quinta-feira, 31 de março de 2011

TREMA ARTE CONTEMPORÂNEA - Lisboa



Até 30 de Abril estão patentes duas exposições: instalação Was It Possible? de Lúcia David e pintura de Rui Piçarra.
Legendas das imagens: Lúcia David, tother piece I fried and ate - técnica mista, 90x90cmx8cm, 2011 | Rui Piçarra, Técnica mista s/papel, 70x100 cm, 2011
TREMA-Arte Contemporânea | Rua do Jasmim 30 (junto ao Jardim do Príncipe Real) |
LISBOA | Terça a Sexta das 13h às 19h30 - Sábado das 12h às 19h |
www.trema-arte.pt

GALERIA SÃO MAMEDE - Lisboa

Até 27 de Abril está patente a exposição LCL – Less than a Container Load de Manuel d’Olivares . Desde pequeno, Manuel d’Olivares mudou de casa várias vezes. As mudanças tornaram-se uma constante na sua vida. Nessa exposição, o artista apresenta objectos que mostram, em síntese, o processo das mudanças de residência e, ao mesmo tempo, revelam-nos, em parte, os estados de ânimo ligados a esse evento. Nas suas pesquisas e desenvolvimento plástico, o artista parte da técnica da décollage que se desenvolveu nos anos 50 com os décollagistes ou affichistes franceses e do pintor italiano Mimmo Rotella. Estes criavam as próprias obras a partir dos cartazes publicitários que rasgavam das paredes durante as vadiagens urbanas e que fixavam no atelier, sobre um fundo de pintura, para depois rasgá-los novamente, de maneira que surgissem novas mensagens escondidas como num palimpsesto. Rotella aproximou-se no fim dos anos 60 à pop art, não se limitando a colar os cartazes numa base, mas reproduzindo, em série, o resultado. A tradução da pop art de décollage, desenvolvida por Mimmo Rotella, consiste, assim, na reprodução serigráfica do cartaz rasgado. É nesse ponto que parte e se liga a obra de Manuel d’ Olivares. Porém, o artista dá um importante passo em frente, recusando a elaboração das próprias obras com a reprodução mecânica e voltando às bases da criação pictórica, ou seja, à materialidade das cores e à destreza manual. As imagens, que antes divulgavam um conteúdo ligado à própria função, por exemplo, o anúncio de um filme ou de um outro produto, assumem agora, pintadas em contentores/caixas ou outros suportes, um conjunto de novos significados ligados aos mesmos. Enriquecidas de conteúdos existenciais que saem da história pessoal do artista, falam directamente a cada indivíduo pela própria universalidade. O facto de terem saído das paredes e de revestir objectos tridimensionais. confere às imagens maior imediatez. A colocação mais ou menos casual no espaço, sugere ao visitante uma outra perspectiva e estimula a sensibilidade. Também a escolha de pintar imagens em objectos de uso quotidiano aumenta a eficácia da mensagem. Os suportes dos objectos pictóricos comunicam-nos a própria essência originária (caixas como contentores, objectos amarrotados como papel deitado fora) criando assim um contexto emotivo que as imagens pintadas completam com os conteúdos racionais. (Monika Osvald - Professora de História d’Arte na Universidade de Liubliana)
Galeria São Mamede | R. da Escola Politécnica, 167 | Lisboa | Segunda a Sexta das 10h às 20h e Sábado, das 11h às 19h | www.saomamede.com

GALERIA ARTE PERIFÉRICA - Lisboa

Até 28 de Abril está patente a exposição de pintura, Soluções Comprometidas de Alexandra Mesquita. Nesta exposição a artista revela alguns dos seus anseios: "AMOR MATEMÁTICO COM ERRO DE CÁLCULO, põe em evidência as falhas existentes no amor. TEIA QUE NOS PRENDE SEM NOS SUSTER, queremos ter tudo, temos a fobia da acumulação. Uma teia de aranha que nos envolve e aprisiona. O GRANDE SEMPRE PEQUENO sugere que, numa relação sempre comparativa, nunca estamos satisfeitos ao ponto de julgarmos algo como suficientemente grande. QUERO VER MAIS PORTAS QUE PAREDES, porque temos tendência para construir estruturas apoiadas em paredes sólidas, mas esquecemo-nos de colocar aberturas suficientes para uma saída. SER SÃO SEM TER CURA SÃ precisamos de algo que nos equilibre e mantenha sãos. LOCAL ESPECIAL PARA LIMPAR A VISTA apercebemo-nos de que, se admitimos que temos algo para limpar, é porque existe algo que não está limpo. Somos permanentemente afectados por um acumular de uma espécie de lixo visual, através de um constante e diário bombardeamento imagético, que naturalmente afecta a nossa futura percepção do que nos envolve. Assim, teremos que fazer algo para ficarmos imunes ao poder que todas as imagens que nos rodeiam podem ter sobre nós." (Alexandra Mesquita, 1 de Março de 2011)
Legenda da imagem: O GRANDE SEMPRE PEQUENO
Galeria Arte Periférica | Centro Cultural de Belém, Loja 3 | Lisboa | Todos os dias das 10h às 20h | www.arteperiferica.pt

