


Embaixada do México em Lisboa | Estrada de Monsanto, 78 (entrada pela Rua Vila Guiné) | Segunda a Sexta das 10h às 17h | www.sre.gob.mx/portugal/



Até 16 de Janeiro de 2011, nas Galerias 1 e 2 da Culturgest, está a decorrer a exposição Silvæ, de João Queiroz. Primeira apresentação antológica do trabalho do artista. Com uma trajectória artística iniciada ainda na primeira metade da década de 1980, João Queiroz (Lisboa, 1957) é hoje considerado em Portugal autor de uma obra de excepcional singularidade e de enorme relevância no contexto das práticas contemporâneas de pintura. Esta exposição congrega uma vasta selecção de pinturas e de desenhos realizados ao longo dos últimos vinte anos, na sua maioria desde 1998, ano em que passou a tomar o género da paisagem como quadro de referência. Mas inclui um conjunto significativo de obras anteriores, pouco conhecidas, em que o artista investigou a relação entre superfície e forma, e recorreu à escrita para explorar modos de constituição da imagem e apelar a modos de percepção libertos dos hábitos e das categorias determinados pela linguagem. A investigação que João Queiroz tem vindo a desenvolver na pintura e no desenho, tendo como horizonte a construção de novos modos de percepção e de conhecimento, de relação do sujeito com o mundo, foi aprofundada e radicalizada a partir do momento em que o artista tomou a natureza como referente exclusivo do seu trabalho. A experiência de percepção da natureza, a atenção aos acontecimentos que nela se manifestam, repercute-se no processo de realização das obras, sendo no entanto mediada pela memória, reconduzida pelo processo imaginativo, interpretada e transformada pelos protocolos e procedimentos da pintura e do desenho – pela constituição de relações entre formas, entre cores, entre gestos com diferentes intensidades e expressões, entre o pormenor e a estrutura compositiva. Esta exposição desvenda o território que João Queiroz tem vindo a desbravar, um território (por outras palavras, um léxico e uma gramática) continuamente alargado e aprofundado pelo artista na sua exploração das possibilidades da pintura e do desenho enquanto modos de constituição de novos modos de ver.
Até 22 de Janeiro de 2011 está a decorrer a exposição Um dicionário, quatro alfabetos, um sistema decimal, de Pedro Diniz Reis. Pedro Diniz Reis (Lisboa, 1972) tem utilizado predominantemente o vídeo no seu trabalho, a par de incursões mais ou menos frequentes por outros media, como a fotografia, a performance e o som. Os seus vídeos resultam de um processo laborioso, em que o domínio irrepreensível das ferramentas de edição do som e da imagem se alia a um rigor formal obsessivo. As obras agora apresentadas – cinco vídeos e uma peça sonora – desvendam uma linha de investigação dentro do seu trabalho, desenvolvida entre 2004 e 2010, que se caracteriza pela utilização de signos linguísticos (diferentes alfabetos, todas as palavras de um dicionário inglês, os números de 0 a 9 ditos em japonês) em processos de composição visual e sonora que aplicam determinadas regras de combinação e sequenciação dos elementos para gerar resultados que escapam à subjectividade do artista. Tomando os signos linguísticos como matéria abstracta, puramente significante, Pedro Diniz Reis reactiva, de um modo muito particular, as tradições da poesia visual e da música concreta e aleatória, convidando o espectador a uma experiência sensorial fortemente imersiva.
Até 27 de Novembro está a decorrer a exposição SCRIPTA de Francisco Tropa. Francisco Tropa começou a expor individualmente em 1991 na Galeria Monumental, Lisboa. O seu trabalho suscitou, desde cedo, o interesse e o apoio activo de diferentes agentes do contexto artístico, tendo sido seleccionado para o Prémio União Latina na Fundação Gulbenkian e na Culturgest (1996 e 1998). Ganhou o Prémio da 7ª Bienal das Caldas da Rainha (1997), realizou uma exposição individual na Fundação de Serralves (1998), representou Portugal (em conjunto com Lourdes Castro) na Bienal de São Paulo (1998), participou na Bienal de Melbourne, na Austrália (1999), e na Manifesta em Liubliana (2000).
