tempo presente), um percurso com cerca de 300 metros.
Museu Nacional dos Coches | Praça Afonso de Albuquerque| Lisboa |Terça-feira a Domingo, das 10h às 18h | www.museudoscoches.pt
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