sexta-feira, 16 de março de 2012

Caroline Pagès Gallery - Lisboa

Até 12 de Maio está patente a exposição, Matéria do esquecimento, de Sofia Leitão.«Como pude não sentir que a eternidade, ansiada por tantos poetas, é um artifício esplêndido que nos livra, embora de maneira fugaz, da intolerável opressão do sucessivo?» José Luís Borges. Estas palavras de Borges no prólogo de História da Eternidade remetem-nos desde logo para uma ideia de eternidade enquanto libertadora das tensões criadas pela fricção de camadas temporais, em permanente ajuste e reajuste, na sua sucessiva sobreposição. Esta ideia atravessa também os trabalhos que Sofia Leitão agora apresenta. Neles se pressente uma reflexão dúplice sobre a memória (não no sentido de falseado – embora aborde a noção de artifício nas soluções formais – mas no de servir um duplo propósito): por um lado, a do seu lugar central na História enquanto sua fonte primordial; por outro, a da sua expressão material.
Caroline Pagès Gallery | Rua Tenente Ferreira Durão, 12 – 1o Dto. [Campo de Ourique] | Lisboa | Segunda a Sábado das 15h às 20h | www.carolinepages.com

Galeria São Mamede - Lisboa

Até 29 de Março, estão patentes duas exposições: pinturas recentes de Jean Pierre Porcher e desenhos sobre mármore de Cristina Guise.
Galeria São Mamede | R. da Escola Politécnica, 167 | Lisboa | Segunda a Sexta das 11h às 20h e ao Sábado, das 11h às 19h | www.saomamede.com

Centro Português de Serigrafia - Lisboa

Até 27 de Março está patente a exposição, Uma Nova Visão do Humano de Antoni Tàpies. Uma exposição homenagem de obra gráfica de Antoni Tàpies, artista catalão nascido em 1923 e recentemente falecido, para muitos o maior da segunda década do século XX. Fazem parte desta exposição gravuras e litografias realizadas entre 1969 e 1988.
Sobre a exposição, escreve Maria João Fernandes, crítica de arte (AICA – Assoc. Internacional de Críticos de Arte): “A sua estética caracteriza-se pela sua complexidade, diversidade - abrange a pintura, a escultura, os objectos, a gravura - e simultâneo despojamento e pobreza dos seus materiais. Tàpies iniciou a sua obra gráfica no final dos anos 40, quando se encaminhava para a grande revolução da sua arte, que teve lugar em 1952, com a descoberta de uma nova relação entre pintura e realidade, com uma valorização da matéria plástica, que o levou a eliminar progressivamente a distância entre pintura e objecto. A obra de Tàpies oferece-nos uma visão global da realidade, interior e exterior. Inspirado pela poesia, pelo pensamento oriental, elimina todas as distinções da racionalidade ocidental e sobretudo a que opõe os dois pólos do grande binómio matéria/espírito, cuja síntese é fundadora do seu universo. A sua proposta relacionava-se com a criação de uma nova imagem do mundo contemporâneo, envolvendo no quotidiano a união entre a matéria e a sua essência espiritual e era também, segundo Roland Penrose, uma proposta de transformação da humanidade, com o sentido do "changer la vie" de Rimbaud, através de "uma cosmogonia na qual nada, absolutamente nada é mesquinho" aspectos que a sua obra gráfica esplendidamente documenta. Ao valorizar os gestos, os objectos mais humildes e simples do quotidiano, o tempo que lhes está associado, o artista conferia-lhes simultaneamente uma categoria de transcendência e de eternidade, que hoje são o legado intemporal da sua arte.”
Legenda da imagem: Tàpies, Peça de Roba, gravura, 31 x 56 cm, 1988, 99 ex.
CPS - Centro Português de Serigrafia | Centro Cultural de Belém, loja 7, Praça do Império | Lisboa | Todos os dias das 10h às 21h |www.cps.pt