MARZ Galeria - Lisboa

Até 15 de Maio está patente REMIX, uma exposição individual de Rui Valério (Lisboa, 1969), a segunda do artista na galeria desde Volume II em 2009. Recorrendo e subvertendo os formatos convencionados de galeria, nomeadamente a pintura, a fotografia, a escultura e o desenho, REMIX reflecte a ligação do artista a um universo de imagens e de sons associados à indústria da música popular e suas vanguardas, bem como a sistemas de reprodução de som utilizados e disseminados por esta mesma indústria. O espaço onde Rui Valério trabalha é uma espécie de local de escuta, uma câmara sonora onde o objecto – audível ou mudo, gravado ou visual – é contemplado e examinado, não como algo fixo e ossificado, um artefacto do nosso passado recente, mas onde a densidade, a sonância, as experiências, o valor e as memórias das coisas são pensadas e moldadas. Algures entre, como o próprio afirma, a reprodução e a representação, a repetição e a re-visão, a reprodutibilidade mecânica e a plasticidade subjectiva, as capas de disco que Rui Valério escolhe reproduzir excedem a duplicação e interacção. Ao editar determinados detalhes, e valendo-se de outras tecnologias, estas obras transformam-se em doppelgangers, personagens que repetem as suas falas, cuja entoação é, apesar da sua aparência, dissemelhante. Em determinadas instâncias, estas versões também visam grifar o suporte, ou seja, as telas onde são reproduzidas as capas. A pintura é tratada como um objecto, isto é, um tecido distendido sobre um suporte rígido e estruturado de madeira, que o artista destaca da parede e trata na sua tridimensionalidade, inserindo-a no espaço. Aproximando-a da escultura, a pintura é subtraída da sua acepção histórica e ilusionista - uma superfície plana que acolhe uma composição, uma imagem - transformando-se num objecto instalado, com instruções de montagem. Ao seleccionar o seu material, Rui Valério retira os objectos dos seus circuitos habituais de troca e de circulação, libertando-os da sua lógica dominante. Operando uma cisão, uma espécie de corte, expõe essas lógicas, agora estratificadas, indirectamente ao nosso escrutínio. Rui Valério parece questionar o consumo que fazemos da tecnologia e a sua substituibilidade, seguindo uma estratégia de apropriação como evocação.
MARZ Galeria | Rua Reinaldo Ferreira 20-A | Lisboa | Quarta a Sábado das 12h às 20h e Domingo das 14h às 20h | www.marz.biz

CRISTINA GUERRA Contemporary Art - Lisboa

Até 30 de Abril está patentes exposição de fotografia, de Daniel Malhão. O trabalho fotográfico deste artista tem sido caracterizado pela relação entre a fotografia e a arquitectura. A esta equação acrescentamos a paisagem e a escultura. Para este artista, estes conceitos unem-se numa vertente específica na qual não interessa a pureza disciplinar mas antes uma atitude perante o mundo captado, resultante de uma determinada linhagem, e pertinente na contemporaneidade onde habitam as formas híbridas e flexíveis.
Cristina Guerra Contemporary Art | Rua de Santo António à Estrela . 33 1 Lisboa | Terça a Sexta das 11h às 20h | Sábado das 15h às 20h | www.cristinaguerra.com

GALERIA 111 - Porto

Neste ano em que se celebra o 40ª aniversário a galeria festejará com uma exposição antológica a sua história e, deste modo, a história da arte portuguesa contemporânea, está patente até 23 de Abril. Os artistas presentes nesta extensa exposição são: Gabriel Abrantes, David de Almeida, Pedro Avelar, Rita Barros, Manuel Baptista, Eduardo Batarda, Cargaleiro, Carlos Carreiro, Rui Carvalho, Lourdes Castro, António Charrua, Martinho Costa, Noronha da Costa, Ilda David, Diogo Evangelista, Isabelle Faria, Victor Fortes, João Francisco, Miguel Telles da Gama, Pedro Gomes, José de Guimarães, João Hogan, Manuela Jorge, João Leonardo, Menez, Graciela Machado, Jorge Martins, Fátima Mendonça, João Moniz, Graça Morais, José Moura-George, Eduardo Nery, António Palolo, Vítor Pi, Costa Pinheiro, Júlio Pomar, Samuel Rama, Miguel Rebelo, Paula Rego, Henrique Ruivo, Joana Salvador, Bartolomeu dos Santos, Lisa Santos Silva, Vieira da Silva, Urbano, Joana Vasconcelos, Francisco Vidal, Ana Vidigal e João Vieira.
Galeria 111 | Rua D. Manuel II, 246 | Porto | Segunda a Sábado das 10h às 12h30 - 15h às 19h30 | www.111.pt

quarta-feira, 30 de março de 2011

ALLARTS GALLERY - Lisboa

Até 16 de Abril está patente a exposição de pintura, DUAS CULTURAS, DOIS OLHARES, A MESMA REVELAÇÃO de Sema Çulam e Manuel de Castro. Nesta exposição apresentamos obras de dois grandes pintores, Sema Çulam da Turquia e Manuel de Castro de Portugal que, com origens culturais e percepções diferentes da realidade que os rodeia, revelam numa expressão artística muito marcante e ao mesmo tempo muito similar.
Reconhecidos e premiados como os melhores pintores Naïf contemporâneos, esta exposição apresenta um interesse adicional que reside na possibilidade de se observar um surpreendente diálogo cultural através de uma expressão artística única. Legenda da imagem: Manuel de Castro, Transportando as Uvas 50x40 cm
Allarts Gallery | Rua da Misericórdia, 30 - Chiado|Lisboa|Terça a Sábado das 10h às 19h |www.allartsgallery.com

GALERIA 9 ARTE - Lisboa

Até 29 de Abril está patente a exposição de aguarelas, Sete anos e um dia de Francisco Laranjo. Sete anos e um dia é um verso de um célebre poema popular, que tratado em diferentes gerações, enuncia bem o sentido lírico do espírito português. Escolhi-o para apresentar esta série de aguarelas, cujo espírito é o mesmo, sendo a vontade, o assunto e o contexto diferentes, naturalmente. Não porque o tempo e a sua razão de escala, dos anos ou dos minutos, não sejam eles mesmos e com a mesma importância relativa, mas porque se enuncia a vida do sinal que aqui a técnica deixa ao alcance do olhar, que o imagina criando um tempo outro, indefectível e reconciliador connosco na descoberta desse mistério que é vida. As dezanove aguarelas expostas, que integram uma selecção mais vasta e realizada neste ano, são o resultado de um desenvolvimento de um trabalho em estúdio, estudando as possibilidades de encantamento com o destino incerto e o momento fugaz, e que aliás a técnica pressupõe, e podem evocar, tendo como objecto, quer as nuvens do céu, quer as ondas do mar. Ou, como nós, as podemos contar. (Francisco Laranjo)
Galeria 9arte | Rua D.Luís I, 22 | Lisboa | Segunda a Sexta das 12h às 19h | Sábado por marcação | www.9arte.com