Francisco Tropa é representado pela Quadrado Azul, em Lisboa. Galeria Quadrado Azul | Largo dos Stephens, 4 | Lisboa (à Rua das Flores) | Terça a Sábado das 13h às 20h | www.quadradoazul.pt
Até 12 de Dezembro está patente a exposição de pintura, ARRANHANDO A EXISTÊNCIA, de Pedro Charters d' Azevedo. Em dez anos de ciclo artístico tem percorrido muitos caminhos que vão desde um abstraccionismo libertário iniciático a formas mais figurativas e controladas, ou ainda exercícios quase puramente estéticos e decorativos onde os efeitos de luz induzem novas sensações, como se estivéssemos na presença de novíssimos materiais de construção. E a temática abundante soma e segue: florais,, manchas significativas, urbanidades, danças, corpos de mulher e outros simbolismos diversos e não especificados. A exposição estará patente ao público de até 12 de Dezembro. Galeria Vieira Portuense | Largo dos Lóios, 50 | Porto | Terça-feira a Sábado, das 9h30 às19h | Domingo, das 13h às 18h |www.galeriavieiraportuense.net
Até 3 de Dezembro está a decorrer a exposição de pintura, Ways of Spirit de Prakash Bal Joshi (India). Sensibilidade é o recurso utilizado pelo artista na composição de suas pinturas. Cores quentes combinadas com um espírito abstracto oferecem sua visão do mundo, sua interpretação. Através de uma maneira particular de atrair luz e movimento, Prakash manipula cor e forma a ponto de fazer com que se rebelem a seu favor. Dezenas ou até mesmo centenas de elementos fragmentados em cores vivas ao acaso revelam que o artista cria uma história em cada trabalho. Faixas que crescem à medida que emergem para a extremidade da tela reforçam a sensação de movimento. O que instaura-se é o mundo do artista ordenado pela anarquia espiritual, uma vertigem em que todos os elementos sofrem sucessivamente um processo de transformação. A pintura de Prakash propõe uma imagem autónoma, sem compromisso, a permitir que o olhar transite livremente na experimentação contínua do artista. (José Roberto Moreira - Curador e Galerista)
Até 15 de Janeiro de 2011 está a decorrer a exposição de pintura LA SILLA DEL DIABLO, de Juan Araujo. As imagens de Juan Araujo (Caracas, 1971) são uma profunda reflexão sobre a relação pintura-arquitectura que se expressa, frequentemente, através dos binómios ficção/realidade; bidimensionalidade/tridimensionalidade e imaterialidade/materialização. O seu jogo de associações, no entanto, não se esgota por aqui. Como material de trabalho Araujo utiliza registos que servem de intermediários entre as duas formas artísticas tais como reproduções de livros, fotografias digitais ou impressas, entre outros, constituindo um arquivo de obras fundamentais da História da Arte, à semelhança de um verdadeiro Museu Imaginário e que vão desde obras de grandes arquitectos (sobretudo sul americanos tais como Niemeyer, Acabaya e Barragan) a artistas plásticos (Alejandro Otero, Geraldo de Barros, Kandinsky, Calder, entre outros). Podemos, assim, afirmar que cada uma das suas obras é uma espécie de hipertexto. Para além de uma reflexão sobre o sistema artístico nas suas variantes, trata-se de, então, de uma meditação sobre a reprodutibilidade e, em última instância, sobre o lado simulacral e o estatuto actual da imagem. Neste aspecto, Araujo aproxima-se de Marcel Duchamp no conceito do ready made que, no entanto, ultrapassa com a recriação em pintura.
Até 22 de Janeiro de 2011, está patente a mostra de pintura de Marian Van der Zwaan – High Heel Passenger.


Inaugura no dia 26 de Novembro a exposição BES Revelação 2010 onde são apresentados os trabalhos vencedores de Mónica Baptista, Miguel Ferrão, Eduardo Guerra e Carlos Azeredo Mesquita. A exposição, comissariada por Margarida Mendes, poderá ser visitada até 16 de Janeiro de 2011. Cada um destes jovens artistas recebeu uma bolsa de produção no valor de 7.500 euros, para além da oportunidade única de mostrar o seu trabalho numa exposição conjunta a realizar num dos mais importantes museus nacionais de arte contemporânea. Mónica Baptista apresenta um filme em 35mm, uma edição frame-a-frame a partir de dezenas de rolos fotográficos em que regista momentos autobiográficos e viagens pessoais, numa tentativa de apropriação abstracta dos mecanismos da memória. Miguel Ferrão exibe uma série de trabalhos que tem como ponto de partida inúmeras sessões de observação enquanto ornitólogo amador na Tapada de Mafra, apresentando um vídeo, uma peça sonora e um texto que utilizam a ideia de relato e discurso como pontos de clivagem na possibilidade de uma inter-subjectividade inefável. Eduardo Guerra apresenta uma peça sonora a partir de excertos da Teoria da Cor de Goethe, questionando a actualização científica como mote central à definição da experiência congnitiva e sensorial. Carlos Azeredo Mesquita propõe a série fotográfica The Radiant City, elaborada a partir de urbanizações nos subúrbios de Budapeste, numa projecto que questiona as matrizes da fotografia panorâmica serialista e arquitectura contemporânea.