Collecting Collections and Concepts - Guimarães

O Museu do Neo-Realismo vai estar presente na Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012, até 20 de Maio, no âmbito do evento Collecting Collections and Concepts, um projeto expositivo de Paulo Mendes para a Capital Europeia da Cultura.
O projeto parte da ideia de coleção e recorre a obras que integram algumas das coleções institucionais públicas e privadas portuguesas, como é o caso do MNR, mas também da Fundação de Serralves, da Culturgest/Caixa Geral de Depósitos, da coleção de fotografia BesArt/Banco Espírito Santo, ou da coleção do Museu do Chiado, entre outras. As obras selecionadas co-habitarão com outras, especificamente produzidas para esta exposição, por artistas nacionais e estrangeiros.
Para este projeto, Paulo Mendes selecionou, da coleção do MNR, as obras ‘O almoço do menino’, de Júlio Pomar, (Litogravura, 1951) e ‘Subindo as escadas’, de José Dias Coelho (Tinta-da-china sobre papel, 1951), assim como um conjunto de monografias de autores neo-realistas e algumas publicações periódicas do acervo documental do Museu.
Informações complementares através do sítio: cccguimaraes2012.com

Museu Colecção Berardo Arte Moderna e Contemporânea - Lisboa

Até 27 de Maio está patente a exposição BESphoto2012. Este evento é uma iniciativa do Banco Espírito Santo em parceria com o Museu Coleção Berardo e, desde a 7ª edição, com a Pinacoteca do Estado de São Paulo, que visa premiar artistas portugueses, brasileiros e africanos dos PALOPs, neste seu novo formato marcado pela internacionalização do Prémio. Para participar na 8ª edição do evento foram selecionados quatro artistas: Duarte Amaral Netto (Portugal), Mauro Pinto (Moçambique); Rosangela Rennó (Brasil) e o coletivo CIA de Foto (Brasil). Os artistas nomeados apresentarão os seus trabalhos no Museu Coleção Berardo numa primeira exposição que itinerará para a Pinacoteca do Estado de São Paulo, onde ficará patente de 16 de Junho a 5 de Agosto de 2012.
Legenda da Imagem: Foto de Duarte Amaral Netto
Museu Colecção Berardo - Arte Moderna e Contemporânea | Praça do Império | Lisboa | Domingo a Sexta das 10h às 19h (última entrada: 18H30) | Sábado das 10H00 – 22h00 (última entrada: 21H30) | www.museuberardo.pt

terça-feira, 13 de março de 2012

Galeria São Mamede - Porto

Até 26 de Abril, está patente a exposição de pintura do Mestre Nadir Afonso, um dos maiores vultos do modernismo português. A exposição composta por 9 pinturas e 9 guaches, tem por título Exactidão, voltando a abordar o tema das cidades.
Legenda da imagem: Porto (Foz) – Pintura sb Tela, 92,5x137cm
Galeria São Mamede |Rua D. Manuel II, 260 | Porto | Terça a Sexta das 12h às 20h e aos Sábados das 14h às 20h | www.saomamede.com

Galeria Arthobler - Porto

Até 21 de Abril, está patente a exposição individual do artista Sabhan Adam. A sua pintura é influenciada pela particular cultura da terra da sua origem, uma zona entre as fronteiras da Turquia e do Iraque, onde a religião muçulmana, apesar de dominante, assume contornos brandos. Sabhan Adam é autodidacta e começou a pintar aos 17 anos. Deambulou pela poesia e pelo jornalismo até 1989, antes de se dedicar em exclusivo à pintura. Sabhan Adam expõe regularmente desde 1994. Depois da primeira grande individual no Instituto Goethe de Damasco, continuou expor regularmente no Líbano, França, Jordânia, EUA, Espanha, Tunísia, Egipto, Dubai, Alemanha, Suíça, Marrocos e Inglaterra. Em 2011 o artista representou Síria na Biennale de Veneza.É difícil enquadrar o trabalho de Sabhan Adam no contexto da arte contemporânea do Médio Oriente. Os críticos ocidentais comparam-no a Bacon, Schiele ou Basquiat, pela provocação, por ser uma pintura perturbante, instintiva, cruel, apelativamente estética apesar de estranha, e surpreendente, pela liberdade infantil e inconsciente. Muitas as vezes as suas figuras grotescas estão vestidas com peças de roupa glamorosa e rica ou guardam brinquedos coloridos. Desta forma ele deixa transparecer a sua verdadeira natureza, o seu lado lúdico e kitsch e manifesta também a sua intolerância perante uma superficialidade enganadora e a falta de valores éticos e de responsabilidade social.
Galeria Arthobler | Rua Miguel Bombarda, 624 | Porto | Terça a Sexta das 15h às 19h30 | www.arthobler.com