PALPURA GALERIA DE ARTE - Lisboa

Até 9 de Abril está patente a exposição de pintura de Lara Roseiro. Nesta mostra a artista escolheu a mulher-afectiva-sentimental como o centro de todo o seu universo plástico. Situações pessoais, conflitos, relações, estados de alma são apresentados num trabalho plástico de dimensões generosas, em que a pintura se mescla com a colagem de tecidos e outros objectos, alcançando um resultado visual intenso e sobretudo muito personalizado onde a cor assume um papel importante nesta dimensão, sendo normalmente utilizadas cores vivas para realçar a mulher cosmopolita, jovem e moderna.
Palpura Galeria de Arte | R. Alberto Villaverde Cabral,2 loja A, Encosta do Mosteiro, Restelo | Lisboa | www.palpura.pt

Galeria de Arte Convento Espirito Santo - Loulé

Até 24 de Abril está patente a exposição, Conversation Piece de Pedro Calapez e Ana Manso. Dois artistas unidos por uma prática expandida do desenho e da pintura, entendidos como um incessante exercício para alargamento da percepção daquilo que nos rodeia. Ao tomar o espaço da Galeria Convento Espírito Santo não somente enquanto galeria de exposição mas como superfície de inscrição e objecto especialmente orgânico, com as marcas das sucessivas transformações visíveis numa dinâmica arquitectónica que, simultaneamente, revela e elide, os dois artistas conceberam intervenções originais e específicas que nos induzem a nós, espectadores, a uma experiência forçosamente nova deste lugar. Nesta exposição, ambos os artistas realizaram projectos inéditos, que estabelecem diálogos a vários níveis, entre as peças da sua própria autoria aqui expostas, entre os diferentes espaços, e, as intervenções de cada um.
Legenda da imagem: foto cortesia MARZ Galeria, Lisboa
Galeria de Arte Convento Espirito Santo | Praça do Mar | Loulé | Segunda a Sexta das 9h às 17h30 | Sábados e Feriados das 10h às 14h

GALERIA JOÃO ESTEVES DE OLIVEIRA - Lisboa

Até 6 de Maio está patente a exposição de Pedro Calapez intitulada Suave Paisagem. Na obra de Pedro Calapez a pintura e o desenho interpenetram-se e temas que surgem na pintura são transpostos para o desenho, como acontece na presente exposição. A mostra integra quatro séries e vai buscar o seu nome à mais extensa, Suave Paisagem, um conjunto de dezasseis aguarelas onde se encontra uma complementaridade de diferentes formas e cores que, juntas, criam estruturas complexas. Em conjunto com os monocromas de Trasfondo as duas séries celebram o enigma da visibilidade, da forma que desponta na superfície e ganha corpo e cor. Paisagem, que traz ao de cima a dimensão arquivista e recolectora de Calapez e Estudos para Construção são as séries que completam a exposição. (adaptado do texto escrito por Filipa Oliveira para o catálogo)
Galeria João Esteves de Oliveira | Rua Ivens, 38 1Lisboa | Segunda das 15h às 19h30 | Terça a Sábado das 11h às 19h30 | Sábado encerra das 13h30 às 15h | www.jeogaleria.com

Biblioteca da Póvoa de Varzim

Até 16 de Abril está patente a exposição Poesia Experimental Portuguesa, com obras da Colecção de Serralves. A exposição é comissariada por João Fernandes, director do Museu de Serralves, e é apresentada no contexto do Encontro de Escritores Correntes d´ Escritas. A partir de meados da década de 60, um grupo de artistas e poetas portugueses configuram, a partir da Poesia Visual, um momento de ruptura que redefine os conceitos de texto e de objecto artístico, fazendo coincidir um discurso poético com um discurso político e com a elaboração conceptual do espaço e dos objectos como transformadores da percepção e da sociabilidade. A exposição recupera e apresenta obras paradigmáticas desta intervenção experimental, realizada entre a década de 60 e a década de 80. Entre outros autores serão apresentadas obras de: Ana Hatherly, António Aragão, António Barros, Ernesto Melo e Castro, Fernando Aguiar, Salette Tavares e Silvestre Pestana. A relação entre arte e linguagem tem sido, ao longo do século XX, um dos mais produtivos contextos para a superação dos limites a que uma história dos géneros artísticos parecia ter confinado a arte ocidental. Se, por um lado, muitos poetas espacializaram os seus textos, explorando as possibilidades gráficas que a escrita lhes proporcionava, por outro, inúmeros artistas visuais partiram da palavra e do texto para a abolição das fronteiras que isolavam a arte da experiência da vida quotidiana e acondicionavam uma discussão e um conhecimento sem limites da natureza do processo artístico. Arte e poesia cruzam-se deste modo numa experimentação recíproca das possibilidades que a transgressão das suas gramáticas específicas lhe proporciona. Enquanto os poetas objectualizaram a palavra, os artistas usaram por sua vez a palavra para redefinir a condição do objecto de arte. Referenciada como concreta, visual e espacial noutros lugares, esta poesia vai em Portugal autonomear-se como experimental, manifestando assim uma relação com a análise científica do texto e da linguagem, assim como a manifestação do desejo de uma liberdade de experimentação que em Portugal se encontrava condicionada pelas regras de censura e da repressão política. Nos seus eventos, exposições, objectos e edições, os poetas experimentais surgem em Portugal como precursores das linguagens conceptuais e da arte processual, usando materiais pobres redefinindo o objecto de arte e insistindo na revelação do próprio fazer inerente à criação artística. Vanguardistas em relação ao contexto literário e artístico português, sofrerão por outro lado uma marginalização consequente da radicalidade de muitas rupturas em relação a estes dois campos. Nos dias de hoje, a Poesia Experimental Portuguesa é uma desconhecida de grande parte dos públicos literários e artísticos portugueses, apesar de representar um daqueles raros momentos em que, no século XX, um conjunto de criadores foi em Portugal completamente contemporâneo do seu tempo, participando assiduamente em todas as exposições e publicações internacionais mais significativas neste contexto.
Biblioteca da Póvoa de Varzim | Rua Padre Afonso Soares | Segunda a Sexta das 9h às 19h | Sábado das 14h às 18h | Póvoa de Varzim | ww.cm-pvarzim.pt/biblioteca/index.php?op=main