Até 1 de Janeiro de 2011 está patente a exposição, PARADISE MOTEL, que convida a um percurso por uma selecção de cerca de cinquenta obras da colecção Berardo - pintura, desenho, escultura e instalação. Ao longo das quatro salas do piso zero do Museu colecção Berardo, o público é convidado a ler excertos de três poemas inspirados no tema do paraíso: Canto IX (A Ilha dos Amores) de Os Lusíadas (1572) de Luís de Camões, To One in Paradise (1834), de Edgar Allan Poe e ainda fragmentos retirados da obra de Novalis (1772-1801). Entre as obras expostas destacam-se The Barn, de Paula Rego, Paysage Champêtre en Quinze Tons, de Martial Raysse, Crainte et tremblement, de Eugéne Leroy ou Plus Fours, de Robert Rauschenberg; entre outras obras de artistas como Pierre Klossowsky, George Bselitz, David Hoekney, Jean-Michel Basquiat, Carl Andre, Morris Louis, Eric Fish, Man Ray, Maurício Dias, Fernand Léger, entre outros.
Até 13 de Março de 2011 está a decorrer a exposição, Às Artes, Cidadãos!. Está exposição incide sobre algumas das intersecções que a arte e a política manifestam na actualidade, abordando questões tais como a democracia, o activismo, a cidadania, a memória, a imigração, as ideologias, a revolução, a utopia, a iconoclastia, a crise, a sexualidade, o ambiente ou a globalização, entre outras.
A exposição apresenta obras produzidas por artistas nascidos a partir de 1961, ano da construção do Muro de Berlim, símbolo da divisão ideológica que marca a segunda metade do século XX, cuja sombra continua presente no pensamento político e cultural em inícios do século XXI.
Simultaneamente, apresenta-se também a exposição Nas Margens da Arte, na qual se reúnem obras de arte constituídas por revistas, livros, obras gráficas e outros materiais publicados que tornam visível a utopia e a intervenção sobre a realidade através da referência a contextos e a temas políticos, da autoria de numerosos artistas.
Às Artes, Cidadãos! é uma exposição que integra a celebração do centenário da República Portuguesa, fundada na sequência da revolução de 5 de Outubro de 1910. Artistas participantes: ROSSELLA BISCOTTI & KEVIN VAN BRAAK * BUREAU D’ÉTUDES * STEFAN BRÜGGEMANN * CAROLINA CAYCEDO * CHTO DELAT? * SAM DURANT * GARDAR EIDE EINARSSON * MATIAS FALDBAKKEN * CLAIRE FONTAINE * ZACHARY FORMWALT * ANDREA GEYER * SHILPA GUPTA * SHARON HAYES * GERT JAN KOCKEN * ASIER MENDIZABAL * CARLOS MOTTA * TOM NICHOLSON * AHMET ÖGÜT * NIKOLAY OLEYNIKOV * RIGO 23 * ANDRÉ ROMÃO * PEDRO G. ROMERO * AHLAM SHIBLI * MARIANA SILVA * ANTÓNIO DE SOUSA * JOÃO SOUSA CARDOSO * NICOLINE VAN HARSKAMP * VANGELIS VLAHOS * DANH VO * SIMON WACHSMUTH 
Apresentar uma exposição a partir de obras provenientes de uma colecção é tomar de empréstimo a geografia imaginária do coleccionador que as reuniu com paixão e obstinação. Reconstituir esse puzzle cria um ponto de vista (incerto) sobre o mundo (incerto) em que vivemos. Uma verdadeira colecção não tem uma coerência escrita, ordenada, teórica, segue antes um fio condutor – para António Cachola, é a opção de adquirir obras de artistas portuguesas da jovem geração. Iniciada no começo da década de 1990, a colecção conta actualmente com mais de 400 obras. Através do hibridismo próprio da produção artística actual, ela permite situar os artistas portugueses no contexto internacional e avaliar a importância que a arte contemporânea tem hoje na sociedade. A exposição A Culpa Não É Minha, no Museu Colecção Berardo, corresponde a uma viragem para António Cachola: a sua colecção, depois de ser apresentada ao público, no Museu de Arte Contemporânea de Elvas, vai agora enriquecer-se com obras de artistas internacionais, mas sempre com a vontade de as colocar em diálogo com as dos artistas portugueses.