sexta-feira, 2 de março de 2012

Allarts Gallery - Lisboa

Até 24 de Março está patente a exposição colectiva, América Latina Luz e Cor. Nesta exposição obras de pintores de diversos países da América do Sul. Partindo de um conjunto ecléctico de composições, em estilos, técnicas e alcances estéticos variados, a exposição que a Allarts Gallery apresenta, revela enorme equilíbrio devido à forte influência e interacção de um tronco cultural comum que se manifesta na luz e cor que cada obra deixa transparecer.
Legenda da imagem: Amigos, 82 x 55 cm, Eduardo Ungar
Allarts Gallery | Rua da Misericórdia, 30 | Lisboa | Terça a Sábado das 10h às 19h | www.allartsgallery.com

Casa da Galeria Centro de Arte Contemporânea - Santo Tirso

Até 28 de Abril está patente a exposição colectiva, Fado ao Norte. Uns meses após o reconhecimento do Fado como património imaterial da Humanidade, e num contexto em que precisamos de lembrar e valorizar realizações positivas, abrindo caminho ao futuro, associamo-nos às comemorações com uma exposição de artes plásticas glosando o tema Fado. Cinco artistas plásticos, com percursos académicos e expositivos já consolidados, exploram este tema, trazendo ao palco desta exposição vivências, dolências e sentimentos que podemos partilhar, com uma alma que sabe escutar. Artistas participantes: Alexandra de Pinho, Cristina Troufa, Luís Filipe Rodrigues, Manuela Pimentel e Martinho Dias.
Legenda da imagem: Cristina Troufa, Equilíbrio.
Casa da Galeria Centro de Arte Contemporânea | R. Prof Dr. Joaquim Augusto Pires de Lima | Santo Tirso | Quarta a Sábado, das 15h às 19h| www.casadagaleria.com

Kubik Gallery - Porto

Até 7 de Abril está patente a exposição How Green Was My Valley/Radiant City de Carlos Azeredo Mesquita. A exposição tem como objectivo explorar relação entre a arquitectura e o desenho. Através de um tríptico de gravuras que representam edifícios imaginários reminescentes da arquitectura soviética, Carlos Azeredo Mesquita trata as obras como mediações da presença histórica, do espaço, da retórica formal do estilo racionalista soviético. Recria assim uma ambiência que nos é familiar ao potenciar a memória de locais e situações. How Green Was My Valley/Radiant City retrata também a ausência. Este tríptico de gravuras representa edifícios em paisagens não caracterizadas como se estivessem, de certa forma, abandonados também – convém salientar que muitos dos extraordinários mausoléus soviéticos se encontram em locais desprovidos de qualquer sinónimo de urbanização e que muitos deles não tinham um fim específico que não a demonstração de poder. De facto, How Green Was My Valley é uma incursão no imaginário soviético, tema que tem vindo a ser recorrente no trabalho de Carlos Azeredo Mesquita.
Carlos Azeredo Mesquita (Porto, 1988), vive e trabalha em Berlim. Em 2009 foi distinguido com o prémio BES Revelação, participou na colectiva Urban Imaginarium na Untitled Gallery em Chicago e ainda nas duas edições do projeto Close-up no Porto. O seu trabalho foi selecionado para Paris Photo Prize e em 2010 foi bolseiro InovArte no Research Studio em Berlim.
Kubikgallery | Rua da Restauração, 2 | Porto | Quinta e Sexta das 17h às 20h | Sábado das 16h às 20h | www.kubikgallery.com