PLATAFORMA REVÓLVER - Lisboa

Até 5 de Maio está patente a exposição colectiva, Exploração do processo do imaginário. Explorando a relação entre a percepção sensível, o imaginário e a narração, Julien Isoré, comissário desta mostra, convida quatro artistas a debruçarem-se sobre estas questões. Gaëlle Scali e Emilie Shalck apresentam no 3º piso da Plataforma Revólver uma instalação que pretende interrogar a construção do nosso imaginário perante uma pluralidade de sinais. As duas artistas co-realizam o projecto The Look Behind (Just hearing and moving) e controem um sensorama, espécie de máquina de imaginação que manipula o sentido das imagens, dos sons e das palavras, no contexto das nossas memórias individuais e colectivas. Numa outra parte do espaço, Bertrand Zsymanski procura obsessivamente apreender a continuidade do tempo, ou como as lembranças individuais sugerem, um conjunto de fontes de imaginação. Bertrand propõe uma espécie de grande arquivo da sua vida. Numa terceira sala do espaço, Rémy Russotto procura, pelo contrário, substituir o sentido da imagem por uma proposta de interpretação paranóica, reinventando assim a realidade a partir daquilo que ela propõe. Perante estas diferentes intervenções, tentar-se-á observar a essência daquilo que guia estes processos de interpretação. Uma reflexão sobre a exposição Exploração do Processo do Imaginário será editada no Les Cahiers Européens de L’Imaginaire (nº de Março de 2011); também um relato desta experiência e das reflexões sobre o processo do imaginário terá lugar na Escola de Belas Artes de Lisboa no contexto da exposição.
Legenda da imagem: Bertrand Szymanski,Sem Título, 2010, Fotografia, Publicado em « Les Cahiers européens de l’imaginaire », ed. cnrs
PLATAFORMA REVÓLVER | Rua da Boavista, 84, 3º | Lisboa | Terça a Sábado das 14h às 19h

VPF CREAM ART GALLERY - Lisboa

Até 5 de Maio está patente a exposição individual de Inez Teixeira, TIME IS ON MY SIDE, onde será apresentada uma série de novas pinturas e desenhos produzidos entre 2010 e 2011. Realizou exposições em Portugal, Cáceres, Madrid, Sevilha, Barcelona, Rio de Janeiro, Siena e Pádua e realizou recentemente uma residência artística na Cité des Arts, em Paris. Está representada em diversas colecções institucionais (Fundação PMLJ; Colecção da Assembleia da República; Banco de Portugal; BES; Câmara Municipal de Lisboa; Portugal Telecom; José de Mello Saúde, S.A.; Portucel, S.G.P.S; Oni, S.A.) e em colecções privadas em Portugal e no estrangeiro.
Legenda da imagem: Inez Teixeira, da série Time is on my side, 2011, acrílico sobre tela, 110x250 cm
VPF CREAM ART GALLERY | Rua da Boavista, 84, 2º - Sala 2 |Lisboa | Segunda a Sábado, das 14h às 19h30 | www.vpfcreamart.com

GALERIA 111 - Lisboa

Até 16 de Abril está patente a exposição individual, STUDIES IN RED | the century flows silently through the rocks de Pedro A.H.Paixão. A série de estudos a encarnado presentes nesta exposição é a segunda série de um amplo ciclo gráfico sobre papel iniciado em 2007. Em cada um destes ciclos o artista tem vindo a desenvolver espaços de desenho onde trabalha problemas plásticos e algumas questões nucleares do seu trabalho artístico, complementares do seu trabalho de investigação teórico: a materialidade dos fantasmas, a qualidade das superfícies que os acolhem-expõem ou as subjectividades nas quais esses podem ser sentidos e pensados; mas, sobretudo, neste ciclo em específico, é desenvolvido um trabalho que indicia a densidade que atravessa, revela e dissolve a separação entre os seres e as coisas, aquilo a que chama transparência. No interior deste amplo ciclo gráfico (ainda no início e agora na segunda série) são trabalhadas, entre outras, as seguintes referências ou temas: os exercícios de meditação (ou espirituais) antigos e medievais realizados na produção de imagens; a paisagem e suas diversas técnicas de representação ocidental e extremo-oriental (Chinesa, Japonesa e Coreana); objectos e iconografia árabes e cristãos na história da Península Ibérica entre os séculos XII e XIII; o trabalho de incisão base em zinco na técnica da gravura do Norte da Europa no século XV; a construção do tapete medioriental; a ave de rapina nocturna; o auto-retrato e retrato de personagens históricas ou anónimas; a obra do artista americano Bruce Nauman, em especial a instalação de 1987 Clown Torture; a documentação de datas e acontecimentos históricos e actuais no desenho geopolitico entre a Europa, o Norte de África e o Médio Oriente.Cada desenho, ou micro-grupo de desenhos desenvolve um ou alguns destes elementos e exige, em si, o desenvolvimento de uma técnica específica. Esses não são meras imagens, mas objectos (papéis) que resultam de uma performance e nos quais é fundamental a duração e a materialidade que se fixam no papel, para lá das figuras gravadas. A série de trabalhos aqui apresentada desenvolve diferentes destas técnicas com o uso exclusivo do lápis de cor. Fundamental é o facto que todos os desenhos são realizados com a ponta do lápis - mais ou menos afiado, ou seja, não há esfumaturas mas um trabalho meticuloso e moroso (com dias ou semanas de trabalho) capaz de criar as diversas densidades, velaturas e planos.
Galeria 111 | Campo Grande, 113 | Rua Dr. João Soares, 58 | Lisboa | Terça a Sábado das 10h às 19h | www.111.pt

