A partir de 20 de Agosto a 20 de Setembro estará patente a exposição, De manhã a cabeça desarrumada e à noite reencontrada do artista Pedro Pousada. "Há murmúrios clandestinos na tinta preta dos desenhos de Pedro Pousada: o consenso CIA-Hollywood para que a Nação mais endividada do mundo justifique a beligerância genocida (a morte prolongada e sistemática dos povos e dos seus costumes) contra o Irão, a RDC da ideia Juche e finalmente contra a Rússia e a China, a desumanização do outro (palestiniano, iraniano, iraquiano, somali, congolês) para que o seu empobrecimento e a sua morte se tornem mero espectáculo (distante e reconfortante); a hegemonia do “eles morrem porque nos odeiam” mais doutrina Monroe mais gasolina barata mais dolarização; a anatomia dos mundos novos em que a sondagem substituirá o sufrágio universal e os shareholders constitucionalizarão a pilhagem de nações, o monopólio das rotas comerciais, a sobre exploração e a globalização da pobreza; o trabalhador isolado e benigno chamar-se-á colaborador e será sempre um especialista temporário sem tempo nem convicções para a vida cívica e para a luta política, a boa saúde dos carrascos de todos os tempos por vezes interrompida pela falta de fôlego do detido ou por divergências profissionais; a vida e a morte das abelhas náuticas: dos holocaustos vitorianos à vala comum de Macarena, 200 km a sul de Bogotá; “não consigo por um pé no chão!”; mergulho esquivo em águas duras; heroísmo da dificuldade; a gasolina de todos os tempos ou ainda lutaremos com paus (de titânio) e pedras (de urânio); o cadáver imigrante e o filantropismo offshore apanham sol nas Canárias; o drama do intelectual disperso que sonha com o dia em que se venderá bem e em trânsito nos aeroportos; a receita da desgraça e a desgraça sem receita; sozinho num cárcere de papel; preguiça esfomeada; tanta coisa para actualizar…as recentes manobras conjuntas Nato-Israel na Roménia, O Egipto entreguista e os vasos de guerra que deslizam via Suez até ao golfo pérsico; casamentos consentidos (ou não) bombardeados por drones575 ; a playstation como desensitivador para toda a família: finalmente posso ser um Mortimer virtual!"
MCO ARTE CONTEMPORÂNEA | Rua Duque de Palmela, 143 | Porto | Horário de verão: de 3ª feira a 6ª feira das 15h às 19h
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