Casa das Histórias Paula Rego - Cascais


Até 24 de Junho estão patentes duas exposições:
Bruno Pacheco - Mar e Campo em três momentos 1 março a 8 abril - 13 abril a 13 maio - 18 maio a 24 junho
Exposição que inaugura um novo ciclo programático, de construção de espaços de autor, que permitam ver problematizadas e atualizadas algumas das questões disciplinares, temáticas ou narrativas, presentes na obra de Paula Rego. O projecto de Bruno Pacheco para a Casa das Histórias Paula Rego, constituído maioritariamente por pinturas figurativas de grandes dimensões, desenhos e objectos, desenvolve poderosas narrativas visuais que questionam os modelos de representação na arte contemporânea.
A marcação de três momentos no decurso da exposição do artista, pretende sinalizar a memória do desenvolvimento do seu projeto em três apresentações distintas, com temas e trabalhos diferenciados, mas reunidos pelo sentido unitário da exposição. Bruno Pacheco (n. 1974) foi escolhido para iniciar esta nova tipologia de exposições, por reunir um conjunto de condições de referência para este diálogo, sobretudo no trabalho que tem desenvolvido em Desenho e Pintura, entre Lisboa e Londres, onde vive e expõe regularmente. A exposição tem curadoria de Helena Freitas. Será feito o lançamento do catálogo da exposição, em data a anunciar.
Paula Rego - Mood/ Humor
Exposição concebida a partir do empréstimo da série de sete pinturas de Paula Rego intitulada Possession (2004), pertencente à colecção do museu de Serralves, inédita em Cascais e em Lisboa. A propósito do tema da histeria feminina, tratado especificamente neste conjunto de painéis e das suas possibilidades de expressão, a colecção da Fundação Paula Rego/Casa das Histórias Paula Rego será revisitada numa perspectiva de aproximação à representação e manifestação dos humores, estados emocionais e afectos, tão presentes na obra da artista. Delineado através de núcleos temáticos onde se abordam questões como as da representação das expressões humanas, dos estados alterados de consciência e percepção, da música enquanto suporte narrativo e espoleta de criação, o percurso integra também a pintura Jenufa, empréstimo de um coleccionador particular, obras emblemáticas da colecção, como as já conhecidas séries de pintura e gravura Óperas ou O Vinho e um conjunto de desenhos inéditos realizados pela artista num momento de descoberta e consolidação das suas pesquisas. A exposição tem curadoria de Ana Ruivo.
Legenda das imagens: Bruno Pacheco Meeting Point, 2011 | Paula Rego Possessão III (série Possessão), 2004 Col. Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Porto
Casa das Histórias Paula Rego | Av. República, 300 | Cascais | Todos os dias das 10h às 19h |www.casadashistoriaspaularego.com/pt/

Galeria 111 - Lisboa

De 3 de Março a 14 de Abril estará patente a exposição individual, do artista David Oliveira (Lisboa, 1980). O trabalho de David Oliveira propõe uma nova forma de olhar para o objeto artístico. As suas obras em arame refletem um pensamento plástico associado ao desenho e contudo ocupam um espaço material tridimensional, apanágio da escultura. Com um trabalho assumidamente figurativo, David Oliveira propõe para a Galeria 111 um ensaio sobre a representação da figura humana. O artista pretende evocar para a Galeria 111 personagens da sua vida, retratando-as «por aquilo que elas lhe querem mostrar». A anatomia, a matéria, a densidade, as várias camadas que nos permitimos ver são questões transversais na sua obra.
Ver mais sobre o artista: www.davidmigueloliveira.blogspot.com
Galeria 111 | Campo Grande, 113 | Lisboa | Terça a Sábado das 10h às 19h | www.111.pt