Galeria do Centro Cultural Emmerico Nunes - Sines

Até 30 de Abril está patente a exposição de fotografia de Patrícia Almeida. A artista é membro de colectivo POC – Piece of Cake, rede internacional para a fotografia contemporânea, desde 2003. Publicou dois livros, No Parking em 2004 e Portobello em 2009. A exposição apresentada no Centro Emmerico Nunes é uma parte de um projecto maior intitulado ALL BEAUTY MUST DIE iniciado em 2010 em colaboração com David-Alexandre Guéniot. O título da exposição faz referência à letra da canção Where the Wild Roses Grow de Nick Cave, mas também à Ode à Melancolia de John Keats, poeta romântico inglês do século XIX. As fotografias, foram feitas durante os festivais de música rock, apresentam jovens no meio da natureza, entretidos ou a descansar num ambiente idílico. Ao excluir os sinais mais óbvios do contexto original, as fotografias passam a apontar para um território utópico, inspirado pelo mito de regresso às origens, onde a humanidade vive em harmonia com a natureza.
Galeria do Centro Cultural Emmerico Nunes | Largo do Muro da Praia, 1| Sines | Segunda a Sábado das 14h às 18h | www.ccen.pt

terça-feira, 29 de março de 2011

GALERIA SETE - Coimbra

Até 9 de Abril está patente a exposição de pintura, A Suivre de Miguelangelo Veiga. Sobre o ultimo grupo de trabalhos realizado entre 2010 e 2011, o processo adoptado resulta da evolução natural dos trabalhos anteriores. A Suivre apresenta-se como uma exposição de pintura no limite do desenho. As formas apresentadas nestes trabalhos, sobrepõe-se a um plano de fundo, gerado por uma série de planos sobrepostos, que sugerem uma espécie de “mancha de identidade”. Como numa parede de graffitis, onde cada obra terminada torna-se antiga, e é eliminada por uma camada informal de tinta (geralmente aplicada a rolo), que a apaga e porporciona a criação de um novo trabalho. Assim, a introdução da textura e da cor chega por isso, quase como uma inevitabilidade técnica numa pintura essencialmente monocromática. Como refere David Barro, - « O que é que se passa quando uma pintura conhece previamente o seu irremediável destino? Possivelmente esta entrega-se directamente ao seu processo, desvirtuando a natureza e ponto de partida de cada imagem, apagando a partir de camadas de tinta e de peles os logros e imagens geradas no caminho. Isso é o que sucede com a última pintura de Miguelangelo Veiga. Falamos de uma pintura como resto, que como assinala Ángel González não será tanto o que sobra mas o que falta. Interessa-nos portanto, essa possibilidade de distinguir o que sobra do que falta, a capacidade para ver ou apreender o que desapareceu e o conjunto de erros ou falhas que acontecem no processo. »[1] A escolha da representação “arquitectónica” define-se pelo facto da arquitectura usar a escala humana de um modo absoluto, assim, a representação do Humano é sempre implícita nestes trabalhos numa espécie de metáfora. Procuro na pintura, representar o que me interessa e impressiona e neste contexto quando se recorre a imagens de destruição sejam elas provenientes de uma ataque militar ou paramilitar, a catástrofes naturais ou simplesmente ao abandono e à destruição pelo tempo, interessa-me sobretudo elogiar o que resiste e não o que padeceu, ou as razões porque foram destruídas. [1] BARRO, David, A Pintura Suicida de Miguelangelo Veiga, Museu Nacional de História Natural, 2009, p.1
Galeria Sete Arte Contemporânea | Av. Dr.Elísio de Moura, 53 | Coimbra | Segunda a Sexta das 11h às 13h e 14h às 20h | www.galeriasete.com

FONSECA MACEDO Arte Contemporânea - Ponta Delgada


Até 14 de Maio está patente a instalação de pintura, Dear Painter de Maria José Cavaco.
Legenda da imagem: Maria José Cavaco, Are we a pair (oxide black), 2010, óleo sobre tela, 329 x 180 cm (área ocupada)
Fonseca Macedo Galeria | Rua Guilherme Poças Falcão, 21 | Ponta Delgada - São Miguel - Açores | Segunda a Sábado das 14h às 19h | www.fonsecamacedo.com

terça-feira, 22 de março de 2011

MUSEU DA ELETRICIDADE - Lisboa

Até 24 de Abril está patente a exposição Arquitectura - Paisagem - Interiores, que mostra alguns dos mais relevantes trabalhos que projectaram a empresa de arquitectura norueguesa Snøhetta, numa das mais relevantes a nível mundial, nomeadamente pela estreita relação entre paisagem e arquitectura que imprime às suas obras. As bases do sucesso internacional da Snøhetta foram estabelecidas em 1989, quando ganhou o concurso, disputado por mais de 500 arquitectos no mundo inteiro, para a construção da nova Biblioteca de Alexandria, no Egipto, inaugurada em 2001, e que é hoje uma das maiores salas de leitura do mundo. O último projecto concluído por este atelier norueguês, com escritórios em Oslo e Nova Iorque, foi o novo edifício da Ópera e Balllet Nacional da Noruega, em Oslo, que abriu em Abril de 2008, e pelo qual recebeu o prémio Mies van der Rohe de Arquitectura Contemporânea em 2009. Actualmente, a Snøhetta está a desenvolver uma série de projectos em diferentes países, entre os quais o Pavilhão do Museu do Memorial Nacional do 11 de Setembro em Nova Iorque (que será inaugurado a 11 de Setembro de 2011, 10 anos depois do ataque ao World Trade Center), o Centro de Conhecimento e Cultura Rei Addulaziz na Arábia Saudita, e o Centro Ras Al Khaimah, nos Emirados Árabes Unidos. Foi também recentemente escolhida para desenhar uma nova ala do Museu de Arte Moderna de São Francisco, que deverá abrir em 2016. O objectivo desta exposição é apresentar os projectos Snøhetta a um público mais vasto. Com 22 anos de vida, o trabalho deste atelier é substancialmente marcado pela concepção de espaços colectivos, desenhados com base numa arquitectura inovadora e desafiadora, de carácter internacional, mas com um toque norueguês. Composta por oito módulos, a exposição a empresa e o seu trabalho são apresentados através de filmes, animações, fotografias, desenhos, maquetas e ainda uma mesa táctil interactiva. A par do prémio Mies van der Rohe de Arquitectura Contemporânea em 2009, esta empresa foi também reconhecida com o Prémio Aga Khan de Arquitectura 2004 e com o Prémio Mundial de Arquitectura de Cultura 2008.
MUSEU DA ELECTRICIDADE | Av. Brasília | Central Tejo | Belém | Terça a Domingo das 10h às 18h | www.edp.pt/pt/sustentabilidade/fundacoes/fundacaoedp/museudaelectricidade/Pages/MuseuElectricidade.aspx