A criação contemporânea portuguesa tem a particularidade de ter uma origem precisa, datada: a Revolução dos Cravos. E desde esse momento, muitos artistas (que, aliás, vivem frequentemente no estrangeiro e são representados por galerias internacionais) criam obras que cruzam a história recente de Portugal com o mundo globalizado (Ângela Ferreira, Maria Lusitano, Fernanda Fragateiro...).
Certos artistas exploram o poder narrativo das imagens (André Gomes, Rui Calçada Bastos…) ou os fragmentos de uma narrativa por vezes conceptual (José Maçãs de Carvalho). Trabalham a linguagem com as suas interacções históricas, sociais, filosóficas e, naturalmente, artísticas (João Louro, André Romão...).
Outros, enfim, prosseguem a experiência da pintura e continuam a forçar o seu espaço e as suas possibilidades (Pedro Calapez, Pedro Croft, José Loureiro, Paulo Brighenti, João Queiroz, Pedro Casqueiro, Gil Heitor Cortesão). Alguns associam a pintura ao vídeo (Bruno Pacheco...). Rodrigo Oliveira liga fotografia, escultura e instalação. Rui Chafes, com as suas formas negras de inquietante estranheza, continua a explorar o campo da escultura. Mas a classificação por medium não consegue abarcar a riqueza formal das obras visto que os artistas se apropriam de todas as formas, meios e linguagens, misturando-os: da escultura à instalação (Pedro Cabrita Reis, Pedro Barateiro, João Pedro Vale, Miguel Ângelo Rocha, Joana Vasconcelos, Miguel Palma, Noé Sendas...); ou da fotografia ao vídeo (Nuno Cera...); do vídeo à instalação (Vasco Araújo, Noé Sendas, Alexandre Estrela...); do vídeo à performance (João Onofre, Ricardo Leandro e César Engstrom, João Leonardo, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Daniel Barroca, André Guedes). Augusto Alves da Silva, por seu lado, explora com os seus enormes panoramas a neutralidade conceptual da fotografia.
O artista é sempre um encenador; um a um, coloca os elementos do visível, procurando a justa coincidência entre as suas imagens mentais, feitas de memória e de amnésia, e as do mundo exterior. A sua fusão cria novos acordes, raccords e combinações do real e produz um mundo paradoxal do qual não podemos no entanto duvidar. Explora e rejeita a antinomia do individual e do universal.
As artes visuais, mas também a música, sintetizam uma expressão contemporânea da colagem, do mixing, do cruzamento de géneros que é necessário para criar novas formas artísticas e culturais. Em Dezembro de 2005, o crítico de arte Jerry Saltz (do jornal Village Voice) citava Day is Done (2005), de Mike Kelley, como um exemplo inovador de «clusterfuck aesthetics» [estética do caos], uma reacção da arte contemporânea à era do multimedia invasor. A arte «desorbitou», sem um real vínculo nacional, manipulando as referências de tempo, de espaço e artísticas. Há artistas portugueses mas não arte contemporânea portuguesa. As noções de «psicogeografia» e de «deriva» utilizadas pelos situacionistas nos anos de 1950 e 60 para se reapropriarem da arte e da cidade numa experiência de vida são, mais do que nunca, actuais, e talvez sejam as formas contemporâneas de reinvestimento de um mundo desconhecido, inesperado, fantástico ou fantasista, exótico até – onde a cultura popular, o arcaísmo se encontram com a modernidade high-tech.
Em muitas obras misturam-se sensualidade e espiritualidade, paganismo e religiosidade, doçura e violência, com a encenação da vulnerabilidade do corpo, tornado simples cliché do mundo mediático, religioso ou da tradição. Os fotógrafos usam os códigos da imagem documental, publicitária ou do cinema de ficção, subvertendo-os (João Paulo Serafim, Luís Campos, Manuel Botelho, Patrícia Garrido, Tânia Simões...).
As obras da precisa e preciosa Colecção António Cachola revelam a não adesão do mundo e das suas imagens, refutam a disjunção entre o sensível e o inteligível, entre o ver e o ter. A Culpa Não É Minha é o título de uma escultura de João Pedro Vale, a de uma árvore nodosa e atada, imponente e encalhada, seca e viva. Este título e esta obra simbolizam bem o olhar do artista sobre o mundo – trabalha-o, absorve-o, com todas as suas contradições, alterações, multiplicidades de aparência e de metamorfose.
Museu Colecção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea | Praça do Império | Lisboa | Domingo a Sexta das 10h às 19h (última entrada: 18h30) | Sábados das 10h Ás 22h (última entrada: 21H30)| Entrada gratuita | www.museuberardo.com
Até 31 de Dezembro está a decorrer a exposição colectiva de pintura, Retrospectivas. Artistas participantes: Camille Murcia, Rosa Vaz, Luís Mariano e Frederic Duhamel. Retrospectivas apresenta-se como um acto de transformação do local de trabalho que ganha uma maior dimensão expositiva e abre-se ao público em geral. Nesta mostra de arte, reunen-se trabalhos desenvolvidos por artistas que frequentam e colaboram com o Atelier, com percursos diversos moldados pela busca e experimentação artísticas.