GALERIA SÃO MAMEDE - Porto

Até 28 de Abril está patente a exposição de pintura de Nélio Saltão , intitulada Festa da Cor, reúne cerca de 30 trabalhos do artista. Pintar é, para Nélio Saltão, um acto que se organiza segundo aleatórios padrões de composição. As linhas isolam as cores e redimensionam a sua importância no contexto geral. Na textura grossa, avultam raros tons de ruptura mas há vibrações que fluem, entre as cores dominantes, como sinais que traduzem a subtil procura da harmonia. A obra, sempre densa, guarda as sucessivas fases de elaboração como um segredo romântico e os símbolos, muitas vezes imperceptíveis ao primeiro olhar, remetem o observador para sabidos roteiros do imaginário popular. Corações, rendas, palavras, números ou meros devaneios de espátula que se exaltam ou sussurram, na intimidade iluminada, respondem á necessidade de acerto cronológico e legam ao todo uma marcante actualidade estética. Curiosamente discretas as telas brancas ou as predominantemente escuras, quase negras, tornam-se pólos de maior interesse. Exigem do olhar uma acuidade diferente para a percepção dos elementos tridimensionais ou tímbricos e apenas se revelam em pleno quando criteriosamente expostas. Nelas, as ausências celebram-se, então, em surdas tonalidades e a cor rouqueja nos apagamentos que podem evoluir, profundos, até ao silêncio total. Diferentes são as obras que mostram elaborados jogos cromáticos onde a maturidade do autor se recreia na vivacidade tonal dos pigmentos. É a festa dos sentidos, o grato passeio pelas superfícies enfeitadas, a emocionada vibração que traduz o prazer de ligar opostos, de exaltar contrastes e de comemorar, na matéria, as apoteoses da vida. (Edgardo Xavier, Fevereiro de 2011| texto extraído do catálogo)
Galeria São Mamede |Rua D. Manuel II, 260 | Porto | Terça a Sexta das 12h às 20h e aos Sábados das 14h às 20h | www.saomamede.com

quinta-feira, 17 de março de 2011

Appleton Square - Lisboa

Até 26 de Março está patente a exposição de pintura, Tradutor de Jorge Humberto. O trabalho que JOH (Jorge Humberto, Lisboa, 1960) apresenta na sala da Appleton Square evoca o ofício do pintor. As tintas aplicadas sobre a tela são feitas pelo artista, recuperando o labor anterior ao acto de pintar, que aqui não existe enquanto acção de um instrumento sobre uma superfície, determinando a expressão do gesto pela sua fluidez – mais densas ou mais espessas, e desta forma mais rápidas ou mais lentas. Ou seja, o tempo é aqui o denominador principal da pintura como inscrição da memória do corpo sobre o espaço frontal da tela, como se esta fosse (e será?) o ecrã visível, e deste modo o tradutor, da prática do artista.
Appleton Square | Rua Acácio Paiva, 27, R/c | Lisboa | Terça a Sábado das 15h às 20h | www.appletonsquare.pt

ALECRIM 50 GALERIA - Lisboa

Até 21 de Abril está patente a exposição de desenho, De onde, a estrutura? Caixa ou conteúdo? Excesso ou informação? Rótulo ou contentor? Qualquer imagem ou nenhuma de Inês Favila.
Alecrim 50 | Rua do Alecrim, 48-50 | Lisboa | Segunda a Sexta das 11h às 19h | Sábado das 11h às 18h | www.alecrim50.pt

Galeria da Ermida da Nossa Senhora da Conceição - Lisboa

A partir de 19 de Março a 15 de Maio estará patente a exposição de desenhos, Família de Vasco Araújo. Esta exposição mostra-nos conjuntos diversos de desenhos sugerindo uma relação entre as porcelanas chinesas da Companhia das Índias e uma família humana: Green Family, Pink Family, Armorial Family e ainda White and Blue Family. Perante as suas legendas, permanece a dúvida da pertença desses mesmos objectos à respectiva família humana, às porcelanas em si, ou ainda se as datas representadas remetem à duração do objecto, da família, etc. Em 2007, aquando da sua estadia na University of Arts em Filadélfia, Vasco Araújo inscreveu-se com voluntário no City Hall, para juntar os pedaços de porcelanas de uma escavação feita nos terrenos onde estava situada, entre outras, a casa do Presidente George Washington. Vasco Araújo fotografou todas aquelas peças que lhe pareciam cadáveres, restos de um tempo impossível de definir. Com a ideia de que tudo aquilo houvera sido destruído por motivos de guerra ou catástrofe natural, pela forma como os amontodados apareciam, o artista criou uma narrativa ideal para as imagens por si capturadas, juntado-lhe excertos do livro de Susan Sontag Olhando o sofrimento dos outros. A narrativa imagética desta exposição, foi construída com base no paralelo entre os objectos partidos e os humanos mutilados, entre as porcelanas e seus nomes. Estas porcelanas, trazidas da China (Companhia das Índias), foram também o testemunho de uma viagem a um outro tempo, onde a valentia e o sofrimento de muitos se encontram intimamente relacionados a estes objectos.
Galeria da Ermida da Nossa Senhora da Conceição | Travessa do Marta Pinto, 21 (perpendicular à Rua de Belém) | Lisboa |Terça a Sexta das 11h às 13h - 14h às 17h | Sábado e Domingo das 14h às 18h |www.ermidabelem.com

sábado, 12 de março de 2011

Galeria Maria Lucília Cruz - Lisboa

Até 15 de Abril está patente a exposição de pintura e esculturas, O Cavaleiro Azul de Teresa Lacerda. Neste conjunto de pinturas e objectos a artista regressa à imaginação de criança, esse olhar encantado que em todas as formas e sombras vê animais, heróis, histórias e “coisas” imaginadas; pintura de brincar onde teima em não querer perder a inocência do olhar. Objectos feitos de embalagens de cartão encontradas aqui e alí. Há muito que arte africana e asiática se cruzam no seu atelier/loja, inspirando constantes e novos cruzamentos ao nível de materiais e temáticas. As últimas exposições de Teresa Lacerda aconteceram na Gyre Gallery em Tóquio -Wabi Sabi e na Galeria Diferença de Lisboa- Livros de Artista.
Galeria Maria Lucília Cruz | Rua das Salgadeiras nº 22 | Bairro Alto | Lisboa | Quarta a Sexta das 17h30 às 19h30 | Sábado das 15h às19h30

SERPENTE - Galeria de Arte Contemporânea - Porto

Até 16 de Abril está patente a exposição de pintura, Paisagens VI de Maria Caldas Ribeiro. A artista assumindo a ordem matemática como motor de toda a produção intelectual e mental, mantém a sobriedade de meios e o desenho como elemento privilegiado. Reminiscências de paisagens contaminam o mundo ideal da geometria onde uma paleta predominantemente de cores vivas acentua os valores da configuração.
SERPENTE - Galeria de Arte Contemporânea | Rua Miguel Bombarda 558 | PORTO | Terça a Sábado das 15h às 19h | www.galeriaserpente.com

Galeria Municipal de Arte de Almada

Até 16 de Abril está patente a exposição MD25, uma mostra da fotógrafa Margarida Dias que assinala os seus 25 anos de actividade. Um conjunto de 19 fotografias, realizadas entre 2008 e 2010, propõem um percurso que se divide em três momentos fundamentais: a casa de dia e a casa de noite, a viagem e o sonho. Viagem entre o espaço interior e o espaço exterior que se insinua como uma metáfora que convida à reflexão.
Galeria Municipal de Arte de Almada | Av. D. Nuno Álvares Pereira, 74 - A | Segunda a Sexta das10h às 12h30 e das 14h às 18h | Sábados das 14h às 18h | Encerra Domingos e Feriados |www.m-almada.pt/casadacerca

GALERIA 3+1 ARTE CONTEMPORÂNEA - Lisboa

Até 23 de Abril está patente a exposição de pintura, Overtime de Daniela Krtsch. A artista prossegue a exploração da memória através das suas pinturas a óleo. As telas de diversos tamanhos serão instaladas de forma a enfatizar o tema da clarividência da memória e do comportamento cognitivo, envolvendo o público em diferentes níveis de intimidade. Krtsch emprega frequentemente referências diversas, como por exemplo imagens retiradas de fotografias de família encontradas por acaso. Nesta nova série, o foco encontra-se no modo como percebemos várias pessoas, situações e formas. Predominantemente pintadas sobre um fundo negro as figuras parecem emergir do reino da consciência, evocando tempos ou memórias passadas. Estes trabalhos procuram assim questionar o modo como retemos informação e como distinguimos entre o que vivemos, o que imaginámos e o que sonhámos. Legenda: Daniela Krtsch, Sem título 1, 2010, óleo sobre tela, 150 x 195 cm
3+1 Arte Contemporânea | RUA ANTÓNIO MARIA CARDOSO, 31 | LISBOA | Terça a Sábado das 14h às 20h |
www.3m1arte.com

GALERIA PEDRO OLIVEIRA - Porto

Até 23 de Abril está patente a exposição de fotografia, Memoriales de Bleda y Rosa. Algumas cidades, pelo empenho dos homens, parecem destinadas a preservar a memória daquilo que se quer perpetuar; a história da nação, a sua identidade cultural ou a sua religião. Contudo, o acontecimento, nessa obstinação por apreender o tempo e impôr uma recordação, perde-se para sempre. Mas, como fazer alusão à memória petrificada se no processo de monumentalização se corre o risco de perder aquilo que se evoca? Os monumentos, representações da história, são objectos culturais carregados de ideologia que funcionam como um simulacro, como repetição de um único passado, constituindo-se como um elemento de violência simbólica que impõe o seu modo de olhar. Não obstante, a cidade também é portadora de memória, memória latente, nela se inscreve o vestígio do que aconteceu. Discursos interrompidos, dissimulados pelo tempo, que remetem a um tempo passado. Jerusalém, Berlim ou Washington, capitais de estado, deixam ver de forma muito perceptível o sedimento da sua história, as marcas do seu passado. Com este trabalho aproximamo-nos como um acepilhar da história em contrapelo, a alguns dos seus monumentos, dos memoriais, mas também a pequenos fragmentos de memória que se tenham inscrito nesta cidades, com a ideia de estabelecer uma reflexão, através da imagem, em torno do memorial e sua função enquanto depositário da memória. Pois , quando falamos de lugares de memória, elemento essencial no nosso trabalho, percebemos o perigo que supõe a monumentalização de um lugar, de um acontecimento. E a verdade é que existe uma grande diferença entre a memória que, por natureza, se encontra aberta à mudança e à evolução, à recordação e ao esquecimento, à reinterpretação e o memorial, que com o poder que adquire, parece mais interessado em fazer-se ver do que em fazer ver aquilo que representa. Bleda y Rosa
GALERIA PEDRO OLIVEIRA | Calçada de Monchique, 3 | Porto |Terça a Sábado das 15h às 20H | www.galeriapedrooliveira.com

MÓDULO CENTRO DIFUSOR DE ARTE - Lisboa

Até 18 de Abril está patente a exposição de fotografia de José Pedro Cortes com uma nova série de fotografias sob o nome comum de Moi, un blanc. Estas imagens foram resultado de uma viagem do fotógrafo no Mali no ano passado, onde teve ocasião de fotografar o estúdio de Malik Sibidé, reconhecido fotógrafo que desde a década de sessenta tem vindo a construir uma enorme e curiosa galeria de retratos dos seus conterrâneos. A obra fotográfica de José Pedro Cortes tem sido produto das muitas viagens que tem realizado, lembremos, a título de exemplo, a recolha de imagens feitas em vários países do leste que deu origem à primeira individual aqui no Módulo. A série agora mostrada teve já uma apresentação parcelada, em Paris por ocasião do Paris Photo, com uma boa recepção da crítica especializada e grande destaque no jornal holandês, de Volkskrant, e também na secção Emergent-Lleida no Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, de Lleida, em outubro passado. A sua obra figura em acervos institucionais e privados, em Portugal como no estrangeiro, destacando no país as colecções do Banco Espírito Santo, da Fundação P.L.M.J e Centro Português de Fotografia.
Legenda da imagem: S/t (Man in tiger shirt), 2010, impressão jacto de tinta s/ papel fibra, 80 x 50 cm.
MÓDULO – CENTRO DIFUSOR DE ARTE | CALÇADA DOS MESTRES, 34 A | LISBOA | Terça a Sábado, excepto feriados, das 15h às 20 h | TEL: 351.21.388 55 70