A partir de 13 de Novembro a 31 de Dezembro estará a decorrer a exposição de pintura, Casa-Carrossel de Fátima Mendonça. Galeria 111 - Lisboa | Rua Dr. João Soares, 5B | Lisboa | Terça a Sábado das 10h às 19h | www.111.pt
A partir de 14 de Novembro a 12 de Janeiro de 2011 estará a decorrer, MUSÉE DE L'ARMÉE - Le Retour des Bottées é uma exposição-prólogo, uma entrada na extensa enciclopédia referencial de Gonçalo Pena, uma confissão da sua obsessão de longa data pelo imaginário napoleónico. A obra pictórica deste autor tem a sua ancoragem numa área extensa de ambiências ou sistemas simbólicos (culturas) que são signos para performatividades, narrativas, escatologias no seio das quais o uniforme revolucionário ou imperial desempenha um papel específico isolado ou em composição com outros motivos. Assim sendo descobrem-se mais especificamente nestas figuras de época os motivos de uma indagação que é cara ao autor, a da complexidade filosófica, psicológica e moral do arquétipo heróico masculino e da sua vaidade em permanente combinatória com a finitude, a sexualidade, as políticas, um estado natural e as suas corrupções. Este "retorno dos homens de botas" para além de isolar uma iconografia não deixa de se constituir como um eterno retorno: o do artista aos seus mitos, da história aos seus motivos, da pintura ao seu estado de puro gozo.
A partir de 13 de Novembro até 31 de Dezembro estará a decorrer a exposição de pintura, Bicos de Eduardo Batarda.
A partir de 18 de Novembro até 31 de Dezembro estará a decorrer a exposição de fotografia Broken Strangers, de Tiago Silva Nunes.
Até 18 de Dezembro está a decorrer a exposição de pintura Terra do silêncio, da artista plástica Teresa Carneiro. Invocando o mundo feminino "Terra do silêncio" é a procura da artista para a chave da sétima porta, aquela que dá entrada à sala em que todos os sons se desvanecem e se ouve unicamente a voz do silêncio. Através de materiais como tintas acrílicas, pastéis secos ou a óleo em suporte de placas acrílicas e madeiras, o seu trabalho procura, através das suas obras figurativas contar histórias de vida e estados de alma.
Está a decorrer a intervençao permanente, Water Closet, comissariado por PuppenHaus. Este projecto conta com a participação de Joana Bastos, Ana Pérez-Quiroga, Célia Domingues, Dalila Gonçalves, E Viveram FelizesParaSempre, Inês Amaro, Isaque Pinheiro, Jorge Maciel, Luis Paulo Costa, Maria Moinhos, Nada Design, Rodrigo Oliveira, Sara e André, VBranco.
Até 11 de Dezembro está patente a exposição de pintura, Podengo de Brígida Machado. Brígida é autora de novos seres que acendem outras luzes no universo da pintura contemporânea portuguesa. Alentejana de Évora, desde pequena que vive fascinada por animais, reais e imaginários. Têm muita cor e respiram uma maturidade invulgar - que ultrapassa uma realidade palpável e se reforça no âmago das emoções primárias. Nas paredes destaexposição reinam essas fantasiosas criaturas com feições hiper-expressivas. Como se andassem nas suas vidas e houvesse janelas – os quadros - por onde as podíamos espreitar.
Até 11 de Dezembro está patente a exposição de escultura Mines Magiques de Helga Stüber-Nicolas. Helga afia e desbasta centenas de lápis de cor, reduz a pó as aparas e organiza os fragmentos em novas composições, sobre papel ou tela. As aparas leves juntam-se em formas geométricas: esfera, cubo, cone. Milhares destes pedaços delicados são moldados em grandes esferas, dispostos em camadas, tal como as escamas de um peixe. A franja fina de cor no rebordo de cada apara de madeira é uma componente essencial: com cor o objecto torna-se, de certa forma, menos abstracto. Trabalhar este material sensível estimula as ideias e a artista pretende apelar à reflexão sobre a efemeridade da matéria e a tomar consciência da transitoriedade da nossa existência. Ao escolher elementos sensíveis, a artista leva a obra de arte ao limite da tensão, provocando medo do inevitável. Questiona a imaterialidade e a relação íntima com a substância. O trabalho desenvolvido por Helga Stüber-Nicolas implica, não só, a procura de uma nova ocupação do espaço, mas também da resistência do material. No nosso mundo que se torna cada vez mais virtual, o lápis, um objecto tantas vezes negligenciado no nosso quotidiano, regressa a uma segunda vida através da sensibilidade da artista. Questiona a imaterialidade e a relação íntima com a substância.