quarta-feira, 2 de março de 2011

GALERIA SPAZIO DUAL - Lisboa

A partir de 4 de Março a 4 de Abril estará patente a exposição de fotografia, Body Dreams de Gonzalo Bénard. Expressar. Diálogo. Fusão. Humanizar. Natureza. Vida. Criar. Talvez sejam estas as palavras que mais saltam no banco de imagens do consciente e subconsciente de Gonzalo Bénard. Criar é o resultado da necessidade de expressar. De dialogar entre seres, vivos, humanos; de expressar através da arte, de fundir num só o homem, a natureza que o envolve, a flora, a fauna. O ar. Os elementos. Homem, Mulher e Animal num só. Dialogar sobre a Vida. Dialogar como criador, observador, autor, parte dessa fusão. Parte do Mundo. Parte da vida. Quando escrever, pintar ou desenhar não satisfaziam Gonzalo Bénard na totalidade, a fotografia voltou ao universo deste autor de forma inesperada e fluida, pré-digerida, honesta e madura. Brincando com luz e emoções, cultura(s) e gente sem cores, fundos, roupa que distraiam do conceito, da essência. Como fusão natural da luz na vida. Humana. Animal. Terrena. No equilíbrio dos 5 elementos. Mais credos. Com vida. Com Ritos. E rituais vários. Em diálogos humanos.Gonzalo Bénard é um criador de retratos humanos. É um criador de retratos de gentes. No preto e no branco.
Galeria Spazio Dual | Av. República, 41 | Lisboa | Segunda a Sábado das 10 às 18h | www.artinpark.com

CAROLINE PAGÈS GALLERY - Lisboa

Até 26 de Março está patente em paralelo com a exposição individual de Marta Moura, nas salas 1, 2, 3 e 4, a exposição de Sónia Mota Ribeiro na Sala 5. Estas duas exposições individuais são intencionalmente apresentadas em paralelo de modo a permitir um diálogo entre os dois corpos de trabalho. Sónia Mota Ribeiro usa fotografia. Desconstruções é a sua mais recente série de trabalhos. “Este trabalho é um exercício sobre a transformação. Desmontar algo aparentemente fechado e descobrir que existem novas construções e formas possíveis e como estas podem alterar o significado do objecto. Um conjunto de cadernos, blocos de notas e diários foram metodicamente abertos, separados, cortados, expostos, sobrepostos, fechados e fotografados. Durante este processo as partes foram reorganizadas de forma a permitir ver o objecto além do seu propósito inicial, sem a forma e utilidade que habitualmente lhe é atribuída. Os fragmentos do conjunto inicial (capas, páginas, lombadas e restos de papel) passaram a ser partes montadas segundo uma nova ordem. Cada montagem é uma breve construção registada pela fotografia e o único conteúdo possível de ler e ver, estando o foco não nos textos escritos nos diários e cadernos, mas no próprio objecto e na sua materialidade.” (Sónia Mota Ribeiro, 2009)
Legenda da imagem: Sem título #18 (da série Desconstruções, 2009), Inkjet print s/ papel Hahnemühle, 50 x 50 cm, Edição de 3 + 2 P.A.
Caroline Pagès Gallery | Rua Tenente Ferreira Durão, 12 – 1o Dto.|Campo de Ourique |Lisboa | Segunda a Sábado das 15h às 20h e por marcação fora deste horário. |www.carolinepages.com

Galeria da Biblioteca Municipal de Faro

A partir de 4 a 31 de Março irá ocorrer uma exposição de desenhos, Rostos da Escrita do poeta António Ramos Rosa, na Biblioteca Municipal de Faro da qual o poeta é patrono. A sessão de abertura será no dia 4 de Março às 18 horas, em simultâneo com o lançamento do mais recente livro de António Ramos Rosa, Prosas seguidas de Diálogos.O intensivo e rigoroso labor da escrita gerou novas representações na linguagem poética de António Ramos Rosa, uma contaminação entre a escrita e o desenho, entre a palavra e a pintura. Os traços figurativos, ou não figurativos, que nos últimos anos têm sobressaído das mãos do poeta são um sopro de alma que desponta e deve ser admirado. (Gisela Ramos Rosa )
Biblioteca Municipal de Faro | Rua Carlos Porfírio | FARO | Terça a Sexta das 9h30 às19h30 | Segunda e Sábado das 14h às19h30 | Telefone: 289 897500

Galeria do PALÁCIO VILA FLOR - Guimarães

Até 10 Abril está patente a exposição colectiva, Guimarães-Arte Contemporânea 2011. Reune obras de André Banha, Dalila Gonçalves, Diogo Evangelista, Joana da Conceição, Jorge Maciel, Luís Vieira e Tiago Baptista. Esta exposição tem como objectivo divulgar o trabalho de um conjunto de artistas que, apesar do espaço relevante que ocupam na arte contemporânea portuguesa, são ainda insuficientemente conhecidos. Os seus trabalhos apresentam propostas artísticas diferentes entre si, nomeadamente a nível das técnicas e dos materiais utilizados, tentando abarcar um espectro alargado de abordagens da prática artística contemporânea (instalação, pintura, desenho e escultura.
Legenda da imagem: Tiago Baptista
Galeria do PALÁCIO VILA FLOR - Centro Cultural Vila Flor | Avenida D. Afonso Henriques, 701 | Guimarães | Terça-feira a Sábado das 10h00 às 12h30 | 14h00 às 19h00 | Domingos e Feriados das 14h00 às 19h00 |
www.ccvf.pt