Até 7 de Dezembro está patente a exposição de André Sousa. A mostra é composta por: Bastidores - Flanela preta e madeira de pinho (13x300x150cm) - 2010
. Um alinhamento de 13 cortinas de flanela preta, paralelas entre si e com um afastamento de 140cm, cria um escurecimento do espaço e a sua divisão por uma diagonal. Potencialmente estas cortinas poderão permitir a entrada ou saída de cena de outras imagens, desenhos ou pinturas.
Pensando este alinhamento como um eixo, à sua direita, ocupando um canto apresenta-se a fotografia Europa (imagem) Impressão Ink-jet colada s/ alumínio - 93x117cm. - 2009. Uma fotografia de um mapa geopolítico da Europa abandonado numa rua de Nápoles. Encostado a uma parede de granito que lhe serve de moldura este mapa oculta e revela ainda um mapa semelhante da República de Itália. A justaposição de territórios cria um alargamento da Europa a Oriente e a presença de mais mar faz da Europa uma quase ilha. Do outro lado da linha composta por cortinas será apresentado o vídeo Sol-Pirâmide Vídeo, Pal, cor, stereo, 4'57'', loop - 2010. Com um movimento rotativo da câmara o filme gira, literalmente, em torno de um sol. Este astro é feito de linhas de cor e está pendurado na parede - trata-se de um quadro. “Quando os meus braços cansados desistem a câmara deixa o objecto e dirige-se num plano sequência para o exterior e fazendo um zoom através da janela sobre o topo de um arranha-céus - uma pirâmide”. Sucedem-se curtos planos sobre este novo objecto em diferentes momentos. O edifício em questão é a Messeturm em Frankfurt am Main, na Alemanha. Messeturm não é o mesmo que Mess Tower, mas sim Fair Tower, no sentido comercial: feira. Não confundir com Fair de "justo", a Feira de Frankfurt é realmente grande.
No cruzamento do eixo das cortina com o das imagens que fazem referência à Europa há ainda uma coluna espelhada, construída a partir de um exemplo de arquitectura vernacular. Jenseits MDF, Mogmo, espelho, alumínio, acrílico. 40x240x40cm 2010
Até 1 de Dezembro está patente a exposição de ilustração, Obsessão de Vasco Mourão. Uma série de trabalhos sobre o pensar através do desenho e as histórias que cabem entre as linhas. Obsessão e prazer.Uma série de trabalhos sobre o pensar através do desenho e as histórias que cabem entre as linhas. Obsessão e prazer. Fundou em 2010 a empresa NOC NOC barcelona&lisboa. Como ilustrador tem realizado trabalhos para clientes como Domus magazine, Established&Sons, LeCool, Gestalten, Bouvet e Armazém do chá entre outros. As suas obras fazem parte de várias colecções privadas. www.vasco-mourao.com | www.nocnoc.biz
Até 19 de Novembro está patenteaexposição de fotografia, Music of the Spheres de Brighitta Moser. A artista norte-americana Brigitta Moser transporta para a fotografia o mistério do som, seu universo é todo vibração. Sua inspiração remonta a cosmologia da antiguidade que acreditava que a música terrestre era um eco na harmonia das esferas planetárias. Acreditava-se que cada um dos planetas produzia através de sua órbita uma nota musical. Seus personagens brincam com os tons musicais em meio a um turbilhão de formas circulares. Brigitta Moser confirma que a fotografia é capaz de nos transportar para além do real seu trabalho assume a precariedade da ligação construída entre o imaginário e o real, sem negá-la. A artista não reproduz o real, toma-lhe emprestado alguns de seus fragmentos, cria encontros surreais, reinventa seu universo e cria um mundo harmónico. Brigitta Moser rejeita a ditadura da razão, o humor e o sonho são ferramentas de libertação e possibilitam ao observador uma livre associação de ideias. Os trabalhos rompem a exactidão através do surrealismo, superam as limitações da fotografia e chegam ao mais do que real. (José Roberto Moreira – Comissário e Galerista)
A partir de 13 de Novembro até 20 de Março de 2011 estará patente a exposição, A Mãe das Mães, Pintura e Desenho de Maria Teresa Crawford Cabral, da Colecção Berardo comissariada por Rui Carita, que reúne pela primeira vez toda a produção desta artista, radicada na Alemanha, sobrinha bisneta de Henrique e Francisco Franco e neta de João Cabral do Nascimento e Maria Franco.
Até 8 de Janeiro de 2011 está a decorrer a exposição de pintura, Commodities do colectivo de artistas formado por Alice Geirinhas, João Fonte Santa e Pedro Amaral apresenta um conjunto de pinturas realizadas desde meados dos anos 90 até à actualidade. Apresentado ao público pela primeira vez em 1995 na Galeria Zé dos Bois, o trabalho dos Sparring Partners parte da apropriação e recontextualização de imagens retiradas dos media e de um universo referencial da chamada baixa cultura. Esvaziadas do seu significado original, estas imagens ganham novos sentidos que potenciam um olhar crítico sobre a sociedade. Galeria 3+1 | RUA ANTÓNIO MARIA CARDOSO, 31 | LISBOA | TER – SAB 14H – 20H |www.3m1arte.com
A partir de 2 de Novembro até 3 de Dezembro estará a decorrer a exposição de pintura, Cavalo de Tróia de Victor Martins.
A partir de 6 de Novembro até 11 de Dezembro estará a decorrer a exposição de pintura Liqen de Chronomorphosis.
A partir de 6 de Novembro a 23 de Dezembro estará a decorrer a exposição de pintura, Natureza (não) Morta de Teresa Gil.
Será inaugurado no próximo dia 6 de Novembro às 11h o Espaço Ribeira Negra com o Painel Ribeira Negra no edifício da Alfândega do Porto, obra-prima de Júlio Resende. Esta iniciativa pretende prestar um tributo ao Mestre que, com 93 anos, continua a pintar, associando-se à comemoração dos 150 do Edifício da Alfândega do Porto. Ribeira Negra de 1984 retrata a vida na Ribeira do Porto e vai ficar exposto definitivamente no primeiro andar do Edifício da Alfândega do Porto.
Até 11 de Dezembro está a decorrer a terceira exposição individual de Marco Pires na Galeria Pedro Oliveira, intitulada X, Y, Z . A fórmula presente no título sintetiza as coordenadas que estão na origem da concepção cartesiana de entendimento do espaço e as relações entre os seus objectos. A exposição distribui-se pelas três salas, com trabalhos de séries distintas que o artista trabalha em simultâneo, e que são exibidas numa lógica que pretende criar relações em lugar de se apresentarem individualmente. Se num primeiro momento se criam correspondências com o espaço social e a sua relação com a arquitectura e geometria, assistimos na segunda sala à destruição de coordenadas que induz à deriva. Num terceiro momento, a par de uma série de desenhos, surge um trabalho com uma dimensão documental, ainda que ficcionada. É apresentada em formato de livro e fotografias. O corpo de trabalho de Marco Pires e em particular no campo do desenho desenvolve-se segundo um movimento dialéctico de tese e anti-tese ou de afirmação-negação. Esta práctica parte da utilização e recontextualização de documentos e imagens que o artista vai recolhendo para depois intervencionar, suspendendo os seus atributos científicos e introduzindo camadas de novas possibilidades e leituras, numa dimensão onde o erro, a hesitação e a deriva emergem. Esta recontextualização de elementos pré-existentes encontra um paralelo na práctica do détournement (desvio), que antes ainda de ser sistematizada e estudada nos textos da Internacional Situaccionista tinha surgido décadas antes com o uso da collage, introduzida por Picasso no início do sec. XX e reutilizada pelos dadaístas e surrealistas misturando textos, pinturas e imagens de toda e qualquer proveniência numa tentativa de subversão dos valores estéticos burgueses da época. Não é esta obviamente a intenção de Marco Pires, até porque historicamente a práctica do détournement como subversão evoluiu e acompanhou as revoluções sociais e artísticas, fundido-se na história da música com o punk e o do-it-yourself, acabando por ser absorvido pelo sistema capitalista que questionava. O que é relevante para Marco Pires é a recuperação de um sistema lúdico que advém da possibilidade de desenvolver novos paradigmas baseados em relações e associações nos objectos e documentos de onde parte, negando e simultaneamente dando a ver de novo, criando novas leituras.
A partir de 11 de Novembro até 4 de Dezembro estará a decorrer a exposição de pintura, ALWAYS de António Viana. Com 13 anos de idade, António Viana recolhe e colecciona rótulos e embalagens de publicidade, e hoje 50 anos depois delicia-nos nesta exposição com a memoria criativa, integrando as imagens das latas de SARDINES, manteiga VAQUEIRO, os fósforos CLUBE a oferta SONASOL, e o detergente OMO entre outros produtos na sua pintura. È manifesto o espírito experimental do artista que percorre a estrada da arte contemporânea em Portugal desde os anos 80 abordando aspectos lúdicos muito próximos da Pop Art. Vendo as pinturas e objectos de António Viana partimos para uma viagem que nos remete para a figuração narrativa (B. D.) e nos provoca o riso e o humor.
A partir de 6 de Novembro até 11 de Dezembro estará a decorrer a exposição de pintura e desenho, Illicit Thoughts de Ana Cardoso. "Gosto de cadernos, de papéis, de sentir-lhes o toque e cheiro. Estes desenhos são coisas que penso, vejo e sonho. Têm como ideia tornar real um espaço que existe na minha imaginação ou, o inverso, tentar promover a imaginação através da experimentação. Funcionam como uma espécie de depósito de ideias, onde exploro os diferentes tipos de vocabulário. Para que depois se possam transformar em matéria de suporte para algumas pinturas, como as que aqui apresento." (Ana Cardoso, 2010)
Até 8 de Novembro está a decorrer a exposição de fotografia , Somewhwre, in all these rocks and stones, is my home de Inês Valle. Inês Valle exibe está série de imagens da Islândia, designadamente de um dos maiores e mais conhecido lago glaciar o Jokulsárlón, obrigatoriamente subentendidas a um conjunto de observações e sons díspares dos que vivenciados nas cidades. Neste plano, o ensaio, em primeiro lugar pela autora, num cenário real, exótico e inóspito, revelou-se na tendência primeva de o assumir por silêncio(…) Este silêncio imenso importunado, aquando do seu regresso rotina, parecia-lhe naqueles momentos, imperturbável, tão eterno quanto o esquecimento, tão estático quanto frio. Somewhwre, in all these rocks and stones, is my home , amiss que um título paraesteconjunto de imagines é um apelo da natures selvagem que convoca o nosso sentido estético para um diálogo de plasticidades com fundamento ambiental. 
Até 20 de Novembro está a decorrer a exposição de fotografia, The Tailor de São Trindade.
A partir de 17 de Novembro até 22 de Janeiro de 2011 estará patente a exposição de Isaque Pinheiro(www.isaquepinheiro.com), intitulada A medida de todas as coisas. Esta exposição dá sequência ao trabalho da exposição individual que foi apresentada na Galeria Presença (Porto) em 2008, que tinha como título Em cima da terra e debaixo do céu. Mais uma vez assistimos ao recurso de técnicas ancestrais aplicadas a uma linguagem contemporânea, que já foi situada na periferia da Arte Contemporânea pelo critico Brasileiro, Fernando Cocchiarale. A exposição questiona e remete para teorias, como por exemplo de Protágoras (487 – 410 ac), que chegou à máxima O Homem é a medida de todas as coisas. Ou seja, o certo e o errado, o bem e o mal sempre tinham que ser avaliados em relação às necessidades do Homem. Caroline Pagès Gallery | Rua Tenente Ferreira Durão, 12 – 1º Dto.| Campo de Ourique | Lisboa | 2ª a Sábado das 15h às 20h e por marcação fora deste horário | www.carolinepages.com
A Galeria António Prates em Lisboa tem vindo a destacar-se na apresentação de linhas de vanguarda internacional, estando neste momento a preparar-se para receber um dos pioneiros da arte virtual e digital, Miguel Chevalier, para uma exposição individual que inaugura a 12 de Novembro pelas 22h e estará patente ao público até 11 de Dezembro. O artista estará presente na inauguração. Depois de recentemente ter participado na exposição colectiva “Inside, Art and Science” na Cordoaria em Lisboa, vem agora apresentar um conjunto de trabalhos que abordam as questões da imagem híbrida, gerativa e interactiva. «Pixels Power», inspirada na temática da natureza e do artificial, reúne trabalhos de escultura e instalação, entre outras técnicas. Desde 1978 que Miguel Chevalier recorre à informática como meio de expressão. Através de um programa informático, Chevalier gera cores e formas mutáveis entre si e/ou pelo espectador, que ao interagir com elas, faz com que estas se alterem de algum modo. A sua obra encontra-se representada em várias colecções internacionais importantes, em países como França, México, Inglaterra, Espanha, Estados Unidos, entre outros. Por ocasião desta exposição será lançado um catálogo bilingue com reproduções dos trabalhos expostos e texto do curador e crítico de arte Miguel Matos. Sobre Miguel Chevalier pronuncia-se Miguel Matos: “Através das suas obras, Miguel Chevalier cria extensões da nossa consciência corporal e espacial. É a estimulação da percepção posta em relação com a cognição na “beleza natural” do ciberespaço.”